terça-feira, 23 de abril de 2013

IBM Social Business: It's more than networking, it's working

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Social Business e os "Ganhos de Predutividade Compostos"

Eduardo Gianetti está entre os mais conceituados economistas e cientistas sociais brasileiros. Autor de diversos artigos e livros, dentre as quais dois premiados, foi professor da Universidade de Cambridge durante muitos anos e da FEA-USP. Atualmente é professor da Insper, em São Paulo. e palestrante dos mais requisitados no Brasil e no exterior. Coube a ele o papel de keynote speaker do evento IBM Business Connect 2013, realizado em São Paulo, na terça-feira, dia 16 de abril, no Instituto Tomie Ohtake. O evento foi dirigido ao público executivo e contou com a participação de CMOs, CHROs e CEOs de importantes empresas brasileiras. A abertura do evento foi feita pelo presidente da IBM Brasil, Rodrigo Kede, seguida por um painel comandado por Ana Paula Assis, Diretora de Software. Fui convidado para apresentar uma visão sobre Social Business, um dos principais pilares do plano estratégico da IBM.

Rodrigo Kede abriu o evento trazendo para discussão a visão da IBM sobre o tema Big Data. O "próximo grande recurso natural". Neste grande "recurso" está o futuro das nossas empresas. Saber como tratar esta montanha de dados, e tirar conhecimento dela, tratá vantagem competitiva. E quanto antes começar, melhor. Tempo faz toda a diferença.

Eduardo Gianetti, em sua apresentação sobre o "Momento atual brasileiro e competitividade" fez uma brilhante analogia. Profundo conhecedor das ciências sociais, comparou os Juros Compostos com os "Ganhos de Predutividade Compostos". A idéia é simples. Da mesma forma que juros compostos, considerados por Einstein como a oitava maravilha do mundo, a "produtividade composta" também pode transformar uma empresa em poucos anos. Um ganho de produtividade adicional de 1,5% ao  mês pode dobrar uma empresa de tamanho em alguns anos. E como obter este ganho de produtividade adicional? Segundo ele, o Conhecimento Social pode ser a resposta. O grande desafio, então, é atingir o Conhecimento Social Pleno.

A implementação de uma Rede Social Corporativa faz parte da resposta. Uma plataforma deste tipo oferece as condições básicas para que profissionais de uma empresa possam compartilhar conhecimento. É este conhecimento que contribui para a construção do "conhecimento coletivo", já discutido aqui.

Abaixo, a apresentação feita por mim.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Conversation with Ginni Rometty

O vídeo abaixo é da apresentação feita por Ginni Rometty, IBM Chairman, president and CEO, durante a cerimônia de comemoração dos 60 anos do "Council on Foreign Relations". Ela fala sobre diversos temas, dentre os quais, Cloud, Big Data, Social e Mobile, todos característicos de uma nova era.

Em sua visão, três princípios irão marcar esta nova era, e gerar vantagem competitiva para aqueles que os entenderem e os colocarem em prática:
  1. Decisões - Serão cada vez mais baseadas em análise preditiva, em dados, big data.
  2. Criação de Valor - Será criado pela Rede Social, que será a production line
  3. Entrega de Valor - A entrega do valor será feita pelos indivíduos, que cada vez mais representarão suas organizações.
Ela reforça que o ponto que não estamos falando apenas de Tecnologia, e sim de Cultura. 

Apenas para ajudar no planejamento do tempo, o vídeo tem 50 minutos. Começa com uma abertura feita por James W. Owens, que já foi Chairman e CEO da Caterpillar, de aproximadamente 5 minutos, e segue com a apresentação da Ginni Rometty, de 15 minutos. Depois disso, uma sessão de Q&A.

Pontos interessantes e em que tempo da entrevista podem ser encontrados (aproximados):
  1. What is IBM? An innovation company, 19:25
  2. What is your vision of technology today? a confluence of 4 things, Cloud, Mobile, Social and Big Data, 20:00
  3. Changes in the Marketing profession, 21:30
  4. The computer that learns, 22:20
  5. Cloud and Social Media, Millennials, new workforce, 23:20
  6. Technology shifts, you should not miss it, 24:40
  7. How to atract taleng competing with Apple, Google and others?, 26:00
  8. Global information sharing and legal aspects, local regulation, 29:30
  9. Immigration reform, talent retention, education, skills, 31:00
A partir dos 35 minutos, o vídeo apresenta as perguntas dos participantes.
  1. Novo "Research Lab" em Nairobi, being close to the problem, 25:00
  2. Cross of data country, security, 40:30
  3. Culture Change, behavior driven by values, 46:00
  4. Watson, computer learning, 48:30
  5. Africa, social responsability, business interest and "Corporate Serives Corp", Global Citizens, 55:00

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Uma visita ao IBM Design Lab - Marketing, Comunicações & Social Business

 Jon Iwata, IBM Senior VP Marketing and Communications - IBM on Brand

590, Madison Avenue, esquina da 57th com Madison é um endereço que faz parte da história da IBM. Alí ficava a matriz da empresa, até 1994. No décimo-terceiro andar está localizado o IBM Design Lab, ligado diretamente a diretoria executiva de Marketing e Comunicações.

Junto com um cliente muito especial, fomos recebidos, sexta-feira passada, por John Kennedy, Vice-Presidente de Marketing Corporativo, Ann Rubin, Vice-Presidente de Branded Content and Global Creative, James Gargan, Vice-Presidente de Damand Programs, por Howard Pyle, Vice-Presidente Digital Strategy and IBM Design Lab e por Sandy Carter, Vice-Presidente Social Business. Durante aproximadamente 5 horas conversamos sobre Marketing e Comunicações no contexto de uma empresa global e sobre as transformações que Social Business vem trazendo. Foi uma reunião extremamente rica em conteúdo e insights. Seguem algumas notas pessoais:
  1. "A Great Company, a Great Brand" - Uma grande empresa, ou uma empresa que quer ser grande, precisa ter uma marca forte. E, para isso, não adianta pensar em um produto e, sim, no caráter da empresa, em sua missão e visão. Produtos nascem e morrem, tecnologias ídem. Quem ainda se lembra do que eram cartões perfurados e para que eram usados? Quem ainda tem uma máquina de escrever elétrica?

    É fundamental ter uma visão de longo prazo e compartilhar 4 pilares:

    1. Ter uma "enduring idea", algo "feito para durar", que represente a filosofia da empresa
    2. Entender o que o diferencia dos outros
    3. Entender como somos "experimentados" (ou vistos) pelo mercado
    4. Ter uma visão clara de "Para quem servimos"

  2. Em uma empresa, todos são responsáveis pela marca. A liderença deve buscar garantir apenas que o tratamento seja dado de forma consistente entre todas as unidades de negócio. Em cada interação de cada funcionário, a marca IBM está intrinsecamente presente. Cabe a cada um de nós entender a missão da empresa e sua visão, para garantir que a comunicação está aderente. Para suportar isto, no caso da IBM, existe um programa, o "Brand Amplification".
  3. Hoje grande parte da propaganda é criada e desenvolvida de forma colaborativa. Faz poucos anos, era direcionada para um canal específico, atualmente tem que ser feita levando em consideração os inúmeros canais, tanto impressos como online. Na prática, parte principal da missão do IBM Design Lab é justamente trabalhar de forma colaborativa em Marketing e Comunicações.
  4. A marca é construida a partir de uma idéia e não a partir de produtos. O portfolio da empresa pode mudar, mas a marca não.
Para ter uma melhor visão sobre o IBM Design Lab e sobre os executivos com quem estivemos reunidos, recomendo os vídeos e posts abaixo relacionados:

John Kennedy - IBM's John Kennedy discusses how data and technology are transforming marketing

Ann Rubin - The Brand X Challenge - What is Experience Design?

Sandy Carter - Brand Army

Howard Pyle, mencionado noWSJ CIO Journal, em 9 de abril de 2013 - More than lipstick on a pig

IBM Design Lab
IBM Design Lab, com Howard Pyle

Top 10 Social Business Adoption Steps: Infographic


terça-feira, 9 de abril de 2013

Brasil constroi uma rede social para os APLs

Na semana passada foi publicado artigo escrito por mim na Convergência Digital, do Grupo UOL, onde trato da implementação de uma Rede Social Corporativa para os Arranjos Produtivos Locais, os APLs. Segue a íntegra:

As redes sociais estão modificando estruturas de nossa sociedade e estão permitindo a criação e o registro de conhecimento em novos patamares. Uma das maiores promessas está relacionada à possibilidade de compartilhar conhecimento de alto valor com comunidades, empresas e pessoas, muitas delas ainda sem acesso adequado à informação. Esta transformação é comparável em abrangência à produzida pela invenção da prensa móvel pelo alemão Johannes Gutemberg, por volta de 1440, que tornou possível a distribuição de conhecimento em uma nova escala.

As redes sociais que suportam estes movimentos são aquelas consideradas “abertas”. Na prática, são ambientes de uso geral, sem um objetivo específico. Facebook e Twitter são dois exemplos. Governos e empresas já identificaram o poder deste tipo de ambiente de comunicação e colaboração e começam a utilizar tecnologias relacionadas em projetos específicos. São as “redes sociais aplicadas”.

A Rede Social dos Arranjos Produtivos Locais

No Brasil, sob a liderança da Coordenação-Geral de Arranjos Produtivos Locais (APLs), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - em parceria tecnológica com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e trabalhando com tecnologia de social business da IBM e com projeto da Arpia Tecnologia da Informação - está desenvolvendo uma rede social aplicada para suportar os cerca de 1,4 mil Arranjos Produtivos Locais espalhados pelo Brasil. Um APL é uma aglomeração de empresas de um mesmo setor produtivo, localizadas em um mesmo território, que mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros membros locais, tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

O projeto é extremamente ambicioso. A rede vai permitir o desenvolvimento econômico e social de cada APL e de todo o ecossistema ao seu redor. Comunidades inteiras serão beneficiadas simplesmente por terem acesso a conhecimento de alto valor e a especialistas, que poderão contribuir com melhores práticas, por exemplo.

Grande parte das empresas que faz parte das APLs são pequenas e, muitas vezes, familiares. Sem acesso a treinamento de qualidade, sua produção, tipicamente artesanal, acaba por apresentar baixa qualidade. Erros comuns são repeditos em toda a cadeia, criando um modelo que apresenta muitos desafios para seu crescimento. A proposta da Rede Social das APLs é única e pretende levar informação de qualidade para elas, permitindo seu crescimento. Muitas podem beneficiar-se, por exemplo, de uma produção em maior escala ou até mesmo da exportação de produtos.

O governo federal e governos estaduais já mantêm uma série de iniciativas para suportar estes arranjos produtivos. O objetivo principal é criar um espaço para potencializar a integração e o desenvolvimento dos APLs e estimular as empresas a criarem um canal de interação com seus pares. Um APL do Rio Grande do Sul, por exemplo, pode estar passando pela mesma dificuldade de um de Minas Gerais para desenvolver algum produto.

Hoje, são 500 participantes, e a meta é chegar a 2015 com 100 mil pessoas. Nesse primeiro momento, a estratégia tem sido incluir na rede os gestores de cada APL. Juntos, eles poderão achar uma solução com maior rapidez e, com isso, passarão a dividir experiências que possam auxiliá-las a resolver problemas e melhorar sua produtividade.