domingo, 24 de novembro de 2013

Afinal, o que é Conhecimento Coletivo?


Na última semana participei de um debate sobre os benefícios que o Social Business pode trazer para uma empresa, e para seus funcionários. Eramos quatro debatedores e o consenso apontava para:

"a enorme capacidade de compartilhar conhecimento, de interagir e colaborar com outros colegas criando, no final do dia, o Conhecimento Coletivo, este sim, um dos principais patrimônios de uma empresa". 

Ao final do debate, um dos presentes, um amigo já de longa data e atualmente CIO de uma empresa do setor de varejo, me fez a seguinte pergunta: "como construir a base para que este conhecimento possa ser efetivamente criado, identificado, registrado e utilizado por todos?".

A pergunta, embora pareça simples, esconde grande complexidade. Como já discutimos aqui, Social Business é um processo, uma jornada, e não um destino final. E, para seguir por este caminho, é fundamental tratar diversos aspectos, tecnológicos, culturais e de governança. Sempre repito que um projeto deste tipo não funciona quando é implementado "de cima para baixo". É simplesmente inconcebível imaginar um direcionamento corporativo do tipo "a partir de agora cada um deve colaborar três vezes por dia". É preciso conhecer sua força de trabalho e oferecer as soluções tecnológicas adequadas, no momento correto.

Veja a IBM. A empresa possui mais de 500 mil funcionários e colaboradores, que trabalham em quase 200 países, muitos em escritórios da empresa, outros em clientes e muitos em casa, no regime de Home Office. Boa parte também utiliza diariamente tecnologias de mobilidade. A empresa tem uma forte cultura tecnológica. Os funcionários tem o hábito de colaborar, de trocar conhecimento. Ao participar de um projeto, criam uma comunidade onde armazenam e compartilham informações sobre o mesmo. Quando criam uma apresentação ou um artigo, o disponibilizam na Intranet. Desta forma, a Intranet vai ganhando conhecimento em uma escala enorme. E como medir todo este conteúdo? Como "dar valor" a todo este conhecimento?

Em primeiro lugar, vamos aos números. No dia 10 de Setembro deste ano, a Intranet da IBM possuia 629 mil usuários com um perfil ativo. Encontram-se neste número funcionários e colaboradores externos (clientes e parceiros). Cada um deles, de alguma forma, participa ativamente do processo de geração do Conhecimento Coletivo da IBM, seja produzindo conteúdo ou o consumindo.

Estes usuários haviam criado 102 mil comunidades públicas e 101 mil privadas. As comunidades públicas tratam dos mais diversos assuntos, como análise de cada concorrente, roadmap dos produtos, discussões sobre as diversas formas de uso das nossas tecnologias, etc. Quando o assunto precisa ser tratado de forma reservada, para um grupo limitado de pessoas, são criadas as comunidades privadas, que podem ser utilizadas para discutir um projeto em um cliente, por exemplo.

Além das comunidades, haviam 89 mil blogs, 113 mil wikis, 208 mil fórums e 457 mil atividades. Até aquela data haviam sido compartilhados 1,53 milhão de arquivos, com um número astronômico de 57,1 milhões de downloads. Em meu dia-a-dia é bastante raro o envio de um documento anexado em um email. Normalmente envio somente um ponteiro para o arquivo, que está devidamente armazenado.

E como estimar o valor de todo este conhecimento? Existem inúmeros estudos de importantes insituições sobre como valorar componentes intangíveis e não pretendo, aqui, entrar no detalhe de cada um deles, pois não é a minha área. De qualquer forma, alguns pontos são unanimidade:
  1. O "valor estimado" dos componentes intangíveis pode até não gerar renda imediata para a empresa mas pode gerar, no futuro, dependendo de seu uso. E este é o motivo principal pelo qual deve-se incentivar o compartilhamento de informações e conhecimento dentro de uma empresa.

    Por exemplo, grande parte do trabalho desenvolvido por pesquisadores da IBM é compartilhado em comunidades internas e serão transformados em patentes. No futuro, serão utilizados na criação de novos produtos. Estes produtos trarão renda para a IBM e, consequantemente, vão contribuir para aumentar o valor da empresa no mercado.

  2. O conhecimento registrado e compartilhado permite que sejam identificados "especialistas" nos mais diversos temas. Estes especialistas podem ser chamados a participar de novos projetos e, ao fazê-lo, trazem todo seu conhecimento para o time, fazendo com que o projeto tenha mais valor para o cliente e até mesmo com que o projeto possa ser realizado com muito mais eficiência, gerando mais lucro para a empresa.

    No caso da IBM, por exemplo, é comum a busca por especialistas que podem estar em outros países, e sua participação em projetos internacionais. Muitas vezes, o conhecimento necessário não está disponível no momento, no pais.

  3. A troca de informações em um ambiente de Social Business permite o "desenvolvimento dos profissionais". Este tipo de educação, conhecido como "Social Training", tem crescido nos últimos anos e se diferencia dos modelos tradicionais de treinamento corporativo em sala de aula ou até mesmo dos virtuais. Atraves dele, profissionais tem acesso não somente a conteúdo mas, também, aos seus criadores, e participam ativamente de discussões sobre o tema.

    Inúmeras vezes me vi consultando conteúdo criado e compartilhado em nossa Intranet para, logo em seguida, entrar em contato com seus criadores para discutir sobre o tema e sua aplicação.
Estes pontos, e muitos outros, podem ser considerados quando há o interesse de valorar o Conhecimento Coletivo de uma empresa. 

Qualquer que seja o método utilizado, no entanto, é fundamental que a empresa disponibilize um meio do conhecimento ser registrado e compartilhado e, mais importante ainda, que incentive seus profissionais a fazê-lo. Este é, sem dúvida, um dos grandes desafios de um projeto de Social Business e, ao mesmo tempo, seu grande benefício. 

O Conhecimento Coletivo de uma empresa é o resultado da soma de todo o conhecimento de cada funcionário da empresa, quando compartilhado e utilizado. Simplesmente trabalhar para que os profissionais de uma empresa tenham conhecimento, investindo em treinamento, já não é mais suficiente. Como já discutimos aqui no Explora!, é importante que este conhecimento seja devidamente registrado e compartilhado. O Conhecimento Coletivo é, sem dúvida alguma, um dos grandes patrimônios que uma empresa pode ter.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Conheça a nova Rede Colaborativa da Petrobras

 

Como integrar mais de 130 mil empregados e colaboradores, localizados em locais tão diversos como uma plataforma de exploração no meio do oceano Atlântico, uma base no coração da Amazônia ou um escritório em pleno centro da cidade, no Rio de Janeiro? Como garantir que a estratégia de uma empresa presente em mais de 25 países alcance a todos, garantindo uma gestão transparente e ágil? Como permitir que engenheiros, geólogos, pesquisadores e técnicos colaborem no desenvolvimento de novas tecnologias? Contando com mais de 270 plataformas, 18 refinarias e mais de 32 mil quilômetros de dutos, a Petrobras é, hoje, a sétima maior empresa de energia do mundo. As descobertas dos campos de óleo do pré-sal farão com que a empresa cresça ainda mais nos próximos anos. Para suportar este e outros desafios, a Petrobras desenvolveu, com tecnologia IBM, um projeto único e extremamente ambicioso. Batizado de Conecte, o novo ambiente de colaboração da Petrobras é do tamanho da empresa e faz parte do plano de ter um ambiente de trabalho atualizado, dinâmico e extremamente flexível.

Para chegar ao atual patamar foram quatro anos de pesquisa, testes e avaliações. As principais soluções do mercado foram cuidadosamente analisadas tendo em vista o tamanho, a complexidade e as necessidades da empresa. No final, o IBM Connections foi selecionado como a plataforma sobre a qual a Rede de Colaboração da Petrobras seria desenvolvida. Neste post, compartilho as principais lições deste projeto.

Caso de Uso

Um projeto de Social Business deve ser suportado por casos de uso diretamente ligados ao negócio da empresa. Ao longo dos últimos anos, nos projetos em que tenho participado, as principais áreas demandantes deste tipo de solução são Comunicações, Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento, e Recursos Humanos. No caso da Petrobras, a liderança coube à Comunicação Institucional, que buscava uma plataforma sólida para tornar a comunicação interna mais ágil, transparente, humana, colaborativa e dialógica. Ampliar a comunicação interna, facilitar a colaboração e a troca de experiência entre profissionais de áreas distintas, disseminar conhecimentos técnicos e debate a inovação no desenvolvimento de novas tecnologias são apenas alguns dos objetivos deste projeto.

O projeto foi totalmente liderado pela Petrobras e acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por membros das áreas de Comunicação e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Com reuniões semanais, a equipe da Petrobras, com o auxílio da IBM, estudava cada passo, cada detalhe da implementação, sempre pensando em seu público alvo, a força de trabalho. 

Piloto

Depois da escolha da tecnologia, ao longo de um ano, a equipe planejou como seria a implementação do projeto. Para validar este trabalho foi realizado um Projeto Piloto que durou três meses, no final de 2012. A escolha dos participantes foi bastante cuidadosa. Buscou-se reunir profissionais de diversas áreas da empresa, de forma que as mais distintas atividades estivessem representadas. Desta forma, participaram do piloto cerca de 1300 pessoas que se encontravam em localidades diferentes e com missões distintas. Ao término do piloto, foram investidos mais alguns meses para analisar o comportamento e tirar lições a serem aplicadas diretamente ao projeto.

Adoção

Um dos principais cuidados do time do projeto foi com relação à adoção da rede de colaboração. A Petrobras tem profissionais de várias categorias diferentes, sendo uma grande parte com alta especialização. São engenheiros, geólogos, administradores, economistas, profissionais de comunicação e médicos, apenas para mencionar alguns. Cada um deles tem características e necessidades distintas. Foram investidas muitas horas em discussões com especialistas globais da IBM sobre técnicas de adoção. A idéia principal foi garantir que um plano fosse construido para garantir que a rede de colaboração pudesse agregar valor para cada participante. Para suportar o processo, várias inciativas foram tomadas como, por exemplo, a produção de um pequeno vídeo explicando os objetivos da rede. Também foi lançado o Manual de Uso dos Meios Digitais, destinado a orientar a força de trabalho sobre a atuação em ambientes digitais dentro e fora da companhia.

Liderança

Liderança executiva foi um capítulo à parte. Na IBM, nossa CEO, Jinny Rommetty, mantém um blog interno e se comunica com a força de trabalho através de nossa rede interna. No caso da Petrobras, a presidente, Sra. Graça Foster, enviou uma mensagem para todos os funcionários, em seu programa interno, chamando a atenção para a rede, antes da data em que ela entrou em produção. Desta forma, ficou claro para todos que esta não era simplesmente mais uma iniciativa isolada e, sim, um programa corporativo, um novo ambiente para colaboração.

Go Live

Finalmente, depois de longos meses, chegou a data do Go Live. A equipe toda estava de prontidão acompanhando, no início de setembro, a entrada em produção do "Conecte". E não poderia ter ocorrido de melhor forma, sem sustos ou solavancos, em menos de dois meses mais de 35 mil pessoas da companhia já participam ativamente da rede criando comunidades de trabalho, compartilhando arquivos e experiências.

Acompanhamento e Próximos Passos

Durante os próximos meses um acompanhamento criterioso será feito. Uma rodada de health check e mais uma de adoção já estão previstas. Além disso, outros sistemas serão integrados com o Conecte para aumentar ainda mais a colaboração interna.

Os 60 anos recém completados pela Petrobras foram um marco para a empresa, para a indústria nacional e para o Brasil. Esta empresa, que tanto orgulho dá para todos nós, se rejuvenesce e entra no clube das grandes empresa globais que utilizam uma rede de colaboração para incrementar a cooperação com o objetivo final de ser uma empresa mais ágil, transparente e com um maior comprometimento dos empregadose colaboradores.




terça-feira, 19 de novembro de 2013

Kevin Cavanaugh on IBM Connect 2014, January 26-30, Orlando, FL

Preparando-se para participar do Connect 2014? Mais de 6 mil profissionais se reunirão no final de Janeiro, em Orlando, FL, para conhecer o que há de mais novo em termos de Colaboração. Veja o vídeo abaixo, de Kevin Cavanaugh, Vice-presidente de Engenharia em Smarter Workforce por que você precisa participar.

Visite o site do evento e registre-se hoje mesmo.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

IBM SmartCloud Connections Overview

Excelente apresentação mostrando as atualizações implementadas no IBM SmartCloud Connections, um conjunto de serviços de colaboração e de social networking totalmente baseados em nuvem. O IBM SmartCloud Connections oferece, entre outras coisas, armazenamento e compartilhamento de arquivos, mensagens instantâneas, edição online de documentos e gestão de atividades. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

IBM Connect 2014, o maior evento de Colaboração e Social está chegando!


O IBM Connect 2014 será realizado entre os dias 26 e 30 de Janeiro de 2014, em Orlando, Flórida. O objetivo do evento será compartilhar a experiência da IBM e de seus Clientes e Parceiros em Social Business, Colaboração e Mobilidade. Estes temas estão no topo da agenda da grande maioria das empresas e, quando combinados com Cultura Corporativa e Técnicas de Analítica, podem ter um impacto extremamente positivo e ajudar na identificação e na gestão da "inteligência coletiva" de uma empresa, seu grande patrimônio. Será uma oportunidade única para conhecer as novas tecnologias e metodologias relacionadas com Social Business e, ao mesmo tempo, conectar com outras empresas.

O evento terá várias "trilhas", abaixo descritas, cobrindo desde temas estratégicos até assuntos técnicos. Para inscrever-se, clique aqui.

IBM Connect 2014, Trilhas:

Track 1: Social Business Strategy and Innovations
The premise that technology drawn from the world of social media can optimize workforce collaboration productivity will be a central theme of the Social Business track at Connect 2014.
We live in a world in which communication takes place more quickly, more easily, and in more ways than ever before. Just in the last decade, for instance, social media has completely transformed human interaction on a global scale—from the more than one billion Facebook users to the hundreds of millions of Twitter followers to the incredibly rapid growth of services such as Tumblr, Pinterest, and YouTube.
Smart mobile devices, now used by a staggering 70%+ of the global population, have made accessing these and other services an effortless experience—anywhere we go. And driving the services at the back end is cloud computing—the most flexible, scalable, cost-effective, and resource-optimized computational architecture available today.
But how many organizations have learned the lessons of social media—or have, in other words, adopted the best of Web 2.0 by reimagining it and reinventing it for business purposes? How much natural collaboration, information sharing, tactical and strategic brainstorming, and overall productivity might be achieved—that isn't yet being achieved? Connect 2014 will ask and answer that very important question.
And beyond changing the way the workforce interacts, another very promising area is learning more about the workforce, in the context of business goals, to create a superior overall outcome.
In this track, you'll learn about emerging best practices—all the ways social business solutions can connect, inspire, and empower the workforce to communicate. You'll also learn about IBM's own solutions to accomplish exactly that—and how, every day, IBM and select IBM clients are already realizing the many business benefits they generate.

Track 2: Solutions for a Smarter Workforce
For many organizations, the question “How can we build the best long-term team to pursue our strategies” is getting more complex by the day—and the available solutions are few and far between.
In a perfect world, for instance, it'd be relatively simple to put the right people into the right jobs—or better still, the right career tracks within the organization. And making sure workers can easily share their unique knowledge bases, capabilities, and insights to best business effect would be a similarly trivial matter.
In the world we live in, unfortunately, these matters aren't quite so straightforward. Many employees, or potential employees, struggle to find the perfect job (or, too often, any job). They can't pair their skills with suitable job opportunities because, among other reasons, they aren't even clear about just what those skills are—or should be, to improve their hiring prospects. As a result, they wind up in jobs charitably described as "less than a perfect fit"—jobs where they aren't inspired, don't contribute what they might, and ultimately, don't contribute as much to the organization's mission as would ideally be the case.
What if it were possible to enhance this fundamental paradigm, by better understanding how people think, what they can do—and want to do—and how well that correlates to organizational goals, both now and going forward?
What if, instead of workers taking jobs based on immediate organizational openings, jobs could be far more effectively mapped to talent, ultimately yielding an enduring, continually optimized career track?
Answering questions like that, and demonstrating how those answers are available to any organization using solutions already available today, is what the Smarter Workforce (YouTube, 00:04:15) track at Connect 2014 will be all about. And for organizations that put in the time, the result will be not just a more inspired and productive workforce, but also superior products and services, enhanced customer relationships, and escalating market share—a case of going from one strength to the next via an irresistible wave of improvement.

Track 3: Solutions for Exceptional Customer Experiences
Of course, communication inside company boundaries, though critical, is only half the story. The other half involves external customers, clients, and business partners.
Every organization has, at a basic level, the same goal: meet and exceed customer expectations through superior goods and services. But accomplishing that goal faster and more effectively than market competitors means understanding customers at a deeper level than competitors do—and getting the best use of that insight, once you have it.
For marketing professionals, customer service professionals, and digital experience professionals, IBM offers industry-leading capabilities designed to do just that. Thanks to smart analytics as applied to rich streams of customer data (like social media), it's now possible to make service—even self-service—more personal and more compelling to the customer than ever before.
Similarly, it's much easier to make the experience customers get—in interacting with company staff, using customer services, and using all forms of customer-facing content—a more consistent one.
No matter how customers engage with the organization, IBM offers solutions that can help optimize that engagement—across all channels of communication, platforms, and interfaces. And by attending sessions from this track, you can find out how those solutions can create real value at your organization both now and every year going forward.

Tracks 4-10: Lotusphere Technical Program
The technically rich content in these tracks will explore the full scope of everything IBM offers to make the idea of “energizing life's work” an up-and-running reality. That means, among other core technologies:

terça-feira, 5 de novembro de 2013

IBM Internal Crowdfunding, explorando novas fronteiras de colaboração e inovação


Que tal permitir que funcionários de sua empresa possam financiar projetos sugeridos por colegas de trabalho? Que tal suportar estes projetos, incentivando a inovação e maior colaboração interna? Ao mesmo tempo em que sites de Crowdfunding proliferam na Internet, nenhuma experiência havia sido feita usando como base a Intranet de uma empresa, ou seu público interno. A IBM Research resolveu explorar esta nova fronteira e obteve resultados muito interessantes.

Como funciona um site típico de Crowdfunding?

Um site de Crowdfunding tem como componente principal uma "Proposta" que, tipicamente, deve conter, pelo menos:

  1. Um detalhamento do projeto para o qual se deseja algum tipo de suporte,
  2. A ajuda necessária, que pode ser financeira, técnica, comercial ou de qualquer outra forma,
  3. Em quanto tempo é necessário obter 
  4. Elementos que convençam potenciais investidores a aplicar no projeto, como experiência do requerente, parceiros envolvidos no projeto, estudos de mercado, etc,
  5. Quais serão os benefícios para os investidores, caso o projeto tenha sucesso. 
Na maior parte dos casos a ajuda solicitada é financeira e o requerente especifica a quantia necessária. Se, durante o período em que a chamada estiver aberta, a quantia for alcançada, ela é direcionada para o requerente que passa a ter os fundos necessários para desenvolver o projeto. Caso o mesmo atinja os resultados esperados, os benefícios são, então, revertidos para os investidores.

Existem inúmeros sites dedicados a Crowdfunding. Dentre os mais famosos estão o Kickstarter, o Indiegogo e o RocketHub. Cada um deles tem regras próprias para a submissão de projetos, bem como cobram algum tipo de participação que, normalmente, gira em torno de um determinado percentual das doações realizadas.


Os sites de Crowdfunding tem sido grandes incentivadores de inovação, uma vez que viabilizam projetos que, em condições normais, poderiam nunca sair do papel. Apesar de recentes, vem movimentando milhões de dólares a cada ano. O Kickstarter, por exemplo, já levantou mais de US$ 200 milhões para financiar mais de 61 mil projetos.

Intranet Crowdfunding 

As iniciativas de Crowdfunding são normalmente realizadas no mundo livre da Internet e não estão associadas a nenhuma empresa em especial. Os requerentes e os investidores, na maioria das ocasiões, nem mesmo se conhecem e tem contato mínimo durante o processo de levantamento dos fundos e de desenvolvimento do projeto.

Um grupo de pesquisadores da IBM decidiu investigar de que forma uma iniciativa deste tipo poderia ser utilizada do lado de dentro do firewall de uma empresa. O projeto, batizado de "1x5" foi realizado durante um período de 35 dias. Para isso foi desenvolvida, dentro da Intranet da IBM, uma aplicação onde projetos poderiam ser apresentados e investimentos realizados. Exatamente nos mesmos moldes que os sites tradicionais de Crowdfunding. O desafio era grande pois não existem muitos registros desta modalidade de levantamento de fundos para projetos em uma Intranet.

Um dos vice presidentes da IBM Research concordou em oferecer US$ 100,00 para cada um dos 511 funcionários da sua organização. Ou seja, o investimento seria totalmente financiado pela IBM, principal beneficiária dos projetos vencedores. Cada um poderia investir os cem dólares da forma que quisesse. Só havia uma restrição, não era permitido investir no seu próprio projeto. Da mesma forma que nos sites tradicionais, os requerentes poderiam oferecer benefícios para os investidores, como uso prioritário da solução, acesso direto ao desenvolvimento, etc.

Durante os 35 dias, 311 funcionários participaram ativamente. Foram propostos 34 projetos com um investimento necessário total de US$ 101,600. Destes, dezenove projetos receberam os investimentos necessários. Interessante notar que o índice de propostas que recebeu os fundos necessários correspondem a 56% do total de projetos, número maior do que os 43,89% do Kickstarter. Os participantes concordaram em empenhar US$ 22,500 nos 34 projetos.

No entanto, uma regra comum a qualquer site de Crowdfunding diz que os recursos somente são transferidos para o requerente caso o projeto alcance pelo menos os 100% solicitados. Desta forma, apenas 19 projetos atingiram este requisito e receberam US$ 15,800.

Algumas conclusões do projeto:

  1. A experiência mostrou que houve participação ativa dos funcionários, não apenas do departamento de pesquisa, mas também de outras áreas
  2. Funcionários apresentaram projetos em diversas áreas como equipamentos e ferramentas para desenvolvimento de software
  3. A participação foi mais alta do que em algumas outras formas de Social Media e bem distribuida entre diferentes níveis da hierarquia da empresa
  4. Um dos motivos do sucesso da iniciativa foi abrir para os funcionários um novo canal para suporte a projetos, por fora da organização financeira tradicional
  5. Foi um excelente estímulo a inovação, ao permitir que funcionários pudessem buscar suporte para novos projetos.
Definitivamente esta é uma área que necessita de muito estudo e pesquisa. Os resultados do Crowdfunding na Internet são promissores. Dentro de uma empresa, é uma grande e nova fronteira para ser desbravada. Os benefícios para ambas as partes começam a aparecer e ficar mais claros.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Projeto Conecte, da Petrobras, é assunto da Coluna Gestão de Pessoas, do Jornal O Globo

O "Conecte", da Petrobras, é um ambicioso projeto de Rede Social Corporativa. Totalmente desenvolvido com tecnologia IBM Connections, representa a integração de diversas áreas da empresa como Comunicações, RH, Tecnologia e outras mais. Abaixo, matéria publicada neste último domingo, 3 de novembro. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ginni Rometty, CEO da IBM, em entrevista para a Fortune, sobre Social, Watson e Pesquisa

Ginni Rometty, CEO da IBM, é definitivamente uma pessoa inspiradora. Em recente entrevista para a Fortune, ela aborda os mais variados temas e compartilha uma visão de futuro bastante ambiciosa. Em uma conversa de vinte minutos ela fala sobre Social, Watson e Pesquisa. Alguns dos pontos mencionados:
  1. Nunca defina sua empresa com base em um produto. Em um mundo cada vez mais globalizado e com mudanças constantes, produtos tornam-se obsoletos da noite para o dia. Além disso, a empresa ainda pode se desconectar das principais tendências do mercado. Isso vale tanto para novos produtos como para novos modelos de negócio.
  2. Pense em Inovação 24 horas por dia. Nosso pensamento tem como característica principal ser linear. Ou seja, esperamos pelo iPad 4, depois pelo 5, pelo 6 e por aí vai. A inovação quebra este circulo. Mas inovar exige esforço, demanda pensar "fora da caixa". Ela faz um comentário interessante sobre Pesquisa & Desenvolvimento. Na maioria das empresas P&D é tratado como uma coisa única. Em sua visão, são coisas distintas e, mais importante, assim devem ser tratadas. "Pesquisa" está relacionada com inovação, com novas tecnologias, produtos e serviços. "Desenvolvimento" tem a ver com evolução, novas versões, melhorias.
  3. Ela menciona a necessidade de acompanhar o mundo externo, sempre olhando para fora da empresa e como que frequentando "5 avenidas":

    1. Pesquisa e Desenvolvimento - valendo a observação acima.
    2. Universidades - Um novo mundo surge a cada dia em instituições em todo o mundo.
    3. Clientes - Contaco constante com seus clientes, discussões sobre melhorias, novos produtos e serviços
    4. Venture Capital - Trata-se de uma rede vibrante, repleta de inovação.
    5. Social - Com foco no mundo corporativo. Na IBM fazemos HackDays, Jams e outras iniciativas sociais que geram novas idéias que, no final do dia, transformam-se em benefício para a empresa, para os clientes e para a sociedade.
  4. Seja Curioso - É preciso incentivar a curiosidade nos colaboradores da empresa. É esta característica que colabora de forma direta para a inovação. Sempre precisamos nos perguntar, com relação a empresa, o que deve perdurar e o que deve mudar. É o grande desafio de pensar no longo prazo e no curto prazo.