De tempos em tempos assistimos a mudanças mais radicais na indústria de TI. Aconteceu quando vimos a introdução dos mainframes no mundo corporativo, ainda na metade do século passado, dos minicomputadores, na década de setenta, dos microcomputadores, na década de oitenta, e da Internet, na década de noventa. Nos primeiros anos do século XXI vimos o surgimento das Redes Sociais como o Facebook, o Orkut e dezenas de outras. Vimos, também, o início da adoção destas tecnologias por algumas empresas, mesmo que ainda de forma tímida. Nestes primeiros anos, muitos novos fornecedores surgiram no mercado com ofertas para Redes Sociais Corporativas, a maioria oferecendo "mais do mesmo", sem grande inovação, oferecendo algo similar a um "Facebook para o mundo corporativo".
Um exército de novas, pequenas e inovadoras empresas juntaram-se a grandes como a IBM para brigar pelo mundo corporativo. No entanto, logo de cara começaram a aparecer os primeiros "pequenos detalhes" que acabavam por colocar estas soluções como apenas "soluções de nicho". Analisando as demandas das empresas modernas vemos nitidamente que elas são bem distintas das funcionalidades oferecidas por estes "novos entrantes". Para citar alguns exemplos:
- Integração - Sistemas legados estão por toda parte. Não dá pra simplesmente implementar uma Rede Social Corporativa e se esquecer deles. É fundamental, no plano de implementação, considerar estes sistemas analisando se é necessário integrar com eles e qual o nível de integração desejado. É comum, por exemplo, que o registro dos funcionários esteja em um sistema desenvolvido pela empresa. Tem que integrar com ele, certo? Pois é, mas muitas das soluções destas pequenas empresas simplesmente ignoram isso e demandam um novo cadastro próprio. É preciso certificar-se de que a solução proposta adere à sua Arquitetura de Sistemas.
- Back-up - No mundo corporativo isso é regra. No mundo das redes sociais abertas essa é uma preocupação que atinge a menos de 0,001% dos usuários. E, mesmo para estes poucos, na maioria das vezes nada é feito. Não dá pra simplesmente sair publicando informação em sua nova RSC e se esquecer de ter uma cópia de segurança. E isso demanda cuidados especiais e, claro, tecnologia.
- Segurança e Controle de Acesso - Tá bom, o FB tem senha. Só que para uma empresa isso não basta e controle de acesso é assunto muito sério... qualquer empresa tem um sistema de gerenciamento de senhas que obriga os usuários a seguir regras específicas para criar a senha e, periodicamente, obriga os usuários a trocarem suas senhas.
- Compliance - Controle do que é publicado e garantia de que tudo está aderente às regras da empresa, ou até mesmo do governo, é básico no mundo corporativo. Algumas indústrias, como Bancos e Seguradoras, são obrigadas a manter registros por anos a fio das operações feitas, para garantir compliance com regras estabelecidas.
- Auditoria - Outro ponto básico... qualquer empresa deve garantir condições mínimas para que seja possível auditar informação registrada e compartilhada. E, para isso, existe demanda por tecnologia.
Bom, já vimos que existem inúmeros aspectos que devem ser tratados de forma diferenciada em uma Rede Social Corporativa. O problema é que a maioria, para não dizer todas, as soluções destas empresas de nicho não tem alcance tão amplo e acabam jogando estes problemas para você, que acaba tendo que fazer a integração dos componentes com diferentes produtos de diferentes fornecedores. Uma tremenda dor de cabeça para qualquer arquiteto e, pior ainda, eterna. Cada vez que um dos componentes lança uma versão nova, você é obrigado a homologar tudo novamente. Cada vez que sai uma nova versão de um sistema operacional, mais uma bateria de testes.
O fato é que apenas poucas soluções, como o IBM Connections, foram desenvolvidas para o ambiente corporativo, levando em consideração as preocupações acima e inúmeras outras. Ele oferece tecnologia de ponta para implementar sua RSC e, melhor ainda, ao trabalhar com padrões abertos, faz com que a tarefa da integração seja enormemente simplificada.
A conta é fácil, mas tem que ser feita com cuidado. Usualmente estas empresas até oferecem seu software a um custo menor. O problema são os custos envolvidos nos ítens relacionados acima. Cuidado especial com o TCO (Total Cost of Ownership). É fundamental fazer as contas com cuidado.
A Aurora do Social Business 2.0 - Collective Intelligence
A principal característica da primeira fase das Redes Sociais foi ser aberta ao público em geral. Seu nascimento foi fora dos "muros corporativos", mais precisamente em um quarto de um alojamento de uma universidade. Já na segunda fase, são adotadas por empresas, mas apenas com as características básicas já discutidas aqui inúmeras vezes.
Só que o mundo não para de rodar e "a fila anda". Neste momento, assistimos a mais uma grande mudança no cenário do Social Business. Além dos recursos tradicionais, como comentado acima e em diversos outros posts aqui no Explora!, vemos o crescimento da importância de alguns novos ítens. Dentre os principais, ganham destaque "Business Analytics" e "Sentiment Analysis". E, novamente, vemos a liderança da IBM, com folgas, ao oferecer produtos projetados e desenvolvidos para serem usados em empresas de todos os portes.
Só que o mundo não para de rodar e "a fila anda". Neste momento, assistimos a mais uma grande mudança no cenário do Social Business. Além dos recursos tradicionais, como comentado acima e em diversos outros posts aqui no Explora!, vemos o crescimento da importância de alguns novos ítens. Dentre os principais, ganham destaque "Business Analytics" e "Sentiment Analysis". E, novamente, vemos a liderança da IBM, com folgas, ao oferecer produtos projetados e desenvolvidos para serem usados em empresas de todos os portes.
A primeira onda do Social Business trouxe um "efeito colateral" seguramente ignorado pelos pioneiros... a produção de uma quantidade de informação nunca antes vista pelo ser humano. E esta enorme quantidade de dados tem obrigado empresas a cuidar não apenas de armazenamento mas, principalmente, a ter condições e tecnologias para entendê-las e analisá-las.
Analisar toda esta informação é fundamental. Caso contrário, é como ter uma Enciclopédia Conhecer em casa e nunca abrir uma página sequer (ok, para os mais novos, esta enciclopédia era o equivalente ao Wikipedia, em uma comparação grosseira). De que adianta ter todas as informações na estante de sua sala e não usar? A proposta de Business Analytics é exatamente permitir o tratamento e análise de Big Data. Ao oferecer para o gestor condições de entender o conteúdo desta enorme nuvem de informação, dá a ele, ao mesmo tempo, condições de tomar decisões mais precisas e, consequentemente, ter um índice de acerto muito maior. Obviamente, os resultados da empresa serão melhores.
Outro ponto de destaque nesta nova onda é a capacidade de se "analisar sentimento". Imagine-se lançando uma campanha de marketing para um novo produto. Como saber, com base na enorme quantidade de informação hoje disponível na Internet, se sua campanha está indo bem ou não. Como saber o que os consumidores e seus clientes sentem em relação a sua empresa e a sua marca? Para isso tudo, mais uma vez vamos precisar de muita capacidade de análise, de muita tecnologia.
O que estamos assistindo agora é o nascimento de uma nova fase no Social Business, diretamente relacionada ao Conhecimento Coletivo, a Inteligência Coletiva. É como se a empresa fosse um organismo vivo e seu conhecimento fosse efetivamente a soma do conhecimento de todos seus funcionários, clientes, fornecedores e parceiros. Isto só é possível a partir do momento em que temos uma arquitetura de Social Business extremamente bem estabelecida, quando podemos oferecer para nossos funcionários, clientes e fornecedores uma plataforma para registrar e compartilhar conhecimento e tecnologia para explocar o enorme volume de informações produzido.
Esta nova fase do Social Business, que chamo de "Collective Intelligence", abre novas fronteiras e horizontes para empresas de todos os portes. Navegar neste novo mundo e, principalmente, ser capaz de encontrar sentido na enorme massa de dados produzida, vai ser o principal fator de diferenciação para a próxima geração de empresas.
É importante lembrar que não estamos mais nos tempos em que "ter conhecimento" era suficiente. Hoje é fundamental ter conhecimento, claro, mas o grande fator de direrenciação e que permite às empresas buscar inovação é "entender e compartilhar conhecimento".
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