O mundo das Redes Sociais, aos poucos, imita o mundo real. Da mesma forma que cada um de nós tem sua personalidade, no mundo virtual vamos também dando traços característicos aos nossos "avatares". Seja no Facebook, no Orkut, no LinkedIn ou em qualquer outro ambiente, volta e meia esbarramos com tipos curiosos, até engraçados. E quais são os mais comuns?
1. Um dos tipos mais comuns de se encontrar é o "Colecionador de Amigos". Fã do Roberto Carlos ou não, sua meta é “ter um milhão de amigos", sejam realmente íntimos ou completamente desconhecidos. O importante é ter centenas ou milhares de conexões.
2. Outra figurinha fácil é o "Radar". Ele gosta de compartilhar sua vida com todos. Se vai ao clube, atualiza seu status no FourSquare... se vai ao cinema, informa o nome do filme e o local. Não dá um passo sem avisar a seus amigos onde está. Parece que tem um GPS implantado.
3. O "Popular" já é um pouco mais difícil de encontrar. Qualquer coisa que ele coloque no Facebook é logo "curtido" por dezenas ou centenas de seguidores. Artistas encontram-se nesta categoria. Para alguns apresentadores, como o Luciano Huck e a Ana Maria Braga, bastam dois ou três minutos para que milhares de pessoas curtam seus comentários... mesmo que seja um simples bom-dia.
4. No extremo oposto, vem o "Solitário". Nem que ele ofereça ouro, ninguem lê ou curte seus comentários. Parece até com aquele jovem estudante que fica o recreio inteiro sozinho. Tal qual na vida real, o Solitário precisa se esforçar muito para conquistar seus fãs.
5. Outro tipo comum é o "Profissional". Ele só usa as Redes Sociais para divulgar seu trabalho. E não fica limitado ao LinkedIn. Usa tanto o Twitter quanto o Facebook para compartilhar com seus amigos tudo o que está fazendo.
6. Por último, um tipo não tão raro mas muito curioso, o "Voyer". Trata-se de um grande observador. Raramente atualiza seu status mas está sempre navegando, verificando o que seus amigos estão fazendo. Recentemente esbarrei com um desses, que seguia centenas de pessoas no Twitter, possuia algumas centenas de seguidores e nunca, eu disse "nunca", postou um comentário sequer.
A medida que passamos mais tempo em rede sociais, desenvolvemos nossas “personalidades virtuais”. Tão complexas como no mundo real, também apresentam crises e disturbios. Sociologos dedicam-se a estudá-las, tentando compreender melhor nossos "alter-egos" e seu impacto nos relacionamentos da vida real.
*** Este texto foi publicado no Jornal O Globo, hoje, 14 de outubro, no caderno de Economia, Digital & Mídia, pág. 29
Flavio, ótimo artigo.
ResponderExcluirDesde que inventaram as redes sociais, costumo dizer que temos agora um "Digital Self" ou "Ego Digital".
Conheço algumas pessoas que não entendem a utilidade das redes sociais. Até me perguntam "meu, prá que serve isso, cara!?!?".
Eu sempre digo que as redes sociais são como festas. Nas festas as pessoas se reunem, trocam idéias e conversam sobre diversos assuntos. Cada um vai com algum objetivo na festa. E outras pessoas vão sem objetivo nenhum também, e está tudo bem, pois é pode ser divertido também.
Eu digo para elas que se conseguem ver utilidade para uma festa, conseguem ver também utilidade pras redes sociais.
Obrigado pelo comentário, Avi! Você fez uma comparação realmente muito interessante... afinal, festas são eventos sociais por natureza.
ResponderExcluirVale um Haagen Dazs!