sábado, 31 de dezembro de 2011

2012, o Ano do Social Business

Todo final de ano é tempo de balanço e, também, de olhar para a frente. Previsões fazem parte da nossa cultura. No entanto, como dizia um velho conhecido, "fazer previsões é muito dífícil, principalmente quando são sobre o futuro". Nessa linha, relaciono, abaixo, não o que poderiamos até mesmo chamar de "previsões", mas o que eu vejo como tendências para o próximo ano em termos de Redes Sociais e assuntos relacionados. Ao não classificá-las como "previsões" abro mão de ser cobrado ao final de 2012 sobre suas realizações ou não. No entanto, como profissional da área de TI, acredito profundamente que deveriamos observar cada um destes ítens com bastante atenção.
  1. Social Intranets - Nos últimos dois anos, envolvi-me diretamente em diversos projetos de Redes Sociais Corporativas. Em muitos deles, o objetivo foi o de implementar uma Intranet Social, onde os funcionários de uma empresa pudessem transformar-se em "colaboradores". A diferença fundamental entre os dois conceitos é que na Intranet Social todos participam e compartilham informações, gerando conhecimento e inovação.

    Pelo volume de projetos e de consultas que temos recebido, vejo 2012 como o ano em que as Intranets Sociais irão substituir os Portais Corporativos como principal plataforma corporativa. O maior exemplo é o da própria IBM, onde uma nova versão foi implementada neste último quartil e está em uso por mais de 400 mil colaboradores em todo o mundo. É, disparada, a maior rede social corporativa do mundo, em plena operação.
  2. Mobilidade - No final de 2010 a venda de smartphones já havia superado a de PCs (1 e 2). Smartphones e Tablets tomaram definitivamente o mercado em 2011. No mundo corporativo, já são uma realidade em muitas empresas, mas na maioria delas com um papel secundário. O principal dispositivo ainda é o PC ou o notebook.

    Em 2012, pelo aumento no volume dos projetos de BYOD (Bring Your Own Device), vejo estes dispositivos, pela primeira vez, com chances de assumirem o papel de protagonistas. Inúmeras transformações virão "de carona", como maior agilidade em processos de aprovação, uma maior cobrança por produtividade e, claro, maiores cuidados com segurança.
  3. Cloud - Este é um dos componentes mais fortes de qualquer novo projeto de TI. Ao mesmo tempo, é o que levanta mais dúvidas e inseguranças com relação a questão de segurança. Ofertas dos grandes provedores como a IBM, vão atender a uma demanda cada vez  maior de empresas de qualquer porte, trazendo nível de servico e segurança. Vale acompanhar os novos lançamentos, previstos para o início deste ano.

    Minha recomendação aqui é cautela, principalmente na escolha do provedor de serviços. Mesmo alguns players mais atuantes no ramo já provaram que tem capacidade de atender bem à "pessoas físicas". No mundo corporativo, no entanto, às demandas são diferentes e muito, mas muito mais específicas. Ter profissionais especializados, infraestrutura comprovadamente forte e um nível de serviço diferenciado são pontos fundamentais. Recentemente li sobre um projeto de uma empresa que oferece serviços em nuvem e sobre seus problemas para entregar o contratado (3). Detalhe, o problema para entregar o projeto está relacionado a questões de "segurança". Mais uma vez, cuidado na escolha de seu provedor de serviços.
  4. Big Data - A quantidade de dados produzida diariamente no mundo todo é algo inimaginável. E tem um valor único, para aqueles que conseguirem analisar esta montanha crescente. Segundo recente estudo da McKinsey (4), será a base para grandes crescimentos em competitividade e inovação. Mas, para isso, é fundamental utilizar tecnologias e metodologias adequadas. Alguns setores, como Saúde, Varejo e Governo, podem se beneficiar enormemente caso consigam transformar todos esses Dados em Informação.

    Vejo, aqui, um crescimento da demanda por Business Analytics. Não apenas de tecnologia mas, principalmente, "capacidade analítica". Investir somente em tecnologia será algo parecido a ter o melhor carro do mundo e não saber dirigir. As Redes Sociais, tanto as abertas como as corporativas, escondem um "tesouro" de conhecimento, com informações sobre cultura, hábitos, preferências e muito mais.
  5. Local x Global, Vertical x Horizontal - O Facebook fez o mundo todo se conectar em uma única rede social. Em 2010 e 2011 surgiram diversas redes sociais mais especializadas. A idéia aqui é garantir maior afinidade entre os membros que, em tese, buscariam um objetivo comum. Enquanto o Facebook, em linhas gerais, não tem objetivo algum a não ser ligar as pessoas, outras redes como a  ResearchGate (5 e 6), para cientistas, a CookEatShare (7), para chefs de cozinha ou a The Pet's Universe (8 e 9), para donos de animais de estimação, são bem mais focadas em objetivos claros.

    A medida que profissionais vejam os benefícios que essas redes mais especializadas podem trazer, a tendência é que juntem-se em Redes Sociais segmentadas.
Todos os pontos acima são simples percepções, com base nos projetos e eventos que tenho participado e nas conversas com especialistas da área. No início do ano, teremos um grande evento dedicado exclusivamente a Redes Sociais Corporativas, o "IBM Connect2012" (10). São esperados anúncios que, seguramente, terão fortes impactos nas direções do mercado.

Por tudo isso, acredito que  2012 será o ano do Social Business.

Um Feliz 2012 para todos!!!

(1) http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1779980&seccao=Tecnologia
(2) http://www.ft.com/cms/s/2/d96e3bd8-33ca-11e0-b1ed-00144feabdc0.html#axzz1i8HtlQms
(3) http://articles.latimes.com/2011/apr/14/business/la-fi-google-email-20110414
(4) http://www.mckinsey.com/Insights/MGI/Research/Technology_and_Innovation/Big_data_The_next_frontier_for_innovation
(5) http://www.vincentabry.com/en/research-gate-social-network-for-scientists-1279
(6) http://www.researchgate.net/
(7) http://cookeatshare.com/
(8) http://www.thepetsuniverse.com
(9) http://oglobo.globo.com/blogs/cat/posts/2011/03/09/rede-social-para-pets-367858.asp
(10) http://www-01.ibm.com/software/collaboration/events/connect/

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Como sistemas de "Classificação em Redes Sociais" podem impactar sua indústria?


O crescimento no uso de Redes Sociais abertas tem provocado transformações dramáticas em algumas indústrias, alterando profundamente o seu equilíbrio. O Center for Information Systems Research do MIT Sloan School of Management (MIT CISR) acaba de liberar, em seu relatório de dezembro, os resultados de um estudo sobre o impacto do uso de redes sociais na indústria do Turismo. As lições nele relacionadas são interessantes e podem ser amplamente aplicadas.

Dentre todas as indústrias, a do Turismo, em especial, sofreu fortes mudanças depois que as redes sociais passaram a ser mais amplamente utilizadas para revisões de estabelecimentos como hotéis, por exemplo. Historicamente, a indústria era bem estabelecida e até mesmo estável. Quando desejávamos programar uma viagem, fazíamos nós mesmos as reservas, entrando em contato diretamente com hotéis ou através de agências de viagem, muitas vezes com informações fornecidas por empresas de classificação de hotéis como a Michelin ou a Fodor's, por exemplo. Nosso relacionamento era direto com estas entidades, que controlavam todo o processo.

Diversas empresas de Classificação de Hotéis foram criadas no início do século XX e prosperaram muito, utilizando um modelo em que faziam visitas de inspeção aos hotéis e, com base em um questionário detalhado, classificavam os hotéis, usualmente com uma determinada quantidade de estrelas.

No início deste século começaram a surgir as primeiras agências virtuais de classificação de estabelecimentos de turismo. A grande diferença é que, neste novo modelo, quem atribui a classificação não é mais a agência, mas os usuários dos hotéis. A TripAdvisor, por exemplo, foi criada no ano 2000 com a missão de "auxiliar viajantes em todo o mundo a planejar e realizar uma viagem perfeita". Atualmente é a maior agência online de viagens com presença em 30 países e em 21 idiomas Eles recebem aproximadamente 45 milhões de visitantes únicos por mês, que publicam milhões de comentários sobre milhões de estabelecimentos em diversos países. É um fenômeno que gerou um faturamento de cerca de US$ 500 milhões em 2010, proveniente de cliques patrocinados e anúncios.

Nem tudo, no entanto, é tão tranquilo e existem muitas críticas ao site, reportando comentários falsos ou até mesmo difamatórios. Independente disso, o segmento de Turismo já incorporou a análise deste conhecimento gerado pelos usuários ao seu sistema gerencial. Em reuniões internas, avaliam e discutem os comentários sobre seus hotéis e, em muitos casos, utilizam estes feedbacks para implementar mudanças.

A conclusão do relatório sugere que as lições desta indústria sejam entendidas e aplicadas a outros segmentos. Para começar, recomenda que seja feito um mapeamento sobre os fluxos de informação, capital e serviços em sua indústria, como ilustrado no diagrama abaixo. Em seguida, sugere que seja feito um estudo dos possíveis impactos da incorporação de "revisões sociais" em seu business. Dependendo dos resultados, recomenda três abordagens distintas:
  1. Parceria,
  2. Competição direta ou
  3. Experimentar o uso de Mídias Sociais
Na opção por Parcerias, a idéia é que você estabeleça uma parceria com empresas já estabelecidas neste segmento ao contrário de, você mesmo, implementar um novo sistema de revisões. No caso de Competição Direta, a idéia é que, ao contrário, você ofereça o serviço de revisões em seu site. Já no terceiro caso, a idéia é que você experimente aos poucos, com escopo limitado, os efeitos de avaliações em redes sociais em seu business. 


A melhor abordagem vai depender do seu tipo de negócio. O estudo detalhado dos possíveis impactos de revisões sociais em seu business é um exercício fundamental para definir a melhor estratégia.

A principal conclusão é que os efeitos das revisões em midias sociais pode provocar uma transformação drástica em diversos segmentos. Analisar cuidadosamente estes possíveis impactos em sua indústria é um importante passo para garantir a sua liderança.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

AT&T estima ganhos de US$ 80MM em produtividade devido a Social Business com tecnologia IBM

Participei, recentemente, de um painel sobre Social Business na Rio Info, o maior evento da área de Tecnologia da Informação no Rio de Janeiro. Entre os painelistas, um jornalista português convidado, meio fora do contexto,  teimava em questionar alguns pontos colocados pelos outros membros da mesa. Em sua visão, a entrada de Redes Sociais nas empresas teria um impacto negativo nos índices de produtividade. Saí do evento um pouco incomodado com tão sólida afirmação, apesar de não suportada por dados mais concretos. Fiquei com a impressão que o dito jornalista estava analisando somente o uso indiscriminado de redes sociais abertas nas empresas, sem ligação com seu negócio principal. Nitidamente ele levou em consideração na sua análise aquele funcionário que fica navegando no Facebook o dia todo em vez de executar o que é esperado dele.

Nos dias seguintes procurei me aprofundar um pouco mais detalhadamente sobre o impacto de novas tecnologias na produtividade das empresas. Em especial, analisei o trabalho de Manuel Castells, mundialmente conceituado estudioso espanhol e autor de diversos livros sobre o tema. Em seu livro, A "Sociedade em Rede", um dos temas que ele explora são os principais impactos da entrada de novas tecnologias nas empresas, elaborando uma cuidadosa análise em diversos países, desde o final do século XIX até o final do século XX. A conclusão é que, nos momentos iniciais, quando a nova tecnologia ainda não está amplamente difundida, provoca pouco impacto na produtividade, e que, depois de um tempo passa a colaborar para um aumento nas taxas de produtividade e não para sua redução. Totalmente em linha com os argumentos empíricos utilizados pelos demais painelistas.

No início desta semana, em uma entrevista em um evento nos EUA, Blair Klein, a executiva da "AT&T" responsável pela área de "Emerging Communications" disse claramente que a adoção de recursos de Social Business traz, sim, benefícios financeiros para a empresa (1). E que estes benefícios, no caso de uma estimativa da "AT&T", seriam de aproximadamente US$ 80 milhões de dólares em um período de 5 anos. E, detalhe, este retorno de investimento estaria associado a apenas um componente de uma RSC, o "Perfil dos Membros" (que, conforme já falamos anteriormente, é o núcleo de qualquer RSC). Ao manter seus perfis atualizados com informações relacionadas com sua formação e experiência, os profissionais da "AT&T" tornam viável a busca por especialistas.


Ainda segundo Blair Klein, atualmente a grande maioria dos executivos de empresas norte-americanas está com o tema Social Business "no radar". No entanto, existe uma grande distância entre ter um projeto "no radar" e estar efetivamente liderando a implementação de uma RSC. Em sua avaliação, muitos altos executivos ainda não tratam abertamente do assunto por temerem aparentar desconhecimento sobre o tema e virarem motivo de chacota na empresa. Sua dica para estes casos é criar guias, manuais de uso com dicas para comportar-se em RSCs. Outra alternativa é o que ele chama de "reverse mentoring", onde gerentes intermediários fazem coach em executivos. Cabe a estes gerentes intermediários "pegar um executivo pela mão" e conduzí-lo pelo processo de uso de uma RSC. Além disso, a "AT&T" procura auxiliar seus líderes a engajar mais e mais seus funcionários no uso da rede (2), com outras técnicas.

A "AT&T", com tecnologia IBM (Connections e Portal), implementou nos últimos anos uma série de recursos de Social Business e Colaboração em sua Intranet, a tSpace, e uma área para brainstorming, a tStorm. Para a empresa, é absolutamente claro que houve uma mudança cultural no ambiente corporativo, nos últimos dez anos. Ainda na década de noventa, "conhecimento é poder" era uma expressão largamente aceita. Atualmente, a "AT&T" considera "compartilhar é poder" a nova verdade. Definitivamente temos um novo equilíbrio. E os benefícios, além do retorno estimado de US$ 80 milhões, no caso da "AT&T", alcançam todas as áreas de uma empresa.

E você, já compartilhou conhecimento hoje?

(1) http://www.ragan.com/Main/Articles/44121.aspx
(2) http://www.forbes.com/sites/rawnshah/2011/02/08/att-helps-internal-leaders-engage-their-employees-through-social-brainstorming/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Como fomentar o uso de uma Rede Social Corporativa?

Um dos grandes desafios dos gestores de Redes Sociais Corporativas está em fomentar o seu uso. Afinal, o maior valor de uma rede deste tipo está exatamente em oferecer um ambiente propício para comunicação e colaboração, incentivando a geração e o compartilhamento de conhecimento e, em última instância, suportanto inovação. É com base neste cenário que atingimos nossos objetivos finais que são mais produtividade e lucro. Para atingi-los, precisamos que a RSC seja efetivamente utilizada. O desafio é grande uma vez que cada RSC tem suas peculiaridades, intimamente conectadas com a cultura da empresa. Nem sempre, aquilo que faz sucesso em uma empresa vai alcançar os mesmos resultados em outra, mesmo que sejam do mesmo segmento.

Gostaria de compartilhar um exemplo bem interessante e que mostra claramente a importância de uma linguagem adequada e ligada ao objetivo da rede. Apesar de ser uma rede social aberta, mostra claramente como o assunto pode ser conduzido em uma rede corporativa. A "Quora" é uma rede social que tem como proposta ser uma espécie de oráculo, um local em que qualquer um pode fazer perguntas e obter respostas, para os assuntos mais variados. Já falamos sobre ela aqui (1), na época com foco especial no seu "nascimento". Sou um membro registrado deste então e acompanho seu desenvolvimento.

Eles criaram um modelo de fomento de uso bem interessante. A rede envia periodicamente emails para seus membros destacando as perguntas mais curiosas. Recentemente recebi email com as seguintes:
  1. Se você machucar um inseto, deve matá-lo ou simplesmente deixar ele seguir em frente?
  2. O cérebro das mulheres é fundamentalmente diferente do cérebro dos homens? (boa essa, não?... eu não sei a resposta... lá no Quora tem 3, mas nenhuma me pareceu muito "científica")
  3. Por que o preço de um jantar em um restaurante é sempre bem maior que a soma dos preços dos seus componentes?
  4. Qual a árvore de Natal mais legal?
E por aí vai, em uma sequência interminavel de perguntas, no mínimo, "exóticas". Interessante notar que, no caso em questão, a forma selecionada para atrair os membros a frequentar a rede foi  brincar com a "curiosidade" deles. A idéia é provocar a curiosidade das pessoas, uma das características comportamentais mais fortes do ser humano. Segundo o Wikipedia, a curiosidade humana é "o desejo do ser humano de ver ou conhecer algo até então desconhecido". E, aparentemente, vem funcionando bem.

Como já discutimos aqui, minha recomendação "Número 1" é que a RSC esteja ligada a pelo menos um objetivo de negócio da empresa. Qualquer que seja este objetivo, é algo que, por definição, tem impacto no dia-a-dia e no futuro da empresa e dos funcionários, em maior ou menor grau. É aí que devemos buscar inspiração. Podemos explorar o modelo do Quora, enviando emails com publicações interessantes ou criar um outro mais apropriado. O que motiva os membros de uma RSC com foco em Pesquisa e Desenvolvimento? E com foco em Recursos Humanos? E em Vendas? Definitivamente, cada caso é um caso e não é possível garantir que um modelo de sucesso em uma RSC também tenha sucesso em outra.

Algumas idéias para explorar:
  1. Assinatura (similar ao do Quora)
  2. Concursos - adequado e Pesquisa e Desenvolvimento
  3. Campanhas de divulgação
  4. Jams - também adequado para P&D
  5. Reconhecimento por contribuição, como badges ou destaque especial
E para a sua Rede Social Corporativa, o que fomentaria o seu uso?

Está curioso com relação as respostas às perguntas acima? Visite quora.com

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/01/quora-o-oraculo-social-do-seculo-xxi.html

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Gerenciando Riscos em Redes Sociais

Uma das principais preocupações dos CxOs com relação a adoção de Redes Sociais está relacionada com "riscos" como, por exemplo, vazamento de informações classificadas. Certamente que este risco existe mas, ao mesmo tempo, é importante notar que o risco existe com ou sem uma Rede Social. Mais ainda, não implementar uma Rede Social pode trazer outras perdas para uma empresa e que podem afetar diretamente sua posição no mercado. Uma vez que eles existem a pergunta então é "como mitigá-los?". Para responder a essa pergunta, Sandy Carter, VP de Social Business da IBM gravou um pequeno vídeo, que você pode ver abaixo.


Resumidamente, quando falamos em nos preparar para minimizar os riscos em Redes Sociais, precisamos observar quatro pontos:
  1. Desenvolver a capacidade de "escutar", de "ouvir" o que está sendo falado sobre nossa empresa, sobre nossos produtos ou serviços. É fundamental saber como o mercado nos vê. Para isso, é preciso implementar tecnologias e serviços que escutem as mídias sociais, monitorando o tratamento dado à nossa empresa. Monitorar Redes Sociais demanda tecnologia adequada e, também, capacidade analítica. No que diz respeito a parte de tecnologia, uma solução pode incluir vários componentes como, por exemplo, o Cognos Customer Insight (1), uma ferramenta que permite monitorar e registrar o que está sendo discutido no Facebook, no Twitter, em blogs, forums ou qualquer outra mídia social.
  2. Ser capaz de classificar as informações obtidas. É bom lembrar que a quantidade de conversas na web sobre seu produto ou empresa pode ser literalmente enorme, muito grande mesmo. No entanto, nem tudo é importante ou demanda uma ação de sua parte. É importante classificar essa informação. Para isso, é preciso desenvolver métodos adequados que possam, dentre outras coisas, fazer o que chamamos de "análise de sentimento". Uma classificação adequada pode atribuir uma "nota" para um determinado comentário na rede e, a partir daí, acionar um sistema de alertas. Em alguns casos você pode desenvolver, por exemplo, um painel de controle (dashboard), que indique de forma simples e visual o que demanda atenção imediata.
  3. Uma vez que você tenha capacidade de escutar a Internet e de classificar as informações obtidas, é preciso ter um time preparado para responder ao mercado, quando necessário. Este time tem que estar preparado para reagir de forma racional, não emocional. Em uma Rede Social, é comum os sentimentos serem explorados e, principalmente, amplificados. Cabe a este time reagir no formato apropriado, sem misturar emoção com razão.
  4. Por último, é preciso responder no tempo adequado. Fundamental entender que, em Redes Sociais, 48 horas é um tempo simplesmente longo demais para uma resposta. O fato dos sentimentos serem fortemente explorados demanda uma resposta em um tempo mais curto.
Gerenciar riscos em Redes Sociais é um dos ítens que deve fazer parte da agenda de qualquer empresa. Temos que nos lembrar que nossos clientes estão, a todo momento, falando de nossa empresa, serviços ou produtos, com impacto direto em nossa reputação.

Reputação Digital é um tema sério e que deve ser tratado, sempre.

(1) http://www-142.ibm.com/software/products/br/pt/cognos-consumer-insight/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

IBM Center for Social Business


Social Business é um dos principais pilares de investimento e crescimento da IBM, junto com Smarter Cities, Cloud e Analytics. A IBM investiu, nos últimos 10 anos, centenas de milhões de dólares somente nesta linha de pesquisa e desenvolvimento. Para suportar este plano de crescimento, criou e mantem um laboratório especialmente dedicado ao assunto, em Cambridge, Massachusetts, o IBM Center for Social Business (1).

Trata-se de um Centro de Excelência para Colaboração e Social Software. Ele tem como principal missão suportar organizações de todos os tamanhos no desafio de desenvolver e adotar as mais modernas tecnologias de colaboração e de redes sociais corporativas. O centro trabalha de forma integrada com outros laboratórios da IBM (Watson, Almaden, Haifa, Tokyo e China), com a unidade de serviços da IBM, com as organizações de desenvolvimento de software e com o CIO da empresa.

Uma das linhas de trabalho é a Venture Research, que desenvolve conceitos literalmente "do zero" até que o mesmo esteja pronto para ser utilizado em uma empresa. A idéia é garantir que um produto, ao ser liberado para uso, esteja realmente testado, validado e que tenha o suporte adequado. Sairam destas salas de pesquisa, por exemplo, o sistema Many Eyes (2), para análise de dados, e a própria Rede Social da IBM, hoje implementada e utilizada por todos os funcionários da empresa, constituindo-se na maior Rede Social Corporativa em produção no mundo (aproximadamente 400 mil usuários ativos).

Além disso, o centro também tem um Corporate Program, cuja finalidade é trabalhar com empresas interessadas em desenvolver soluções nas áreas de colaboração ou redes sociais. A idéia aqui é desenvolver projetos de forma conjunta, montando equipes de alto nível com pesquisadores da IBM e desenvolvedores do cliente. Trabalhando desta forma, tanto a empresa quanto a IBM, beneficiam-se da sinergia destes profissionais de alto nível e da experiência da IBM no tema. O resultado final são projetos mais estruturados e com uma chance muito maior de ter uma implementação correta no ambiente final.

Durante a Lotusphere e o Connect 2012, em Orlando, em Janeiro próximo, o centro terá um espaço especialmente dedicado para ele onde podem ser agendadas visitas e reuniões. Se você está planejando participar dos eventos, aproveite para dar uma passada por lá e entender como a IBM pode ajudá-lo em seus desafios relacionados com Colaboração e Social Business.

Parte integral da estratégia da IBM, a linha de Social Business vem recebendo fortes investimentos e obtendo suporte e adesão de grandes clientes em todo o mundo. Conheça o centro visitando seu site. 

(1) http://www.research.ibm.com/social/index.shtml
(2) http://www-958.ibm.com/software/data/cognos/manyeyes/

sábado, 19 de novembro de 2011

Redes Sociais: "Proibir e Censurar" ou "Educar e Monitorar"?


Já estamos no décimo-segundo ano do século XXI e ainda tentamos responder a muitas questões do século passado. Uma delas é velha companheira do mundo corporativo e coloca em choque não apenas gerações mas, também,  modelos de gestão. Já foi feita inúmeras vezes e é repetida toda vez que uma nova tecnologia surge. Foi assim com o telefone fixo nos anos 50, com os micro-computadores nos anos 80, com o email também na mesma época, com a Internet na década de 90, com o telefone móvel também nos anos 90, com os sistemas de mensagem instantânea no início deste século, e, agora, com as Redes Sociais. O seu uso na empresa deve ser liberado, restringido ou proibido? Seu uso vai aumentar ou reduzir a produtividade?

Faz pouco tempo participei de um painel em que o tema foi abordado. Um dos painelistas defendia a tese de que a liberação do uso de Redes Sociais dentro da empresa deve ser controlado, proibido mesmo. Segundo ele, a liberdade de uso vai obrigatoriamente ter impacto na produtividade dos empregados e, consequentemente, no lucro das empresas. A discussão tornou-se mais acalorada e, ao final do painel, acredito que os presentes tenham levado para casa uma grande pergunta: Como tratar o uso de Redes Sociais dentro das empresas?


Para responder de forma adequada a esta pergunta é importante voltar no tempo e, principalmente, entender o que se passou com a indústria global nos últimos 100 anos quando uma nova tecnologia era inserida. Para suportar este post, busquei apoio no livro "A Sociedade em Rede", de Manuel Castells (1), o primeiro volume de uma trilogia que pretende analisar os impactos em nossa sociedade das novas tecnologias, principalmente em um mundo mais globalizado, integrado, em uma sociedade que vive em rede. Ao mesmo tempo que não é meu objetivo aqui analisar impactos economicos da adoção de novas tecnologias, é importante ter essa visão histórica e científica.

Em seu livro, Manuel Castells mostra claramente que houve um aumento da produtividade no último quartil do século XX, inicialmente lento, com um crescimento bem maior a partir da década de 90. Coincidentemente, neste mesmo período assistimos à entrada de novas tecnologias de informação nas empresas, o que nos leva a conclusão de que estas tecnologias, ao suportar maiores taxas de processamento e compartilhamento de informação, aceleram a produtividade das empresas, dos países e dos principais blocos econômicos. Portanto, ao processar informações e gerar conhecimento, as novas tecnologias propiciam o desenvolvimento de sociedades mais desenvolvidas e produtivas. Nesta época surgiu o termo "Sociedade da Informação" para designar o momento pelo qual passamos, em contraste com a "Sociedade Industrial", utilizada em referência à sociedade do final do século XIX e início do século XX.

Concluindo, Castells diz: "as empresas e os trabalhadores não terão muita escolha porque a concorrência, tanto local quanto globlal, impõe novas regras e novas tecnologias, eliminando gradualmente os agentes econômicos incapazes de obedecer às regras da nova economia. É por isso que a evolução da produtividade é inseparável das novas condições de competitividade.".... "a tecnologia, inclusive a organizacional e a de gerenciamento, é o principal fator que induz à produtividade".

Neste cenário, pode-se concluir que ignorar novas tecnologias pode ter um impacto não-positivo em uma empresa ou país. Literalmente todas as empresas que adotaram as tecnologias mencionadas no primeiro parágrafo podem afirmar que tiveram aumento de produtividade. Ou alguem consegue imaginar uma empresa, hoje, que não usa telefones ou micro-computadores?

A adoção de Redes Sociais, abertas e corporativas é a nova fronteira a ser explorada em termos de aumento de produtividade. Empresas como IBM, Cemex, Nokia, China Telecom e muitas outras que já adotaram Redes Sociais Corporativas, apontam claros resultados positivos em diversas áreas como Inovação, Pesquisa & Desenvolvimento, Relacionamento com Clientes, etc. Outras centenas ou milhares que já usam Redes Sociais abertas também mostram melhorias, quando usados da forma adequada é claro.

A grande questão, no cenário apresentado acima, é se devemos "Proibir e Censurar" o uso de Redes Sociais ou "Educar e Monitorar". E, nitidamente, a resposta é "Educar e Monitorar". A educação no uso desta nova tecnologia é parte fundamental do processo de implementação de uma RSC e deve ser tratada adequadamente. Para isso, empresas tem criado seu Código de Uso para Mídias Sociais, como já discutimos aqui (2).

Impor restrições ao uso de novas tecnologias é, no final, contraproducente. Lembro-me vagamente do início dos tempos do uso de telefones nas empresas mas me recordo claramente quando, anos depois, surgiu uma nova "tecnologia de ponta" que foi desenvolvida para limitar o uso do telefone pelos funcionários de uma empresa... o cadeado. Seu uso causava insatisfação e, em pouco tempo, foram criadas alternativas para "contornar" o cadeado.

Interessante observar o comportamento das empresas e até mesmo de países distintos, com relação à adocação de tecnologias de RSC. Na América Latina, o que tenho observado é um interesse crescente por empresas de absolutamente todos os segmentos pela tecnologia. Sejam indústrias mais dinâmicas como as de telecomunicações, varejo e mídia ou até mesmo outras, que vivem  em rítmo mais compassado como máquinas pesadas e petróleo, todas tem buscado, em seu momento, avaliar como usar esta nova tecnologia. Governos e entidades do terceiro setor também tem se interessado e muitos já as utilizam.

No fundo o que tenho visto é que não se trata mais de analisar se vale ou não adotar a nova tecnologia mas, sim, em que momento e, principalmente, com que objetivo de negócio. Vale lembrar que a adoção das Redes Sociais deve estar ligada diretamente a estratégia da empresa aos seus objetivos finais. 

Algumas empresas ainda proibem o uso de Redes Sociais Públicas alegando que seus funcionários vão perder tempo ou que vão consumir recursos computacionais da empresa para outros fins. Pensam o mesmo com relação a Redes Sociais Privadas. Sempre imaginam seus funcionários passando horas ao dia navegando nas redes sociais de uma página para outra, sem absolutamente nenhum objetivo de negócio. Para evitar este "comportamento inadequado", simplesmente proibem seu uso, como proibiam o uso dos telefone usando pequenos cadeados. Pergunto-me se, nesses casos, o problema não é o uso inadequado e sim ter o "funcionário inadequado". Afinal, será que ele não vai usar também o telefone da empresa para uso pessoal? Nestes casos, o problema não está no uso da tecnologia em sí, mas em educar o profissional no correto uso da mesma. 

Em minha opinião, restringir o uso de Redes Sociais, além de inócuo, também gera uma insatisfação nos funcionários. Mais ainda, pode trazer danos à imagem da empresa no mercado, sendo vista como controladora ou até mesmo obsoleta.

Pesquisa

Gostaria de convidá-lo para, juntos, termos uma fotografia um pouco melhor, ainda que limitada e informal, do estado em que as empresas se encontram com relação a adocação de Redes Sociais. Para isso, basta responder a enquete publicada na coluna à direita. O resultado final será publicado aqui mesmo e, para que o mesmo tenha melhor representatividade, solicito que respondam a enquete e a divulguem para seus amigos e colegas. Só assim teremos uma massa maior para uma melhor análise. Obrigado.

(1) http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Castells
(2) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/07/sua-empresa-tem-uma-politica-para-o-uso.html

terça-feira, 8 de novembro de 2011

IBM atualiza sua Rede Social Corporativa


Imagine as seguintes situações:
  1. Você tem uma dúvida com relação a determinado ponto em um projeto e gostaria de buscar auxílio com seus colegas de trabalho. Eles podem estar no mesmo prédio, na mesma cidade ou em vários prédios e cidades diferentes. Até mesmo em países diferentes, por exemplo. O que você faz? Manda um email para todos e espera inúmeras respostas totalmente independentes?
  2. Você acaba de descobrir uma forma simples de executar uma determinada tarefa mais efetivamente e gostaria de compartilhar com seus colegas de trabalho. O que você faria? Mandaria um email para todos seus colegas?
  3. Você pretende desenvolver um novo produto ou serviço e gostaria de ter a colaboração de seus clientes e parceiros de negócio. Como fazer neste caso? Colocar um pedido de ajuda no site de sua empresa? Mandar um email para seu "mailing list"? E como fazer para que todos possam comentar as sugestões enviadas por outros?
Situações como essas acontecem diariamente em empresas de todos os portes, de todas as indústrias e em todos os locais. Qualquer usuário de uma Rede Social aberta como o Facebook, por exemplo, imagina que seria possível responder às perguntas acima utilizando-o. No entanto, quando falamos em termos corporativos, preocupações adicionais com segurança de informações e auditoria, por exemplo, devem ser levadas em consideração, como já vimos aqui em inúmeros posts(1, 2 e 3).

A IBM possui uma Rede Social Corporativa que é utilizada por todos os seus aproximadamente 400 mil funcionários em todo o mundo, além de cerca de 100 mil terceiros. Trata-se da maior RSC em operação no mundo corporativo e que permite a integração de funcionários e a gestão de inovação.

Na semana passada, a IBM colocou em produção uma nova versão da Rede, com base na versão 3.0.1 do IBM Connections. Alguns pontos de destaque:
  1. Como desde o princípio, o núcleo da rede é a parte dos Perfis dos usuários. Na nova versão, foi feito um investimento em novas funcionalidades. Agora é possível "seguir" usuários, da mesma forma que no Twitter. Assim, quando você convida um membro para fazer parte da sua lista pode também segui-lo e ser informado sobre suas atualizações de status. Além disso, a nova versão também recomenda novos contatos tomando por base sua área de especialização e seus atuais contatos.
  2. É possível, agora, o uso de fotos e vídeos. Além disso, com o uso de Tags fica extremamente simples classificar e pesquisar conteúdo digital. Da mesma forma que no YouTube, a experiência é simples e totalmente integrada, permitindo, por exemplo, que conteúdo deste tipo seja compartilhado em comunidades.
  3. "Ideation blogs" são agora parte integral do Connections. Trata-se de uma ferramenta simples e poderosa e que contribue enormemente em processos de inovação, permitindo que outros colegas de trabalho possam votar em idéias, ajudando na seleção das mais interessantes para a empresa.
  4. Que tal criar "sub-comunidades" dentro de uma comunidade? A idéia é simples e permite um nível ainda maior de granularidade. Se você faz parte de uma comunidade qualquer e deseja trabalhar em um sub-ítem do projeto para a qual ela foi criada, que tal iniciar uma sub-comunidade, que herda alguns atributos da "comunidade mãe". Apenas para se ter uma idéia do potencial deste ítem, hoje temos aproximandamente 63 mil comunidades internas. São dezenas de milhares de funcionários utilizando-as diariamente.
  5. Novas aplicações podem ser integradas facilmente ao Connections permitindo ampliar seu escopo para outras áreas. Aplicações voltadas para Social Analytics, por exemplo, podem ser integradas para permitir, dentre outras coisas, uma análise do conteúdo sendo publicado por um usuário qualquer e a geração automática de recomendações para ele.
  6. Por último, a nova versão do IBM Connections disponibiliza recursos mais poderosos para Moderação. Em um mundo em que a produção de conteúdo aumenta de forma exponencial, pode ser importante ter ferramentas para garantir que o mesmo esteja aderente às políticas da empresa. Além disso, os proprietários de comunidades tem agora ferramentas para monitorar o que é publicado em blogs, wikis ou fórums.
Este recente upgrade foi devidamente planejado e, mais importante, executado em menos de 48 horas. Sendo a maior Rede Social Corporativa hoje em produção, a Intranet da IBM é uma prova inconteste do poder do IBM Connections, da sua facilidade de uso e do seu valor único, integrando funcionários e sistemas.

Para maiores informações sobre o IBM Connections, visite nosso site clicando aqui.

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/09/seguranca-em-redes-sociais-corporativas.html
(2) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/08/areas-de-risco-em-redes-sociais.html
(3) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/07/sua-empresa-tem-uma-politica-para-o-uso.html

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

W3C Social Business Jam - Participe!


Nos últimos dois anos assisti a uma intensificação das conversas sobre Social Business. Empresas de todos os portes criaram grupos de trabalho para avaliar a necessidade, a viabilidade e os benefícios que podem ter em um projeto deste tipo. É uma discussão bastante complexa pois o tema não é relacionado diretamente a uma indústria específica. Absolutamente todos os segmentos podem se beneficiar das tecnologias chamadas "sociais". 

No entanto, ainda existe muita confusão na forma como o tema é tratado e, na maioria dos casos, ainda persiste uma associação muito forte entre "Social Business" e "Redes Sociais", sendo comum pensar em Facebook e Twitter como soluções em Social Business (1). Além disso, o fato de não estarmos falando somente sobre de Tecnologia, mas também de aspectos relacionados com Cultura e Comportamento (2) torna o assunto ainda mais complexo.

Diversas empresas participam atualmente de um consórcio que tem como objetivo garantir que padrões abertos sejam cada vez mais adotados. O objetivo final é viabilizar uma maior integração entre componentes de fornecedores distintos, em benefício do cliente final. Quando pensamos em termos de Software Social, o desafio é ainda maior. Vale lembrar que estas tecnologias tem como objetivo "integrar pessoas" nos mais distintos departamentos de uma empresa e até mesmo além de suas fronteiras. Desta forma, torna-se ainda mais importante a existência de padrões abertos.

Em se tratando de Software Social, um dos padrões que está sendo mais suportado pela indústria é o OpenSocial. Trata-se de uma especificação construida de forma colaborativa e que encontra-se em sua segunda versão, a OpenSocial 2.0, lançada agora em Agosto. A IBM, junto com outras empresas, está apoiando seu desenvolvimento, buscando suportar seu uso para os requerimentos corporativos. Já em 2012 padrões definidos pela OpenSocial 2.0 farão parte dos produtos da IBM.

Para discutir o tema em mais profundidade, na próxima semana, de 8 a 10 de Novembro, será realizado o "W3C Social Business Jam" (3). Organizado pela W3C (4), trata-se de uma oportunidade realmente única de participar de conversas online com líderes de empresas, governos e de fornecedores de tecnologia sobre o atual momento do Social Business, o futuro que as tecnologias sociais podem promover e como Social Business pode evoluir para suportar os objetivos de negócio das empresas. Um dos objetivos primários do Jam é explorar de forma cooperada as principais tendencias e conceitos em Social Business, com foco especial em como estas tecnologias podem facilitar os objetivos de negócio das empresas. 

As inscrições estão abertas! Inscreva-se! Nos "vemos" lá!

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/07/afinal-o-que-e-social-business.html
(2) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/09/social-networks-o-fator-humano.html
(3) http://www.w3.org/2011/socialbusiness-jam/ 
(4) http://www.w3.org/Consortium/

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Plataforma de Social Business da IBM

Nos últimos dez anos a IBM fez investimentos enormes em Pesquisa e Desenvolvimento na linha de Colaboração e de Social Business. No mesmo período também adquiriu muitas empresas. Tem, hoje, um dos portfolios mais completos do mercado em se tratando de Software para Social Business e é líder no segmento. 

Nesta semana a IBM publicou um material especial, apresentando seu portfolio de Colaboração e Social Business de modo simples e explicativo. Clique na imagem para conferir.


Vale conferir!

sábado, 29 de outubro de 2011

A Convergência de Social Software, Analitycs e Smarter Commerce*

No final da década de noventa e início deste século, a primeira geração da Web, hoje chamada de Web 1.0, provou que a Internet estava pronta para ser uma plataforma de negócios. A linguagem Java e outros padrões abertos ganharam espaço. Vimos, também, a criação do modelo SOA e como ele suportou a modernização de funções de back office. Surgiram as "arquiteturas de referência" para TI. Assistimos a proliferação de sites e portais.

Nos anos seguintes vimos a Web 2.0 trazer para o front office a modernização que a Web 1.0 trouxe para os sistemas de back office. Neste momento, assistimos a automação de processos de negócio, com os famosos workflows, e ao gerenciamento de "capital humano". 

Nos últimos dez anos a IBM mudou seu modelo de negócios (1) e vem investindo pesadamente em áreas de maior valor agregado, como Software. Para ampliar seu portfolio a IBM adquiriu mais de 80 empresas de software desde o ano 2000. Apenas em Business Analytics, a empresa fez investimentos de mais de US$ 14 bilhões nos últimos 5 anos na aquisição de 24 empresas.


A IBM vem ampliando suas apostas em Social Business, com uma receptividade bastante positiva do mercado. Em linhas gerais, seu investimendo vem sendo feito em três linhas principais de software: 
  1. Analytics
  2. Social Software
  3. Smarter Commerce
Na interseção entre Social Software e Analytics temos "análise de sentimentos" (2) e "análise de conteúdo". O projeto Watson (3) é um bom exemplo do que pode ser feito e da necessidade de capacidade computacional aliada a algorítmos sofisticados. 

Na interseção de Social Software com Smarter Commerce, encontramos, por exemplo, a criação de comunidades de fans de marcas. Empresas que tem explorado esta convergência tem apresentado resultados interessantes em fidelização de clientes e até mesmo no processo de criação de novos produtos. Recentemente a Heinz, fabricante de ketchup, lançou um novo produto apenas no Facebook, para sua comunidade de clientes (4).

As ferramentas de Social Software da IBM estão sendo cuidadosamente preparadas para suportar uma nova geração de empresas, a "empresa conectada", onde teremos a "Gestão de Conhecimento" trabalhando de forma integrada com os seus "Processos de Negócio". O núcleo da plataforma desenvolvida pela IBM é o Connections. Ele tem a capacidade de fazer com que as empresas possam ir além de simples Redes Sociais. Neste novo cenário, teremos as empresas utilizando toda a pista do Social Business, ao integrar estas tecnologias com seus processos de negócio.

Um dos pontos mais fortes da estratégia da IBM está exatamente na integração do Connections com outros produtos de software da IBM. Trata-se de um investimento pesado. Alguns produtos, como o próprio Sametime e o Sametime Unified Telephony já estão integrados e já foram assunto de posts por aqui. Dezenas de outros também já estão, como Portal, Servidor de Aplicações, Correio Eletrônico e Sistemas de Análise de Redes.

A convergência de Social Software com Analytics e Smarter Commerce integra o portfolio de software para entregar uma solução robusta, completa e empresarial de Social Business. 

Avaliando criticamente o mercado atual de Social Software, é difícil encontrar outra empresa que ofereça uma solução de Social Business de ponta a ponta, multi-plataforma, com suporte a mobilidade, recursos avançados de segurança, de auditoria e de compliance. Além disso, a forma de entrega destes serviços pode ser em cloud (pública ou privada), on-premises ou em um modelo híbrido, torna o projeto acessível a empresas de qualquer tamanho ou filosofia de arquitetura de TI.

É sabido que um dos custos mais altos de TI está exatamente na integração de soluções. A estratégia da IBM, de oferecer produtos e soluções baseados em padrões abertos e de investir em sua integração com outros softwares IBM e com os de terceiros é, nitidamente, um caminho interessante. Pode, ainda, contribuir em muito para que projetos de Redes Sociais corporativos sejam uma experiência rica e lucrativa para empresas de todos os portes.

Como Mike Rodin mencionou em seu post, Beyond Collaboration: Becoming a Social Business, “it's one thing to create networks of customers, employees, or partners -- it's quite another to change the processes that run your business, to make them truly social.”.

Esta mudança é necessária para colocar o Social Software em um novo patamar, diferente de um simples aplicativo, transformando-se no núcleo de um novo modelo de negócios, totalmente integrado com a estratégia da empresa. Somente aí, então, Social Software fará com que uma empresa seja um verdadeiro Social Business.


* Este post é uma livre adaptação baseada em um post de Bill Ives, de uma série de dois sobre uma conversa que ele teve com Mike Rodin, SVP, IBM Software Solutions. Para ler o original, clique em: http://tinyurl.com/3tvy5km

terça-feira, 25 de outubro de 2011

IBM + Plantronics = Redes Sociais Corporativas e Mobilidade


O aumento do uso de tecnologias móveis tem um impacto enorme na forma como todos nós nos relacionamos e comunicamos. Em menos de 15 anos, nossa sociedade ficou mais interconectada, muito  mais próxima. E esta transformação também tem um impacto muito grande na forma como conhecimento é produzido e consumido.

Em empresas de qualquer tamanho pode-se observar um movimento firme para mobilizar cada vez mais seus colaboradores. Seja utilizando notebooks, tablets ou smartphones, cada vez mais ficamos "desconectados" de nosso ambiente físico de trabalho e "conectados" em nosso trabalho. O tradicional "escritório", ou "repartição", se quisermos ir mais longe, vai ficando cada vez mais em um passado distante.

Eis que acabo de receber meu novo Plantronics Voyager Pro UC (1). Trata-se do que existe de mais atualizado em temos de headset para conexão Bluetooth com suporte a softphone. A qualidade do som, tanto para o emissor quanto para o receptor, é realmente espetacular. O seu sistema de processamento de áudio garante um som limpo, sem ruidos externos. Estou usando-o conectado ao mesmo tempo ao meu notebook e ao meu iPhone. Desta forma, posso participar de calls e, se receber uma chamada no iPhone sou informado e posso atendê-la ou não.

Totalmente integrado com o IBM Sametime (ST) e com o IBM Sametime Unified Telephony (SUT) (ver 2 e 3), ele me permite utilizar o softphone do ST para efetuar ligações sobre IP. E é exatamente neste ponto em que ele brilha. É possível, por exemplo, utilizá-lo para gerenciar e alternar entre multiplas chamadas, no Sametime, em um aparelho celular ou em um aparelho fixo. Graças aos novos sensores do aparelho, basta colocar o headset no ouvido para responder a uma chamada do Sametime automaticamente, sem necessidade de pressionar qualquer botão (a tecnologia chama-se Smart Sensor Wearing State).

Com ele posso navegar no IBM Connections e em nossa Intranet e conetar-me com outros colegas de trabalho de forma transparente e rápida. Por exemplo, se estou visitando uma Comunidade do IBM Connections e desejo conversar com um dos membros, basta clicar sobre o nome dele com o botão direito do mouse e, em seu cartão de visitas, pressionar "Call". Simples assim. 

A utilização do SUT permite um gráu de transparência enorme no gerenciamento de chamadas. Não importa, para quem está iniciando a ligação, onde está o destinatário. O SUT, tomando por base as regras definidas pelo receptor, direciona a chamada para o destino correto. Por exemplo, posso configurar o SUT para direcionar uma chamada para o meu celular caso o meu status no Sametime aponte para "Ausente"... ou até mesmo para minha caixa postal caso meu status seja "Não perturbe".

O IBM Sametime é totalmente multiplataforma (Windows, Mac e Linux) e suporta várias plataformas móveis como iOS e Android. Agora em Novembro um novo release, o 8.5.2 IFR1, será liberado disponibilizando um cliente específico para iOS (iPhone e iPad). Já o SUT terá uma nova versão do discador para iPad, iPhone e Android, que permitirá a definição de regras de roteamento e o início de ligações pelo SUT diretamente destes dispositivos.

Na prática, a integração do Plantronics Voyager Pro UC com a família IBM Sametime abre enormes possibilidades para ampliar o alcance de uma Rede Social Corporativa, tornando-a mais "móvel", independente da localização dos seus membros. Ele viabiliza uma maior integração entre Pessoas, Lugares e Informações e incorpora uma nova dimensão às RSCs, a mobilidade. Desta forma, permite que pessoas possam processar informações, gerando ou consumindo conhecimento, independente de sua localização.

"Get Social, Do Business" com IBM Sametime, IBM SUT e Plantronics Voyager Pro UC.

(1) http://www.plantronics.com/us/product/voyager-pro-uc
(2) http://www.plantronics.com/us/support/software-downloads/ibm-sametime.jsp
(3) http://www-01.ibm.com/common/ssi/cgi-bin/ssialias?subtype=ca&infotype=an&appname=iSource&supplier=897&letternum=ENUS211-180

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Spam Social, o lixo eletrônico do Século XXI

Segundo o "2011 September Symantec Intelligence Report", aproximadamente 74,8% das mensagens de correio eletrônico enviadas diariamente são classificadas como spam (1). São mensagens enviadas sem solicitação e/ou contendo informação sem valor para quem as recebe. A boa notícia é que este número vem baixando nos últimos anos. A má notícia é que ele ainda é alarmante e causa despesas enormes para empresas em todo o mundo para gerenciar este tráfego adicional de informações sem valor. O interessante é notar que este fenômeno vem ganhando força nas Redes Sociais, em um formato diferente, mas com um efeito similar.

Em entrevista concedida segunda-feira, na conferência Web 2.0 Summit, Sean Parker, criador do extinto do Napster e acionista do Facebook, alertou que o Facebook está perdendo usuários para outras Redes Sociais por não disponibilizar ferramentas para que seus usuários gerenciem de forma mais efetiva a enorme quantidade de informação que recebem diariamente (2). 

Qualquer um que tenha conta no Facebook e que tenha mais de 100 ou 200 amigos "ativos", sabe muito bem do que estamos falando. A quantidade de informação que recebemos diariamente pelo FB é, obviamente, "ingerenciável". Na maioria das vezes simplesmente nem ficamos sabendo de muita coisa que é publicada e acabamos deixando de saber de coisas que poderiam ser interessantes. É um fenômeno curioso. Comumente recebemos mensagens que foram enviadas por alguma "máquina automatizada" e que podem trazer vírus, caso utilizemos a URL indicada.

A questão que fica é se realmente precisamos receber todas as informações que são publicadas. Ou, até mesmo, se devemos publicar tudo o que "postamos" diariamente. O que fazer para ter informação de melhor qualidade ou, pelo menos, organizada de alguma forma?

Gerenciar informações em uma Rede Social é algo complexo e que demanda tecnologias apropriadas. Em uma rede pública, como o Facebook, ainda não dispomos de nada que nos ajude. A única alternativa é deixar de ser "amigo" de alguem que envie uma quantidade exagerada de informações ou, bloqueá-lo, se preferir. Nas "Configurações de Privacidade" é possível controlar a forma como suas publicações são vistas por outros na rede. Mas são controles limitados.

Em uma Rede Social Corporativa o problema também ocorre. Definir se uma determinada publicação tem valor ou não é algo subjetivo e que depende de análise individual. O que se pode fazer, nestes casos, é ter um direcionamento claro dos objetivos da Rede Social e de como utilizá-la. Somente com regras claras se pode ter um comportamento mais adequado.

Uma alternativa interessante é a criação do "Curador de Conteúdo Corporativo". Já discutimos sobre este tema aqui (3). A idéia é que o Curador de Conteúdo seja um profissional que filtre e classifique informações publicadas em uma Rede Social. Se usarmos as tecnologias atualmente disponíveis, como o Vantage (4) e o IBM Cognos Customer Insight (5) é possível construir um "Centro de Operações" onde informações podem ser cuidadosamente classificadas. 

Da mesma forma que com os Spams de correio eletrônico, acredito ser quase impossível eliminar o Spam Social. No entanto, três pontos devem ser observados em projetos de RSCs para reduzir os seus efeitos indesejados:
  1. Um projeto bem estruturado levando em conta aspectos culturais e comportamentais da empresa
  2. Ferramentas adequadas, integradas com a Arquitetura de TI da empresa e aderentes a estratégia corporativa de TI
  3. Regras de uso claras, contidas em um Guia de Uso de fácil acesso e leitura por todos
Um dos grande benefícios de uma Rede Social Corporativa é o compartilhamento de conhecimento entre seus membros. Observando-se os três pontos acima é possível ter um ambiente mais leve e onde o conhecimento possa ser compartilhado de forma efetiva.

(1) http://www.symantec.com/en/sg/about/news/release/article.jsp?prid=20110929_01
(2) http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/10/18/sean-parker-facebook-esta-perdendo-usuarios-para-twitter-para-google-925605690.asp
(3) http://fgfmendes.blogspot.com/2010/12/uma-nova-profissao-o-curador-de.html
(4) http://www-304.ibm.com/partnerworld/gsd/solutiondetails.do?solution=13448&lc=en&stateCd=P&page=&expand=true
(5) http://www-01.ibm.com/software/analytics/cognos/analytic-applications/consumer-insight/