sábado, 22 de dezembro de 2012

Blogs - O que a África, da Duda Souza, e a IBM, de Ginni Rommety, tem em comum?

O conceito de Rede Social é bem amplo, tanto quando falamos de redes abertas como quando nos referimos ao mundo corporativo. Apesar de possuir motivações distintas, muitos dos componentes são comuns aos dois mundos. Conhecê-los é fundamental para utilizá-los da forma adequada e, quando falamos do projeto de uma Rede Social Corporativa, é chave para o sucesso do mesmo.

Os Blogs são um destes componentes. Blog é uma contração do termo inglês Web Log, que significa Diário da Web. e já estão por aí faz um bom tempo, mais precisamente desde a década de noventa. Comecei a escrever o Explora! em Agosto de 2007, há mais de 5 anos, época em que ainda não tinha uma visão clara de qual seria seu objetivo e alcance. A idéia tradicional de um blog é de ser um espaço onde um autor publica conteúdo em um formato mais curto, mais objetivo. Cada uma destas publicações é conhecidas como post. Existem blogs de todos os tipos, desde aqueles que tratam de assuntos variados até os blogs temáticos, como este que você está lendo, dedicado a Redes Sociais e Computação em Nuvem. Mais recentemente, novos formatos de blog surgiram como aqueles que tem mais de um autor, os multi-author blogs (MABs), e os Ideation Blogs, um tipo especial que tem como objetivo ser um ambiente onde contribuidores podem registrar idéias e outros membros podem votar nas que consideram as melhores, com o objetivo de identificar aquelas que mais agradam a uma comunidade.

O objetivo de um blog é o de compartilhar conhecimento em um formato simplificado e de fácil consumo. Segundo uma estimativa da blogging.org, atualmente existem cerca de 31 milhões de blogueiros, apenas nos Estados Unidos. Além disso, mais de 60% das empresas mantém algum tipo de blog, seja interno ou para comunicação externa. No total, são mais de 500 milhões de visualizações por mês. Ou seja, definitivamente, o blog é um componente muito utilizado e importante quando falamos de uma Rede Social, seja aberta ou corporativa.



Além do próprio Explora!, gostaria de compartilhar dois exemplos de blogs, um para o mundo corporativo e outro em uma rede aberta. É interessante notar as similaridades e as diferenças entre ambos.

A Liderança Executiva na IBM

No mundo corporativo, gostaria de analisar o blog de Ginni Rometty, CEO da IBM. Desde que assumiu a posição de líder da empresa, Ginni tem utilizado seu blog frequentemente para dirigir-se aos funcionários. Utilizando uma linguagem simples e de fácil consumo, ela apresenta idéias, compartilha planos e discute assuntos relacionados com a empresa e com o mercado. O blog é lido diariamente por milhares IBMistas de todo o mundo e, mais importante, são feitos comentário para cada post. Pode-se notar, claramente, três resultados importantes.
  1. Transparência - É utilizado para enviar uma mensagem a toda a IBM, de forma clara e direta, permitindo que todos tenham uma visão clara da estratégia. Com isso, faz com que a empresa como um todo seja mais transparente.

  2. Participação - Cada simples post, além de lido e compartilhado, também é comentado por milhares de IBMistas. Desta forma, cada um de nós sente-se mais engajado na execução da estratégia da empresa. O resultado é uma força de trabalho mais forte e coesa.

  3. Agilidade - A comunicação flui de forma muito mais rápida, fazendo com que mensagens cheguem ao seu objetivo final em muito menos tempo e, principalmente, atingindo mais funcionários.
O exemplo de Ginni Rometty, já discutido anteriormente aqui, é mostra clara do papel que a liderança tem para o sucesso de uma Rede Social Corporativa (RSC). Iniciar um processo de RSC sem o devido suporte dos executivos da empresa é um passo na direção do fracasso. Cabe aos líderes da empresa participar ativamente, se querem que os funcionários também o façam.

A África, de Duda Souza

O segundo exemplo que gostaria de compartilhar é de um blog aberto, o que Duda Souza mantem para contar suas histórias atuando junto a comunidades carentes na África, o Duda na África. Apaixonada pela natureza, descobriu, em 2010, as tribos indígenas do Xingu. Atualmente, trabalha junto com a empresa Oriximiná e com o Instituto Xingu, articulando o projeto de anexar terras privadas a Reserva do Xingu buscando ampliar a área de preservação ambiental. 

Recentemente, apresentou seu trabalho para o fundador da Wilderness Safari, Mr. Russel Friedman, uma referência no tema de preservação socioambiental. Como consequência, foi convidada para um estágio de 3 meses em Botswana. A partir daí, iniciou o delicado trabalho de documentar, em um blog, sua jornada. Seu blog convida todos a uma reflexão, a pensar um pouco fora do nosso mundo do dia-a-dia. Para muitos, pode ser uma surpresa, para muitos, espera-se que seja um convite, um "chamado".

Neste formato de blog, temático, são relatadas suas experiências pessoais. O leitor típico não é funcionário de uma empresa em especial e, sim, alguem interessado em um tema como sustentabilidade, preservação socioambiental ou luta contra a fome.

Características Comuns

A principal característica em comum está relacionada com a vontade de contribuir e, principalmente, com uma mente aberta, preparada para receber sugestões e críticas. Quem escreve um blog, seja aberto ou privado, precisa saber tratar da forma adequada comentários que nem sempre são positivos. Ouvir, analisar, entender e responder a um comentário de um leitor exige amadurecimento e disciplina o que, definitivamente, não é para qualquer um.

Nos dois casos, uma segunda característica é o fato de informação ser compatilhada. Seja para consumo corporativo, seja para consumo pessoal, o blog oferece uma ferramenta simples e rápida para fazer com que conteúdo específico chegue a leitores.

Uma terceira característica importante é que a informação compartilhada tem valor. É esta característica que faz com que as pessoas voltem ao blog depois de uma primeira visita.

Por fim, nos dois casos são utilizados diversos recursos disponíveis em um blog como fotos, vídeos, enquetes e pesquisas. Estes são mecanismos disponíveis para tornar o conteúdo e sua leitura mais atrativa, mais dinâmica. É fundamental entender que a leitura de um post em um blog segue uma dinâmica diferente daquela utilizada em livros. Entender esta diferença e explorar seus recursos faz com que um blog seja mais efetivo em seu papel principal, o de compartilhar conhecimento.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Afinal, o governo pode ter acesso a dados armazenados na nuvem?


O jornal Valor Econômico publicou uma matéria no dia 11 de Dezembro sobre um estudo da consultoria Frost & Sullivan que estima que em 2016 a receita das empresas de Tecnologia da Informação (TI) com serviços na nuvem (cloud), no Brasil, vai ultrapassar US$ 1 bilhão (atualmente, esta renda gira em torno de US$ 174 milhões). Deste total, aproximadamente a metade virá da venda de infraestrutura em nuvem, 33% de software na nuvem e o restante de outras plataformas. O relatório foi elaborado com base em entrevistas com 121 dirigentes da área de TI em diferentes setores. Ainda segundo o estudo, para 84,6% dos entrevistados o aspecto mais importante é a dispobibilidade de infraestrutura para uma eventual expansão e para 81,3% a possibilidade de redução de custos é fator determinante. Para 72,7% a segurança é um fator chave para o sucesso da área de Ti das empresas.

O consumo de serviços em nuvem vem crescendo a taxas elevadas anualmente, em todo o mundo. Empresas dos mais diversos setores já utilizam software e/ou serviços em nuvem, com objetivos similares aos apontados pela pesquisa. No entanto, antes de dar o primeiro passo, deparam-se com dúvidas difíceis de serem esclarecidas. A principal delas está associada com a possibilidade de, a qualquer momento, o governo norteamericano acessar as informações armazemadas pela empresa na nuvem, alegando, por exemplo, uma questão de segurança nacional. A base para este questionamento é o famoso "Patriot Act", lei publicada pelo governo americano em 26 de outubro de 2001, logo após os atentados terroristas sofridos pelo país.

Meu amigo Cezar Taurion compartilhou um estudo, realizado em maio deste ano pela Hogan Lovells (HL) que analisa este tema. A HL é uma empresa global que atua na área jurídica e tem como objetivos suportar grandes corporações, instituições financeiras e entidades governamentais em todo o mundo. Eles possuem mais de 2400 advogados operando em mais de 40 escritórios nos Estados Unidos, Europa, América Latina, Oriente Médio e Ásia.

Para realizar o estudo, foram consultados advogados com conhecimento sobre "proteção de dados" e "leis de acesso do governo a dados privados". As seguintes perguntas foram feitas:
  1. O Governo pode requisitar ao provedor de serviços que forneça dados privados armazenados por ele, quando durante uma investigação governamental?

  2. Um provedor de serviços de nuvem pode voluntariamente informar dados privados para o governo em resposta a uma consulta informal?

  3. Se um provedor de serviços de nuvem for obrigado a informar dados privados para o governo, ele deve informar ao cliente?

  4. O Governo pode monitorar as comunicações eletrônicas enviadas pelo sistema do provedor de serviço em nuvem?

  5. As requisições do governo para acesso a dados privados estão sujeitas a revisão por um juíz?

  6. Se o provedor de serviços em nuvem armazenar os dados em servidores em outro país, o Governo pode ainda assim solicitar acesso aos dados?
O estudo é bem interessante e analisa a legislação de acesso a dados privados em 10 países: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Japão, Espanha e Reino Unido.

Em primeiro lugar, é importante entender que a possibilidade de acesso a informações particulares é uma necessidade governamental e que já é praticada em diversas situações como, por exemplo, com a quebra de sigilo bancário e telefônico ou com os mandados de segurança para investigações em empresas, escritórios ou domicílios. Órgãos do governo lançam mão deste tipo de recurso em situações de risco de segurança nacional ou em investigações criminais. Com base nisso, já não faria muito sentido imaginar a nuvem como sendo um "paraíso fiscal", completamente blindado do mundo real.

Além disso, não estamos falando de algo relacionado apenas aos Estados Unidos. Todos os estados modernos tem mecanismos estabelecidos em lei que regulam a forma como o governo pode ter acesso a informações privadas, em caso de necessidade. A França também tem seus mecanismos e, aparentemente, são mais rígidos do que a legislação norteamericana.

Ao mesmo tempo em que governos necessitam ter meios legais para executar investigações, a privacidade e a confidencialidade também são patrimonios fundamentais e a base da nossa sociedade. Ou seja, o grande desafio é atingirmos uma situação de equilíbrio em que se tenha confiança entre as partes.

O estudo chegou as seguintes conclusões:
  1. Não é possível blindar dados armazenados na nuvem, do acesso de um governo, com base na localização do provedor de serviços ou de seu datacenter. A possibilidade de um governo ter acesso a dados armazenados na nuvem ultrapassa as barreiras geopolíticas tradicionais.

  2. Governos usualmente estabelecem acordos de colaboração em investigações (conhecidos como MLAT - Mutual Legal Assistance Treaties). Basicamente estes acordos permitem que um governo tenha acesso a dados armazenados em outro país, caso os mesmos sejam importantes em um processo de investigação legal.

  3. Por fim, o relatório conclui que todos os países pesquisados possuem mecanismos que autorizam os governos a solicitar acesso aos dados armazenados pelos provedores de serviço na nuvem em determinadas situações e, na maioria deles, permite o acesso a dados localizados no exterior, desde que exista uma situação legalmente estabelecida.
A tabele a seguir compara a resposta para cada pergunta de cada um dos 10 países pesquisados.


A conclusão parece bastante clara. Ao mesmo tempo em que países possuem legislações específicas para garantir a privacidade de dados, eles também estabelecem situações e regras quando o acesso aos mesmos é permitido. É importante entender, no entanto, que o acesso a informações privadas só é autorizado nos termos da lei, quando há necessidade de investigação ou em caso de ameaça à segurança nacional.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Social Business na Nuvem

A IBM acaba de anunciar novidades significativas em seu serviço IBM SmartCloud for Social Business. Dentre elas, novas funcionalidades relacionadas com Redes Sociais Corporativas e um destaque especial para o lançamento do IBM SmartCloud Docs, uma suite de produtividade totalmente baseada na nuvem que permite a usuários colaborar simultaneamente na edição de textos, planilhas e apresentações.

O IBM SmartCloud Docs (SCD)

O IBM SmartCloud Docs (SCD) é um projeto totalmente desenvolvido pela IBM e que reune toda a sua experiência nos temas de Social Business, Colaboração e Nuvem oferecendo uma solução corporativa robusta, segura e escalável. O objetivo é que o SCD atenda a diferentes perfis de usuários. Para aqueles mais básicos, será uma solução extremamente simples de usar e que os atenderá de forma integral a um custo significativamente menor do que as soluções hoje disponíveis no mercado. Para usuários mais avançados, os recursos de "edição social de documentos" permitirão edição simultânea em tempo real e colaboração em tempo real, tudo isso com segurança. 

Com o SCD, é possível editar um documento de forma colaborativa, em tempo real, pela Internet. Com o recurso de "identificação de presença", por exemplo, um usuário sabe se um co-editor está ativo naquele momento e pode conversar com ele imediatamente, acelerando o processo de edição de arquivos e aumentando em muito a produtividade.

Veja, no vídeo a seguir, mais detalhes sobre o IBM SmartCloud Docs.



Novos serviços do IBM SmartCloud

O IBM SmartCloud oferece serviços profissionais (nível de serviço corporativo) de compartilhamento de arquivos, comunidades, reuniões virtuais, mensagens instantâneas, email e calendário na nuvem. Com a nova versão, passa a oferecer blogs, ideation blogs e wikis para comunidades, permitindo que os usuários possam colaborar tanto dentro como fora da organização, com parceiros, clientes ou fornecedores literalmente quebrando barreiras.

A relação abaixo lista algumas das principais novidades do IBM SmartCloud:
  • Compartilhar dados em tempo real - os novos serviços permitem colaboração em tempo real com funcionários, parceiros, clientes ou fornecedores, para encontrar a informação desejada, quando necessário.
  • Reuniões virtuais - os novos serviços de e-meetings permitem que times montem uma reunião no momento desejado, usando mensagens instantâneas, compartilhamento de tela e apresentações e ainda inclui um novo recurso, a sala de chat, para comunicação em tempo real com colegas, parceiros e clientes.
  • Acesso ilimitado - você pode conversar com convidados de outras empresas, mesmo que estejam utilizando outra plataforma de mensageria instantânea, pode compartilhar arquivos e convidar novos usuários para participar de e-meetings sem custo adicional. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Novo! Collaboration Today

Que tal encontrar, em apenas um lugar, informações sobre Portais, Colaboração e Social Business? Este lugar existe e chama-se "Collaboration Today". Trata-se de um agregador de notícias para assuntos relacionados com IBM Collaboration Solutions (ICS). Lá podemos encontrar notícias sobre produtos da ICS como o IBM Connections, IBM Lotus Domino, IBM Websphere Portal e muito mais. Além disso, temas como mobilidade, cloud e analytics também são apresentados.

Todos os temas são classificados de modo a facilitar a busca. Executivos e Decision Makers podem encontrar notícias com conteúdo mais executivo na área de Business. Para os Desenvolvedores, a categoria App Dev vai concentrar os artigos tratando deste assunto. O mesmo se aplica para os Administradores e para os Usuários Finais. Além disso, na sessão Community encontramos anúncios de eventos, podcasts e vídeos.

O Collaboration Today também oferece diversos feeds, permitindo a assinatura de novas notícias publicadas. Visite o site e clique em Follow (no alto, à esquerda, veja imagem abaixo) para selecionar o tipo de conteúdo que deseja seguir.



Collaboration Today é propriedade da OpenNTF Inc., um grupo de 31 empresas que utilizam amplamente as tecnologias da IBM Collaboration Solutions, e é hospedado pela Prominic.NET.

7 artigos sobre Portal, Colaboração e Social Business


Neste post, uma relação de artigos publicados recentemente na mídia, ou atualizados, sobre Portal, Colaboração e Social Business. Boa leitura!

Integrating IBM Customer Experience Suite and IBM Case Manager

This white paper describes how organizations can streamline complex casework while promoting exceptional web experiences and increasing productivity and efficiency using an approach that integrates the IBM Customer Experience Suite with the flexible IBM Case Manager framework.

The Next-Generation Intranet

Changing workforce demographics and demands for convenient technologies are driving organizations to rethink their intranets. This paper introduces the IBM Intranet Experience Suite, which helps deliver personalized, engaging experiences across all channels, including social and mobile

IBM Customer Experience Suite and Commerce  

This white paper provides an introduction to using IBM WebSphere Commerce software along with the IBM Customer Experience Suite. It focuses on the integration and interoperability of WebSphere Commerce with the portal and web content delivery capabilities of the Customer Experience Suit.

IBM Customer Experience Suite and IBM Forms Experience Builder 

To address organizations’ exceptional web experience goals efficiently and flexibly, IBM Customer Experience Suite software helps clients create highly engaging, personalized and differentiated web experiences.

Leveraging IBM Web Experience Factory

This important white paper describes how IBM Web Experience Factory gives developers, teams and organizations a surprisingly accessible, incredibly powerful standards based development tool for creating robust multichannel and mobile web experiences.

Use cases for IBM Forms Experience Builder

IBM Forms Experience Builder enables business users to build and deploy rich self-service web form applications in a point-and-click fashion with nothing more than a web browser. Find out how you can use forms to improve customer service, streamline operations, boost innovation and more.

Delivering multichannel web experiences with IBM solutions 

The IBM exceptional web experience platform can help organizations create multichannel web experiences for leveraging the capabilities of mobile devices, such as smart phones and tablets, and can be customized to user preferences.