quarta-feira, 27 de maio de 2015

O IBM Verse por dentro, parte 1: Social Analytics


Já vimos aqui que o IBM Verse é a proposta da IBM para uma nova forma de trabalhar. Para alcançar esta ambiciosa meta, a IBM utilizou técnicas avançadas de design thinking, toda sua força em social analytics e construiu um ambiente totalmente entregue pela IBM através da nuvem, para qualquer dispositivo, seja ele um desktop ou um notebook, assim como um tablet ou um smartphone. Conhecer o IBM Verse, por dentro, é uma viagem inspiracional ao que existe de mais atual em termos de tecnologia de colaboração social. Meus próximos posts abordarão os temas de social analytics e design thinking, tentando mostrar um pouco sobre sua operação e o que podemos esperar deles.

Social Analytics

O aumento na produção de informações produzidas nos últimos anos fez com que mais e mais empresas investissem em tecnologias e metodologias para tratar o que ficou conhecido como Big Data. Soluções de Analytics nasceram nos laboratórios das principais universidades americanas, bem como nas áreas de pesquisa de empresas, como a IBM, que fez investimentos de bilhões de dólares em P&D na área. 

Um dos principais frutos do investimento da Big Blue é o IBM Watson, um marco na computação do século XXI que vem aproximando as mais diversas áreas do conhecimento com a Computação Cognitiva. O sistema, um ambiente computacional composto por hardware, software e serviços, tem condições de executar análises profundas de massas de dados não estruturados em conjunto com interpretação de linguagem natural para produzir análises e recomendações. Atualmente é utilizado em áreas da medicina e de finanças.

O IBM Verse "sai de fábrica" já com alguns componentes de analytics. Logo de início, será capaz de identificar alguns ítens que tem valor para o usuário. E fará isso de várias formas diferentes. Uma delas, por exemplo, será a análise das "buscas" que são feitas. Cada uma delas, indica que determinado tema tem valor para o interessado. Outro caminho será analisar as relações do usuário com outros colegas e a frequência de comunicação para identificar as pessoas que são importantes.

Ao armazenar estas informações será possível ir montando, em tempo real, um enorme (e pessoal) quebra-cabeças. No fim do dia, o IBM Verse será capaz de combinar ações e decisões dos usuários com sugestões analíticas para facilitar o trabalho e torná-lo mais efetivo. 

As primeiras análises, já disponíveis, terão foco em determinar quem é importante para o usuário e, claro, dar destaque a elas (na interface do Verse, são apresentados na forma de ícones, na parte superior da tela). Ainda para este ano, as análises serão ampliadas para Grupos de Pessoas e para técnicas avançadas de manipulação de emails recebidos (inbox skipping).

O Futuro

Um ponto interessante a análisar foi a compra feita pela IBM da empresa Cognea, ainda no primeiro semestre do ano passado. A empresa australiana desenvolveu um assistente virtual baseado em técnicas de inteligência artificial. A solução adquirida tem como proposta ser muito mais do que um Siri, da Apple, por exemplo. Enquanto o Siri responde a ordens e comandos do usuário, a idéia da Cognea é um assistente virtual que tem personalidade e, consequentemente, ter uma relação mais individual, mais pessoal. Esta aquisição pode dar pistas interessantes sobre o futuro, cada vez mais pessoal e otimizado, do IBM Verse.

Além disso, outras áreas como aprendizado baseado em evidências (evidence-based learning), geração de hipóteses baseada no aprendizado, integração com Watson Mobile e análise preditiva também podem contribuir, em algum momento, para o desenvolvimento do IBM Verse.

A idéia, para o futuro, é avançar com baby steps e ir incorporando novos recursos com o tempo. Certamente, o desenvolvimento do IBM Watson vai trazer enormes benefícios para o IBM Verse, muitos ainda nem identificados.

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