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quarta-feira, 27 de maio de 2015

O IBM Verse por dentro, parte 1: Social Analytics


Já vimos aqui que o IBM Verse é a proposta da IBM para uma nova forma de trabalhar. Para alcançar esta ambiciosa meta, a IBM utilizou técnicas avançadas de design thinking, toda sua força em social analytics e construiu um ambiente totalmente entregue pela IBM através da nuvem, para qualquer dispositivo, seja ele um desktop ou um notebook, assim como um tablet ou um smartphone. Conhecer o IBM Verse, por dentro, é uma viagem inspiracional ao que existe de mais atual em termos de tecnologia de colaboração social. Meus próximos posts abordarão os temas de social analytics e design thinking, tentando mostrar um pouco sobre sua operação e o que podemos esperar deles.

Social Analytics

O aumento na produção de informações produzidas nos últimos anos fez com que mais e mais empresas investissem em tecnologias e metodologias para tratar o que ficou conhecido como Big Data. Soluções de Analytics nasceram nos laboratórios das principais universidades americanas, bem como nas áreas de pesquisa de empresas, como a IBM, que fez investimentos de bilhões de dólares em P&D na área. 

Um dos principais frutos do investimento da Big Blue é o IBM Watson, um marco na computação do século XXI que vem aproximando as mais diversas áreas do conhecimento com a Computação Cognitiva. O sistema, um ambiente computacional composto por hardware, software e serviços, tem condições de executar análises profundas de massas de dados não estruturados em conjunto com interpretação de linguagem natural para produzir análises e recomendações. Atualmente é utilizado em áreas da medicina e de finanças.

O IBM Verse "sai de fábrica" já com alguns componentes de analytics. Logo de início, será capaz de identificar alguns ítens que tem valor para o usuário. E fará isso de várias formas diferentes. Uma delas, por exemplo, será a análise das "buscas" que são feitas. Cada uma delas, indica que determinado tema tem valor para o interessado. Outro caminho será analisar as relações do usuário com outros colegas e a frequência de comunicação para identificar as pessoas que são importantes.

Ao armazenar estas informações será possível ir montando, em tempo real, um enorme (e pessoal) quebra-cabeças. No fim do dia, o IBM Verse será capaz de combinar ações e decisões dos usuários com sugestões analíticas para facilitar o trabalho e torná-lo mais efetivo. 

As primeiras análises, já disponíveis, terão foco em determinar quem é importante para o usuário e, claro, dar destaque a elas (na interface do Verse, são apresentados na forma de ícones, na parte superior da tela). Ainda para este ano, as análises serão ampliadas para Grupos de Pessoas e para técnicas avançadas de manipulação de emails recebidos (inbox skipping).

O Futuro

Um ponto interessante a análisar foi a compra feita pela IBM da empresa Cognea, ainda no primeiro semestre do ano passado. A empresa australiana desenvolveu um assistente virtual baseado em técnicas de inteligência artificial. A solução adquirida tem como proposta ser muito mais do que um Siri, da Apple, por exemplo. Enquanto o Siri responde a ordens e comandos do usuário, a idéia da Cognea é um assistente virtual que tem personalidade e, consequentemente, ter uma relação mais individual, mais pessoal. Esta aquisição pode dar pistas interessantes sobre o futuro, cada vez mais pessoal e otimizado, do IBM Verse.

Além disso, outras áreas como aprendizado baseado em evidências (evidence-based learning), geração de hipóteses baseada no aprendizado, integração com Watson Mobile e análise preditiva também podem contribuir, em algum momento, para o desenvolvimento do IBM Verse.

A idéia, para o futuro, é avançar com baby steps e ir incorporando novos recursos com o tempo. Certamente, o desenvolvimento do IBM Watson vai trazer enormes benefícios para o IBM Verse, muitos ainda nem identificados.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

IBM anuncia parceria com The Weather Company


Imagine se fosse possível, com informações acuradas sobre tempo, prever tormentas na sua cidade e, antecipadamente, movimentar os reboques disponíveis para as regiões onde se espera maior precipitação. E se pudessemos também posicionar as equipes de manutenção da rede elétrica nestes mesmos locais para minimizar interrupções no fornecimento devido a quedas de árvores ou postes. E se lojistas pudessem estar preparados, com os ítens necessários em estoque, para situações de crise. 

A capacidade de tomar decisões de negócio como estas demanda a análise de uma enorme quatidade de informação, em tempo real, e é um dos grandes desafios de Big Data. Mais do que isso, pode trazer ganhos e benefícios significativos, tanto para as empresas que prestam serviços, como para seus clientes. Foi pensando nisto, e com o pano de fundo da Internet das Coisas, que a IBM acaba de anunciar uma parceria com o Weather Channel.

Segundo a IBM, as "variações do tempo são, talvez, o fator externo individual com mais impacto na performance de empresas, responsável por um impacto econômico anual de aproximadamente meio trilhão de dólares, somente nos Estados Unidos". Trata-se de um movimento agressivo da IBM, que vem acompanhado de um investimento de US$ 3 bilhões nos próximos 4 anos em uma nova unidade dedicada a Internet das Coisas. A idéia é que sejam utilizados recursos em nuvem para processar dados coletados das mais diversas fontes como sensores de estações meteorológicas, sensores colocados em aviões, smartphones, edifícios e até mesmo veículos em movimento. O modelo proposto coloca nuvem, big data, analytics e social trabalhando juntos.


A proposta é entregar serviços em três frentes distintas:

  1. Watson Analytics for weather - aqui o objetivo é integrar dados históricos com informação em tempo real sobre o tempo para permitir que empresas, apoiadas nas capacidades de análise do Watson, possam tomar decisões mais eficazmente. Com a parceria, as duas empresas desenvolverão aplicativos para as mais diversas industrias como seguros, energia, varejo e logística.

  2. Cloud and Mobile App Developer Tools - Com a parceria, a IBM vai disponibilizar, atraves do Bluemix, sua plataforma para desenvolvimento web, recursos para que outras empresas também possam desenvolver seus aplicativos. Imagine novas fronteiras surgindo como o agronegócio, viagens marítimas, etc.

  3. Business and Operational Weather Expertise - Os profissionais da unidade de consultoria da IBM, a Global Business Services, serão treinados e terão a disposição uma enorme quantidade de informações, com as quais poderão oferecer serviços diferenciados para clientes de todas as indústrias.
Em um futuro próximo podemos esperar grandes benefícios. Imagine como poderiamos nos beneficiar de um aplicativo similar ao Waze, mas aplicado ao tempo? As vantagens vão desde evitar congestionamentos, danos materiais, perda de tempo, segurança pública e muito mais.

Mais informações sobre a parceria podem ser obtidas neste link.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

IBM ConnectED 2015, "a new way to engage" - Dia 2

O segundo dia do IBM ConnectED 2015 seguiu agitado, com grande destaque para o IBM Verse. As promessas de transformação com a nova solução são significativas e dediquei um bom tempo para me aprofundar um pouco mais no tema. Para isso, me reuni uma vez mais com Carol Sormilic, Vice Presidente IBM Software Group, Product Management Enterprise Social Solutions at IBM, responsável pelo desenvolvimento do produto. Outro destaque do dia foi a apresentação de Ed Brill, Vice President, Social Business Transformation at IBM, sobre a transformação social na IBM.

IBM Verse, com Carol Sormilic

Profissional de altíssimo nível, com profundo conhecimento de tecnologias de colaboração e Intranets, Carol Sormilic é uma pessoa agradável e com uma conversa leve e profunda ao mesmo tempo. Pode conversar horas sobre as transformações que liderou na IBM nos últimos 12 anos, abordando o impacto que cada CEO teve na empresa. Também pode dedicar o tempo necessário para discutir sobre os desafios do IBM Verse, sua visão sobre as principais tendências dos mais atualizados ambientes de trabalho.

Em poucas semanas, a IBM iniciará o projeto de implementação interna do IBM Verse. A idéia é que nos próximos meses dezenas de milhares de profissionais da IBM estejam utilizando o produto, integrado com a Intranet da IBM, com o Connections, o Sametime e outras tecnologias. A expectativa é que este novo ambiente transforme o nosso ambiente de trabalho, trazendo mais agilidade. 


Social Transformation @ IBM, com Ed Brill

Ed Brill é brilhante. Além de excelente apresentador, conhece o assunto e consegue encantar os participantes com uma palestra dinâmica e com muito conteúdo. Logo ao iniciar sua apresentação, reforça a mensagem, já muitas vezes discutida aqui no Explora!, que as tecnologias de Social Business só tem valor quando associadas com iniciativas de negócio. Esta é a base para que as mesmas sejam adotadas em qualquer empresa, de qualquer segmento ou porte. É preciso que ela ofereça valor para que seja utilizada, simples assim.


Em seguida, abordou um tema bem interessante, e que é assunto frequente em quase todas as reuniões que tenho com clientes: adoção de redes sociais. Para começar, ele desconstruiu o mito de que todos os funcionários tem que usar a rede social. O ambiente social corporativo é para colaboração. Dependendo do perfil e posição do profissional, isso pode não ser necessário ou, melhor, pode ser necessário mas com frequencia e intensidade diferentes. Não podemos dizer, simplesmente, que não tivemos sucesso em um projeto de Social Business por que "somente" 70% dos profissionais aderiram ao projeto. Mesmo na IBM, a participação não é de 100%! No entanto, profissionais que necessitam colaborar, registrar e compartilhar conhecimento podem obter enormes benefícios com estas plataformas.

Outro ponto abordado por Ed Brill foi com relação aos objetivos e benefícios que podem ser obtidos com a implementação de uma rede social corporativa. Eles são ligeiramente distintos quando pensamos na empresa e no profissional e estão listados abaixo:

Para a empresa:
  1. Inovação - Grande objetivo de 10 entre 10 empresas que buscam soluções de Social Business, aumentar a colaboração com o objetivo de incentivar a inovação.
  2. Agilidade - Com uma plataforma sólida de colaboração, é possível aumentar a comunicação entre profissionais e, consequentemente, a velocidade com que as atividades são executadas
  3. Eficiência - O amplo acesso a conhecimento, a melhores práticas e a especialistas pode ajudar em muito uma empresa a tornar-se mais eficiente.
  4. Comprometimento profissional - Ao participar de mais processos internos, ao gerar e compartilhar conhecimento, profissionais tornam-se mais comprometidos com a empresa.
  5. Melhorar a experiência e a relação com clientes - Plataformas de redes sociais corporativas tem um impacto direto na relação com clientes uma vez que contribuem para que a empresa tenha profissionais com mais conhecimento, com mais velocidade na resposta e com mais comprometimento.
Para o profissional:
  1. Mais produtividade - Todo profissional sente-se melhor quando vê as tarefas concluídas com agilidade e eficiência. Uma plataforma de Social Business permite que estes objetivos sejam alcançados ao disponibilizar acesso a conhecimento e especialistas.
  2. Senso de pertencimento - Este é um objetivo compartilhado tanto pela empresa quanto pelos funcionários. Todo profissional quer sentir-se parte da empresa, quer participar mais dos processos internos. 
  3. Reputação - A Rede Social Corporativa oferece um ambiente único para que profissionais possam compartilhar conhecimento e construir sua reputação digital.
  4. Desenvolvimento de carreira - Da mesma forma, uma RSC pode contribuir para que profissionais se destaquem e desenvolvam suas carreiras.

O quadro acima diz tudo. A mudança para uma forma de trabalho mais Social demanda uma transformação na forma como pensamos, agimos e trabalhamos, uma mudança no nosso mindset. Já havia comentado sobre parte desta transformação aqui no Explora! no post "Informação é Poder X Compartilhar é Poder".


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

IBM ConnectED 2015, "a new way to engage" - Dia 1


Já é uma tradição... Janeiro é o mês em que especialistas em colaboraçào de Clientes, de Parceiros de Negócio e da IBM se reunem em Orlando, na Florida, para discutir o tema e conhecer as novidades a caminho. Pontualmente, ás 8 horas de uma manhã com temperaturas beirando os 10 graus Celsius, Jeff Schick, General Manager, Enterprise Social Solutions, abriu a edição 2015 sob o tema "IBM ConnectED 2015, a new way to engage". Logo após comemorar os 25 anos do Lotus Notes, Jeff Schick passou a apresentar em mais detalhes o IBM Verse, a nova proposta de forma de trabalho da IBM. A idéia é transformar a forma como trabalhamos, tornando-a mais efetiva e otimizada, libertando-nos do "email jail", como já vimos aqui no Explora!.


O IBM Verse já está saindo do forno (early access já em Fevereiro, cadastre-se aqui) e em poucas semanas estará disponível para dezenas de milhares de usuários e clientes. O produto mostrou bastante amadurecimento e uma integração cada vez mair com o IBM Connections e com o IBM Watson. O projeto é que o IBM Watson suporte o IBM Verse (e o IBM Connections) com a parte de analytics, aprendendo com o trabalho executado por cada um e, consequentemente, colocando-se como um "assistente pessoal", sempre pronto a ajudar.

Louis Vuitton

Em seguida, Jeff Schick convidou ao palco o CIO do grupo Louis Vuitton. Mostrando enorme entusiasmo com seus desafios, e principalmente com os resultados obtidos, ele começou apresentando o grupo. Eles são donos de marcas de luxo em diversos segmentos como bebidas (Dom Perignon e Veuve Clicquot, entre outras), relógios (Tag Heuer e Hublot), cosméticos (Dior e Kenzo) e muito mais, atuando ainda no varejo, com a Sephora, por exemplo. Além disso, a estratégia do grupo é de crescer com aquisições, trazendo ainda mais empresas e produtos para seu portfolio.

Composto por milhares de profissionais, um dos seus grandes desafios é o desenvolvimento de novos produtos, onde a colaboração entre os designers e produtores é fundamental para garantir que o resultado final esteja de acordo com as especificações. Além disso, ele destacou a questão da segurança, uma vez que qualquer vazamento de detalhes sobre um novo produto pode trazer um prejuízo enorme ao grupo. 

Ainda em 2009, o grupo, depois de uma rigorosa avaliação, optou pelas tecnologias IBM para colaboração. Atualmente, estão migrando estas soluções para a nuvem da IBM, para ganhar ainda mais agilidade e flexibilidade.

Bureau Veritas

O Bureau Veritas foi o segundo cliente a apresentar na sessão de abertura. Empresa bicentenária, tem como característica básica, desde seus primeiros dias, ser global, com escritórios em vários países. O principal "produto" da empresa é a certificação, que pode ser de produtos, serviços ou processos. Sempre que existe um "padrão" para uma dessas categorias, é fundamental certificar que o resultado final está em conformidade com o mesmo. O trabalho é fundamentalmente intelectual e a quantidade e qualidade do conhecimento produzido é enorme. É, portanto, importante garantir a comunicação entre os diversos especialistas da empresa, assim como permitir que os mesmos registrem o conhecimento gerado para que possa ser, eventualmente, reutilizado.

Para alcançar seus objetivos, eles utilizam o IBM Notes, o IBM Sametime e o IBM Connections. Com o suporte destas tecnologias, eles não somente registram o conhecimento gerado, como também oferecem uma comunicação eficiente entre seus consultores, localizados em dezenas de escritórios em países no mundo todo.

Blue Schield of California

O terceiro e último cliente a se apresentar na Open General Session foi a Blue Schield da California, empresa de seguros. Seu objetivo fundamental é levar produtos de seguros a pessoas que ainda não os possuem e, para isso, optaram por proporcionar uma experiência única, A+, para seus prospects e clientes. A decisão do grupo foi pelas soluções de portal e gestão de conteúdo da IBM, de forma a garantir transparência e velocidade no envio de informações.

A empresa utiliza o IBM Portal e o IBM Web Content Manager, entre outros componentes, para oferecer acesso omni channel para seus clientes, independente do canal utilizado para a comunicação.

Phelippe Petit

Para encerrar o primeiro dia, mais um convidado de honra, Phelippe Petit. artista francês que ganhou fama em 1974 ao caminhar em um cabo de aço entre as duas torres gêmeas em Nova Iorque. Phelippe passou uma mensagem de dedicação, perserverança e coragem para a audiência.


Foi uma Open General Session marcada pelo lançamento do IBM Verse e, com base nas apresentações dos clientes, pelo claro amadurecimento do mercado de Social Business. É nítida a evolução do uso destas tecnologias por clientes de todos portes e indústrias.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Technological Singularity and IBM Watson


On the very first part of the excellent film Transcendence, the scientist Dr. Will Casper (played by Johnny Depp) says that "in a short time their analytical capacity will be much greater than the collective intelligence of every human being ever born in the history of the world." He refers to the project of developing a computer that can think and have feelings as a human being, which would meet the "technological singularity" concept first mentioned by von Neumann in 1958. There are numerous predictions of when we will reach this point, where computational intelligence will surpass all the intelligence ever produced by mankind. Some point to 2050, others to 2100. Behold the film comes to cinemas at the same time that IBM Brazil gets "Watson Center of Competency for Latin America."

As we have seen here in the Explora!, "Watson is much more than a computer, it is the centerpiece of an IBM strategy to develop computational systems with cognitive ability." The fact it is coming to Latin America is of great importance to IBM. More than just building a new data center, IBM is building a competence center with specialists in artificial intelligence and natural language processing. The center brings to Latin America what is most modern in terms of cognitive computing.

The wait was long. Since its launch in 2007, have been years of hard work and research. The Watson decreased in size and gained computational power. One of our main challenges was to teach Portuguese, and its many variations. The ability to read and understand natural language is key to the success of the tasks expected to be performed by the system. Just to get a better idea, currently about 80% of the data produced are not in structured format. Furthermore, this step is important so that Watson can develop hypotheses and, finally, so you can get answers with a high degree of assertiveness.

Lesson learned, time to pack the bags

Watson arrives in Brazil in the last quarter of this year. IBM's goal is clear and immediate: to use Watson in the area of ​​medical diagnostics, in interaction with consumers at retail companies and financial markets.

There is still a long road ahead to reach the "technological singularity" and, surely, IBM is leading this huge transformation. The expected benefits are significant . The learning process is constant. Currently, the system can interpret natural language and answer questions. It is also possible to infer what the next question to be asked.

It is expected that, in some years, Watson will be able to make questions, something still distant. When that day comes, the famous phrase from Voltaire, "Judge a man by his questions rather than by his answers" will have a rereading, "judge a computer by his questions rather than by his answers."

Visit this site to follow every step of Watson.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Soccer, Brazil's passion, and big data, a relationship of love and hate


In a room located on the ninth floor of the IBM building, in Botafogo, Rio de Janeiro, a group of researchers and consultants closely watch the games of the World Cup. They watch every game, fueled by a lot of pizza and sodas. Like all Brazilians, vibrate with the best plays and suffer with the quality of some games. However, more than supporting a or b, they are there working on a IBM Reseach project. What they do is "listen" to all the fans who "speak" on Twitter about the games and the players and, from there, try to understand if they are liking it or not. The objective is to demonstrate a technology developed at IBM labs, and transformed into service, which makes analysis of Sentiments in Social Networks, named FAMA (Fame, in portuguese, and also the godess of rumor).

The process is complex. Hundreds of thousands of tweets are posted every game. Only in yesterday's game between Brazil and Cameroon, a player, Neymar, had its name mentioned on 409,971 posts. He got 50,000 tweets more than the game between United States and Portugal. Not bad for a single player. At the end of the first half, he got positive comments in 43% of all tweets .

During the game the team of Brazil received 1,563,387 entries, and the team of Cameroon, 130 846. Among the references to our team, 45% were positive, 16% were neutral and 39% negative. Definitely, we do not have unanimity regarding our national team.


"Termômetro Social",
the Globo organizations app "Segunda Tela"
How to stay tunned?

All results of the analyzes are published in social media, currently on the ESPN site, and a partnership with Globe, through application of the "second screen". See below how to monitor:
  • The website of ESPN, Torcida nas Redes, presents the analyzes made by IBM team.
  • The app "Segunda Tela da Globo" allows fans to participate in chats, shows general statistics about the games and provides the tracking of sentiment in the social network (the latter in partnership with IBM)


And how it works?

The process is very interesting and happens in real time. On a high level, FAMA monitors everything that is posted on Twitter about "World Cup". To do this, he needs the support of a special dictionary that basically allows the system to know if the tweet is about football or not (for other applications other dictionaries should be used). Each tweet is analyzed and if it has identified adherence to the theme, he is selected to be studied. From there, 5 steps happen:
  • The words composing each tweet are separated from each other in a process called parser (or tokenization)
  • Then the words are normalized, that is, errors are corrected and eventually synonyms are used
  • After that, each word is categorized according to the rules of the Portuguese grammar. Adjectives, nouns, verbs, and so on are identified.
  • Following, the lemma is found for each word. This is a particularly difficult step because it depends on the context (this is not just to find the root of a word)
  • Finally, the "sentiment" of each word is returned. It can be positive, negative or neutral.
The "sentiment" returned for each word was previously learned by other techniques and repetition (it is, technically speaking, taught to the algorithm). Once we have the sentiment of a word, we must now simply calculate the entire tweet sentiment. Finally, a statistical analyzer will calculate the frequencies with which the players' names are mentioned, with the most frequent themes are used, and so on. The result is then presented in a comparative way.

The process is fairly complex. We all know that words can have different meanings depending on how they are used. For example, the verb "go" is usually mild but in football, when used in "Go Brazil" has a positive connotation. But when it is used in "let's go, the game is bad," has a negative meaning. Likewise, the treatment to be given to other words passes through the same challenge. To solve it, a manual preliminary processing, where analysts assemble a table of polarity is necessary.

Where else FAMA can be used?

Apply all this technology and methodology in other environments is the main focus of IBM. Cognitive computing appears as the next big promise of the technology industry. Analyze large amounts of data available on social networks have the potential to provide extremely valuable insights to companies of all industries and sizes. Imagine being able to analyze, in real time, the feeling of the customers of a bank with respect to a new product launched in the market and make adjustments to marketing campaigns immediately. Or the ability to offer differentiated products and services, based on the feelings of their customers. The applications are enormous and can transform various industries such as retail, financial services, and many others.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Watson Mobile Apps Contest - And the winner is... all of us!


As we have seen here in Explora!, IBM Watson launched in 2007, ushered in a new era in computing, the "Cognitive Computing". Watson is much more than a computer, it is the centerpiece of an IBM strategy to develop computational systems with cognitive ability.

"The concept of "Cognitive Computing" is a huge change for computer science. The idea is that these new systems will have the ability to learn, to draw conclusions, to improve every day based on the information they have access. It's a huge challenge for science and demand not only great ability, but also the development of highly sophisticated algorithms, related to the field of Artificial Intelligence."

To foster the development of new applications for Watson in February this year, IBM launched a competition, IBM Watson Mobile Developer Challenge. Mobile applications should use the cognitive capabilities of the IBM Watson to analyze, gain insights and learn, manipulating large amounts of information. There were hundreds of entries and, three months later, IBM selected 25 competitors who could use Watson to develop and test their applications. After this period, 5 teams will be selected. Of them, three teams will have access to APIs and support Watson of consultants from IBM Interactive, for 90 days to assist in the development of the final product.

The 25 finalists proposed applications with different objectives, as one directed to the media industry, one for the world of fashion, education, finance, fitness, human resources and more. See below some of the most interesting, in my opinion, of course.
  1. Smarter Cities - Inteliwise - The idea is to have a Virtual Officer, which could connect all citizens with various municipal councils, such as public safety, health and education. The main motivator is the fact that there is an expectation that approximately 70% of the population will live in cities by the year 2050. Every interaction will create more knowledge and with the help of all the analytical capacity of Watson, all this knowledge will be "recycled" and placed available to the population.
  2. Education - FangFriendly Anthopomorphic Networked Genome (fang), aims to transform the educational system in applying cognitive techniques in the process. The idea is that all learning is monitored and individualized to offer possibilities to follow all the details of the development of each student. With the application, you can have a view of any number of process components such as the number of words that a student had contact, their main difficulties and at the end of the day, point out what the key areas where a student may develop more easily, developing their skills and helping in the formation of top professionals.

  3. Healthcare - GenieMD - One of the main applications of Watson has been in the medical field and a finalist applications has exactly this industry as a target. The GenieMD aims to offer a unique service to its users, building a smart environment with holistic health information. The idea is that using all the cognitive ability of Watson, will allow new knowledge to be generated based on the information of each person and what they can contribute so that each can handle more efficiently your health, together with their physicians and clinicians.
Want to know the 25 applications? Visit the hot site created especially for the contest and see why Watson and the Cognitive Computing can change the world as we know it for the better.

Concurso de apps para o IBM Watson - O vencedor é... todos nós!


Como já vimos aqui mesmo no Explora!, a IBM, ao lançar o Watson, em 2007, inaugurou uma nova era na computação, a da "Computação Cognitiva". Watson é muito mais do que um computador, ele é a peça central de uma estratégia da IBM de desenvolver sistemas computacionais com capacidade cognitiva. 

"O conceito de "Computação Cognitiva" é uma enorme transformação para a ciência da computação. A idéia é que estes novos sistemas terão a capacidade de aprender, de tirar conclusões, de melhorar a cada dia com base nas informações que tem acesso. É um enorme desafio para a ciência e demanda não somente enorme capacidade mas, também, o desenvolvimento de algorítmos extremamente sofisticados, ligados ao campo da Inteligência Artificial."

Para incentivar o desenvolvimento de novas aplicações para o Watson, em Fevereiro deste ano, a IBM lançou um concurso, o IBM Watson Mobile Developer Challenge. Os aplicativos móveis deveriam utilizar as capacidades cognitivas do IBM Watson para analisar, obter insights e aprender, manipulando grandes quantidades de informação. Foram centenas de inscrições e, três meses depois, a IBM selecionou 25 concorrentes, que poderão utilizar o Watson para desenvolver e testar suas aplicações. Depois deste período, 5 times serão selecionados. Deles, três times terão acesso a APIs do Watson e ao suporte de consultores da IBM Interactive, por 90 dias, para ajudar no desenvolvimento do produto final.

Os 25 finalistas propuseram aplicativos com os mais variados objetivos, como um direcionado para a indústria da imprensa, outro para o mundo da moda, da educação, finanças, fitness, recursos humanos e muito mais. Veja, abaixo, alguns dos mais interessantes, na minha opinião, é claro.
  1. Cidades Inteligentes - Inteliwise: A idéia é ter um Oficial Virtual, que poderia conectar qualquer cidadão com os mais diversos conselhos municipais, como segurança pública, saúde e educação. O principal motivador é o fato de uma expectativa de que aproximadamente 70% da população viverá em cidades no ano 2050. Cada interação criará mais conhecimento e, com a ajuda de toda a capacidade analítica do Watson, todo este conhecimento será "reciclado" e colocado a disposição da população.

  2. Educação - Fang - Friendly Anthopomorphic Networked Genome (fang) tem como objetivo transformar o sistema educacional ao aplicar técnicas cognitivas no processo. A idéia é que todo o aprendizado será monitorado e individualizado de forma a oferecer possibilidades a todos de acompanhar os detalhes do desenvolvimento de cada aluno. Com o aplicativo, será possível ter uma visão de um sem número de componentes do processo como por exemplo, a quantidade de palavras que um aluno teve contato, suas principais dificuldades e, no fim do dia, apontar quais as principais áreas onde um estudante pode se desenvolver mais facilmente, desenvolvendo suas aptidões e contribuindo na formação de melhores profissionais.

  3. Saúde - GenieMD - Uma das principais aplicações do Watson tem sido na área médica e, um dos aplicativos finalistas tem exatamente esta indústria como alvo. O GenieMD tem como objetivo oferecer um serviço único para seus usuários, construindo um ambiente inteligente, com informações holísticas sobre saúde. A idéia é que ele, utilizando toda a capacidade cognitiva do Watson, vai permitir que novo conhecimento seja gerado com base nas informações de cada pessoa e que elas possam contribuir para que cada um possa manipular de forma mais eficiênte sua saúde, em conjunto com seus médicos e clínicos.
Quer conhecer os 25 aplicativos? Visite o hotsite criado especialmente para o concurso e veja por que o Watson e a era da Computação Cognitiva podem mudar o mundo como o conhecemos para melhor.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Yes, we CAMS


In the late nineties the most discussed issue by organizations of all sizes and industries, was the "millennium bug". Legend was that in the turn of the century, all the old systems, most still developed in Cobol, especially in the financial sector simply would stop working, causing chaos in banks, airlines, etc.. 15 years have passed and it is simply amazing to see the huge transformation the IT industry has passed. Today, the most discussed topics are Cloud, Analytics, Mobile and Social (CAMS). They consume most of the investments and time of CIOs .

Last year alone, the pace of change has increased dramatically. These are some of the moves that we have seen:

  • The entry of a huge amount of new entrants, 
  • Significant increase in the number of mergers and acquisitions, especially in the technology sector 
  • Increase of investment by venture capital companies in projects for the corporate world

All of this, strongly influenced by the development of the concepts we call CAMS. The scale of change is large. There was a huge increase in the number of users, number of sensors spread across all corners of "smart" devices, such as smartphones, for example, channels, relationships, transactions and more. One result has been the generation of a data volume in 2013, of approximately 4 zetabytes (4 x 10 ^ 21), about 4 times that was generated in 2010. And CAMS is behind this whole process. 

IBM, in recent years, has closely followed this process with active participation. Acquired companies and developed solutions that are now part of the largest portfolio available in the technology industry. Let's see in more detail each of the components of CAMS:

Cloud

To begin, Cloud is not a technology, it is a "technology delivery modeo". For a customer this means in practice that he will not need to keep on their premises IT infrastructure. All the IT services he may need, will be accessed through web browsers on systems that are hosted on servers somewhere outside the company. Moreover, it will not demand s skilled IT staff. This can bring good savings, of course, depending on numerous other factors.

IBM is investing heavily in the area. Since 2007, the company has invested more than $7 billion in acquisitions to accelerate their cloud initiatives and to build a solid portfolio of solutions. Every day more than 5.5 million customer transactions are processed on the IBM public cloud. In addition, IBM holds 1560 patents on cloud solutions. IBM announced earlier this year, investments of $ 1.2 billion to expand its network of datacenters. This year IBM will have 40 processing centers in 15 countries on 5 continents. It is positioning itself to be the leading player in this segment that promises, for 2020, to be worth US$200 billion.

In 2013, IBM acquired the company SoftLayer, which is currently the foundation of the entire portfolio of cloud solutions company. The platform now serves over 2400 customers worldwide.

Analytics

Considering only the year 2013 were generated approximately 4 zetabytes information (do not ask me how it was calculated or even estimated). As we have seen, it is 4 times more than all that was produced in 2010. To make matters worse, much of the information is not stored in a structured way. A more detailed analysis shows that about 80% of what is generated is text in e-mails to tweets in posts, instant messages, videos, etc.. At the same time we have a much larger amount of information than in previous years, so we take something useful it is necessary to have the ability to analyze its meaning. And it is much more complicated than simply using a supercomputer with a large computing capacity.

IBM, with a long history of development of supercomputers, launched Watson. It came into the world in a computer format but in reality it is much more than that. Watson is a system composed of hardware, software and services, which inaugurated a new era in the history of computing, Cognitive Computing. We've talked about this project here and about its impact on modern computing. The fact is that it paves the road to make it possible to study huge amounts of information, in the most different formats in any field of science, for example, in medicine, oil exploration, education, research new drugs, etc. 

Mobile

"M" in CAMS comes from  Mobility. And this, in my opinion, is one of the next frontiers to be explored. Currently there are already tens of thousands of applications that exploit mobile devices like tablets or smartphones. There are billions of these devices and it is simply no longer possible to ignore the fact that people do not just work in their offices. Likewise it is extremely common to surf the Internet anywhere. Develop a system today, without taking into consideration the issue of mobility it is nonsense.

Furthermore, I argue that we are only at the beginning of the exploration of this frontier as more new devices are being used in mobile form not only smartphones and tablets. Just see the effort being made ​​by Apple and other companies to have their systems somehow embedded in automobiles. We have even the devices related to fitness. Each of these new devices generate more information that needs to be processed in some way so that it has value.

Every day it is more common that employees bring to their work devices such as personal tablets, for example. And companies need to take care of several aspects like provision processing power and, especially, safety. IBM has a number of solutions tested and approved to ensure cross-platform management devices to ensure safety and also to provide a development platform that facilitates the delivery of solutions for different mobile devices.

Mobility is not just to ensure that a system works on a smartphone. It is essential to ensure scalability, ensuring operation even with the most diverse internet bandwidths available, integration with other enterprise systems, and especially safely. 

Social is one of the strategic pillars of IBM, along with the "other CAMS" . Needless to say all the effort and investment that has been made ​​by the company in recent years in this area. The solution offered by IBM Social Business is today the market leader in the corporate world. Large corporations have implemented Social Business projects with IBM technologies, such as Connections, and today they reap the results of greater collaboration among their employees. Greater agility, commitment, information exchange and innovation are some of the benefits offered.

To enter the corporate world, investments were made in the areas of security, integration, scalability and mobility. Any solution offered by IBM today can be consumed directly at the customer premises, through the cloud or in a hybrid environment. This is a customer choice. 

CAMS

In conclusion, CAMS is much more than one product or a single solution. This is a "strategic vision", developed based on market research and the partnership with  IBM customers and partners worldwide. It is a vision of a new frontier being discovered every day and has the power to transform the corporate world as we know it. Not long ago we could not imagine how someone someday could work without using a phone. In a few years it will be hard to imagine how we worked without Cloud, Analytics, Mobile and Social.

Yes, we CAMS


No final da década de noventa o tema mais discutido, por empresas de todos os portes e indústrias, era o "bug do milênio". A lenda dava conta que, na passagem do século, todos os antigos sistemas, maioria absoluta ainda desenvolvida em Cobol, principalmente no setor financeiro, simplesmente parariam de funcionar, gerando um caos em bancos, empresas aéreas, etc. Já se passaram 15 anos e é simplesmente incrível ver a enorme transformação pela qual a indústria de TI passou. Hoje, os temas mais discutidos são Cloud, Analytics, Mobile e Social (CAMS). São eles que consomem grande parte dos investimentos e do tempo dos CIOs.

No último ano, apenas, o rítmo da mudança aumentou enormemente. Estes são alguns dos movimentos a que assistimos:
  • A entrada de uma quantidade enorme de novos entrantes, 
  • Aumento significativo no número de fusões e aquisições, principalmente no setor de tecnologia
  • Aumento no investimento de empresas de Venture Capital em projetos voltados para o mundo corporativo
Tudo isso fortemente influenciado pelo desenvolvimento dos conceitos que chamamos de CAMS. A escala da mudança é grande. Houve uma ampliação enorme no número de usuários, no número de sensores espalhados por todos os cantos, de dispositivos "espertos", como smartphones, por exemplo, de canais, relações, transações e muito mais. Um dos resultados foi a geração de um volume de dados, em 2013, de aproximadamente 4 zetabytes (4 x 10 ^21), aproximadamente 4 vezes o que foi gerado em 2010. E CAMS está por trás de todo esse processo.

A IBM, nos últimos anos, acompanhou de perto esse processo, com uma participação ativa. Adquiriu empresas e desenvolveu soluções que hoje fazem parte do maior portfolio disponível na indústria de tecnologia. Vamos ver em mais detalhes cada um dos componentes do CAMS:

Cloud

Para começar, Cloud não é uma tecnologia, é um "modelo de entrega de tecnologia". Para um cliente isso significa, na prática, que ele não vai precisar manter, em suas instalações, infraestrutura de TI. Tudo o que ele precisa, vai acessar por navegadores web em sistemas que estão hospedados em servidores em algum lugar, fora de sua empresa. Além disso, também não vai precisar de tantos funcionários espealizados em TI. Isso pode trazer uma boa economia para ele, claro, dependendo de inúmeros outros fatores.

A IBM vem investindo pesado na área. Desde 2007, a empresa já investiu mais de US$ 7 bilhões em aquisições para acelerar suas iniciativas em cloud e para construir um sólido portfolio de soluções. Diariamente são processadas mais de 5,5 milhões de transações de clientes na nuvem pública da IBM. Além disso, a IBM detem 1560 patentes apenas em cloud. A IBM anunciou, no início deste ano, investimentos de US$1,2 bilhão para ampliar sua rede de datacenters. Este ano, terá 40 centros de processamento em 15 países nos 5 continentes. Está se posicionando para ser o principal player deste segmento que promete, para 2020, que promete ter valor de mercado de US$ 200 bilhões.

Em 2013, a IBM adquiriu a empresa SoftLayer, que é, atualmente, a fundação de todo o portfolio de soluções de cloud da empresa. A plataforma já serve a mais de 2400 clientes em todo o mundo.

Analytics

Considerando apenas o ano de 2013 foram gerados aproximadamente 4 zetabytes de informações (não me perguntem como isso foi calculado ou até mesmo estimado). Como vimos, isso representa 4 vezes mais de tudo o que foi produzido em 2010. Para piorar o cenário, grande parte das informações não está armazenada de forma estruturada. Uma análise mais detalhada mostra que cerca de 80% de tudo o que é gerado está em texto, em emails, em tweets, em posts, instant messages, videos, etc. Ao mesmo tempo que temos uma quantidade muito maior de informações do que nos anos anteriores, para tirarmos algo de útil dela é necessário termos condições de analisar seu significado. E isso é bem mais complicado do que simplesmente usarmos um supercomputador com uma grande capacidade computacional.

A IBM, com uma longa história de desenvolvimento de super computadores, lançou o Watson. Veio ao mundo no formato de um computador mas, na realidade, é muito mais do que isso. O Watson é um sistema, composto por hardware, software e serviços, que inaugurou uma nova era na história da computação, a da Computação Cognitiva. Já falamos sobre esse projeto aqui e sobre seu impacto na computação moderna. O fato é que ele pavimenta a estrada para que seja possível estudar com muito mais critério enormes quantidades de informação, nos mais diferentes formatos, em qualquer campo da ciência como, por exemplo, na medicina, na exploração de petróleo, educação, pesquisa de novos medicamentos, etc.

Mobile

O "M" de CAMS vem de Mobilidade. E esta é uma das próximas fronteiras a ser desenvolvida. Atualmente já existem dezenas de milhares de aplicações que exploram dispositivos moveis como tablets ou smartphones. Existem bilhões destes dispositivos e simplesmente não dá mais para ignorar o fato de que as pessoas não trabalham apenas em seus escritórios. Da mesma forma que é extremamente comum navegar na Internet em qualquer local. Desenvolver um sistema hoje, sem levar em consideração a questão da mobilidade é besteira.

Além disso, afirmo que estamos apenas no início da exploração desta fronteira pois cada vez mais novos dispositivos vem sendo utilizados de forma movel, não apenas smartphones e tablets. Basta ver o esforço sendo feito pela Apple e outras empresas para ter seu sistema, de alguma forma, embarcado em automóveis. Temos ainda os dispositivos relacionados com fitness. Cada um destes novos dispositivos gera mais informação que precisa ser processada de alguma forma para que tenha valor.

A cada dia é mais comum que funcionários tragam para o trabalho os seus dispositivos, como tablets, por exemplo. E as empresas precisam cuidar de diversos aspectos como provisionar capacidade de processamento e, principalmente, segurança. A IBM tem uma série de soluções testadas e aprovadas para garantir gerenciamento de diferentes plataformas de dispositivos, para garantir segurança e, também, para oferecer uma plataforma de desenvolvimento que facilite a entrega de soluções para os mais diversos dispositivos móveis.

Mobilidade não é apenas garantir que um sistema ou outro funcione em um smartphone. É fundamental garantir escalabilidade, garantia de funcionamento mesmo com as mais diversas bandas de internet disponíveis, integração com outros sistemas corporativos e, principalmente, muita segurança.

Social

Social é um dos pilares estratégicos da IBM, junto com os CAMS. Desnecessário dizer todo o esforço e investimento que vem sendo feito pela empresa, nos últimos anos, nesta área. A solução de Social Business oferecida pela IBM é, hoje, líder de mercado no mundo corporativo. Grandes corporações implementaram projetos de Social Business com as tecnologias da IBM, como o Connections, e hoje já colhem os resultados de uma maior colaboração entre seus funcionários. Maior agilidade, comprometimento, troca de informações e inovação são alguns dos benefícios oferecidos.

Para entrar no mundo corporativo, investimentos foram feitos nas áreas de segurança, integração, escalabilidade e mobilidade. Toda a solução oferecida pela IBM hoje pode ser consumida diretamente nas instalações do cliente, atraves da nuvem ou em um ambiente híbrido. O cliente escolhe.

CAMS

Concluindo, CAMS é muito mais do que um produto ou uma solução. Trata-se de uma "visão estratégica", desenvolvida com base em pesquisas de mercado e com a parceria dos clientes e parceiros da IBM em todo o mundo. É uma visão de uma nova fronteira sendo descoberta a cada dia e que tem o poder de transformar o mundo corporativo como o conhecemos. Faz pouco tempo não conseguiamos imaginar como alguem, algum dia, trabalhou sem o uso de um telefone. Em poucos anos, será difícil imaginar como trabalhavamos sem Cloud, Analytics, Mobile e Social.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Watson e a Era da Computação Cognitiva


Em Abril de 1964, a IBM lançou o System/360, considerado até hoje, passados exatos 50 anos, como um marco na Ciência da Computação. Ele a transformou de forma única e abriu caminho para tudo o que vimos nas últimas décadas. Na época, a IBM criou uma divisão especial para comercializar o novo maiframe (leia mais sobre esta data especial no blog do Daniel Raisch, totalmente dedicado ao aniversário de 50 anos do mainframe). Trinta anos depois, já nos anos 90, com o aumento da participação das vendas do computador pessoal, o PC, a IBM novamente criou uma divisão para comercializá-lo.

Foram dois momentos únicos na história da computação e da IBM. Em 2007, a IBM trouxe mais uma grande novidade, o Watson. Projetado pelos laboratórios da IBM, a idéia é que o sistema seja muito mais do que um supercomputador. Ele representa uma quebra de paradígma na história da computação e abre caminho para um novo modelo computacional, a "computação cognitiva".

No início deste ano, a IBM criou uma nova divisão para trabalhar com o Watson, a Watson Group, já com 2 mil funcinários e anuciou investimentos de mais de 1 Bilhão de dólares no projeto. Mas, afinal, o que a IBM espera com o Watson?


Computação Cognitiva

Para se entender melhor o que isto significa, é preciso voltar no passado. No início dos tempos, a computação era caracterizada por "fazer contas rapidamente". Os primeiros computadores eram simplesmente máquinas tabuladoras, ou seja, faziam operações matemáticas muito mais rapidamente do que nós. Até pouco mais da metade do século XX era como os computadores operavam e era isso o que esperavamos deles.

Durante este mesmo período começaram a desenvolver máquinas um pouco mais inteligentes, que seriam capazes não somente de repetir operações, mas também de seguirem um conjunto de instruções. Foi a segunda época da computação moderna, caracterizada pela capacidade de escrever programas de computador que seriam, posteriormente, executados por um deles.

O conceito de "Computação Cognitiva" é uma enorme transformação para a ciência da computação. A idéia é que estes novos sistemas terão a capacidade de aprender, de tirar conclusões, de melhorar a cada dia com base nas informações que tem acesso. É um enorme desafio para a ciência e demanda não somente enorme capacidade mas, também, o desenvolvimento de algorítmos extremamente sofisticados, ligados ao campo da Inteligência Artificial.

Watson é muito mais do que um computador, ele é a peça central de uma estratégia da IBM de desenvolver sistemas computacionais com capacidade cognitiva. Também é muito mais do que simplesmente um computador pronto para participar de jogos como o Jeopardy.

Healthcare e as implicações do Watson

Uma das principais aplicações para o Watson é na Medicina. Tradicionalmente, ela era ensinada de forma unidirecional, assim como quase todas as outras ciências. Professores ministravam aulas para algumas dezenas de alunos que usavam a biblioteca para obter mais informações. A prática, no dia-a-dia, agregava experiência ao médico que ia se formando com o passar dos anos. Os melhores médicos eram normalmente aqueles com bastante especialização e experiência, o que era obtido depois de 30 ou 40 anos de profissão.

Para tentar auxiliar na mudança deste modelo, a IBM fez uma parceria com o Sloan-Kettering Cancer Center, uma insituição referência na área da oncologia, com cerca de mil pesquisadores e que diagnostica e trata aproximadamente 125 mil pacientes por ano. Segundo o Dr. Craig Thompson, CEO do hospital, os trabalhos começaram com um treinamento especialmente desenvolvido para um grupo selecionado de pesquisadores da instituição. A idéia foi desenvolver habilidades de análise cognitiva, fundamentais para trabalhar com a proposta do Projeto Watson. Foram dois anos de treinamento, ao final dos quais desenvolveram um modelo de trabalho, desenvolveram um parceiro de diagnóstico e tratamento de cancer.

Em linhas gerais, o modelo de trabalho é composto por 3 etapas:
  1. Obter todas as informações necessárias para cada paciente. O objetivo é ter uma metodologia para coletar informações laboratoriais, de exames clínicos, de imagem, etc. 
  2. Usar as habilidades cognitivas para "ligar os pontos", enxergando conexões e informações onde antes não era possível, dentre as milhares de informações disponíveis de cada paciente, bem como de cada método de tratamento disponível.
  3. Fornecer uma lista priorizada de diagnósticos e sugestões de tratamento, 100% individuais, tornando o processo único para cada indivíduo.
A metodologia acima já está revolucionando o tratamento do cancer. Tratamentos individualizados, únicos, era algo inimaginável há poucos anos. Apensas para se ter uma idéia, há vinte anos haviam apenas 4 tipos possíveis de tratamento para o cancer de mama. Atualmente existem mais de 800. Como diagnosticar e tratar de forma adequada com tantas opções? Como garantir que um médico, sozinho, tenha condições de analisar todas as informações do paciente, de conhecer todos os diferentes métodos de tratamento e de indicar o correto? Com o auxílio do Watson, como ferramenta de apoio a decisão, estamos caminhando nesta direção.

É claro que ainda temos uma longa estrada pela frente mas já é possível visualizar progressos significativos na Medicina e em outras ciências. Enfrentaremos inúmeros obstáculos, mas a recompensa, fazer um mundo melhor, vale toda a jornada.

No início da década de 90 eu estudava na Coppe, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seguia minha especialização em Inteliência Artificial e executava "sofisticados algorítmos" em microcomputadores sem um hard drive sequer. Era interessante, e conseguiamos imaginar coisas bem legais. Imagina com o Watson...

Quer saber mais sobre o Watson? Veja o vídeo abaixo e entenda os projetos e impactos que ele pode trazer para nosso mundo.