sexta-feira, 14 de março de 2014

Yes, we CAMS


No final da década de noventa o tema mais discutido, por empresas de todos os portes e indústrias, era o "bug do milênio". A lenda dava conta que, na passagem do século, todos os antigos sistemas, maioria absoluta ainda desenvolvida em Cobol, principalmente no setor financeiro, simplesmente parariam de funcionar, gerando um caos em bancos, empresas aéreas, etc. Já se passaram 15 anos e é simplesmente incrível ver a enorme transformação pela qual a indústria de TI passou. Hoje, os temas mais discutidos são Cloud, Analytics, Mobile e Social (CAMS). São eles que consomem grande parte dos investimentos e do tempo dos CIOs.

No último ano, apenas, o rítmo da mudança aumentou enormemente. Estes são alguns dos movimentos a que assistimos:
  • A entrada de uma quantidade enorme de novos entrantes, 
  • Aumento significativo no número de fusões e aquisições, principalmente no setor de tecnologia
  • Aumento no investimento de empresas de Venture Capital em projetos voltados para o mundo corporativo
Tudo isso fortemente influenciado pelo desenvolvimento dos conceitos que chamamos de CAMS. A escala da mudança é grande. Houve uma ampliação enorme no número de usuários, no número de sensores espalhados por todos os cantos, de dispositivos "espertos", como smartphones, por exemplo, de canais, relações, transações e muito mais. Um dos resultados foi a geração de um volume de dados, em 2013, de aproximadamente 4 zetabytes (4 x 10 ^21), aproximadamente 4 vezes o que foi gerado em 2010. E CAMS está por trás de todo esse processo.

A IBM, nos últimos anos, acompanhou de perto esse processo, com uma participação ativa. Adquiriu empresas e desenvolveu soluções que hoje fazem parte do maior portfolio disponível na indústria de tecnologia. Vamos ver em mais detalhes cada um dos componentes do CAMS:

Cloud

Para começar, Cloud não é uma tecnologia, é um "modelo de entrega de tecnologia". Para um cliente isso significa, na prática, que ele não vai precisar manter, em suas instalações, infraestrutura de TI. Tudo o que ele precisa, vai acessar por navegadores web em sistemas que estão hospedados em servidores em algum lugar, fora de sua empresa. Além disso, também não vai precisar de tantos funcionários espealizados em TI. Isso pode trazer uma boa economia para ele, claro, dependendo de inúmeros outros fatores.

A IBM vem investindo pesado na área. Desde 2007, a empresa já investiu mais de US$ 7 bilhões em aquisições para acelerar suas iniciativas em cloud e para construir um sólido portfolio de soluções. Diariamente são processadas mais de 5,5 milhões de transações de clientes na nuvem pública da IBM. Além disso, a IBM detem 1560 patentes apenas em cloud. A IBM anunciou, no início deste ano, investimentos de US$1,2 bilhão para ampliar sua rede de datacenters. Este ano, terá 40 centros de processamento em 15 países nos 5 continentes. Está se posicionando para ser o principal player deste segmento que promete, para 2020, que promete ter valor de mercado de US$ 200 bilhões.

Em 2013, a IBM adquiriu a empresa SoftLayer, que é, atualmente, a fundação de todo o portfolio de soluções de cloud da empresa. A plataforma já serve a mais de 2400 clientes em todo o mundo.

Analytics

Considerando apenas o ano de 2013 foram gerados aproximadamente 4 zetabytes de informações (não me perguntem como isso foi calculado ou até mesmo estimado). Como vimos, isso representa 4 vezes mais de tudo o que foi produzido em 2010. Para piorar o cenário, grande parte das informações não está armazenada de forma estruturada. Uma análise mais detalhada mostra que cerca de 80% de tudo o que é gerado está em texto, em emails, em tweets, em posts, instant messages, videos, etc. Ao mesmo tempo que temos uma quantidade muito maior de informações do que nos anos anteriores, para tirarmos algo de útil dela é necessário termos condições de analisar seu significado. E isso é bem mais complicado do que simplesmente usarmos um supercomputador com uma grande capacidade computacional.

A IBM, com uma longa história de desenvolvimento de super computadores, lançou o Watson. Veio ao mundo no formato de um computador mas, na realidade, é muito mais do que isso. O Watson é um sistema, composto por hardware, software e serviços, que inaugurou uma nova era na história da computação, a da Computação Cognitiva. Já falamos sobre esse projeto aqui e sobre seu impacto na computação moderna. O fato é que ele pavimenta a estrada para que seja possível estudar com muito mais critério enormes quantidades de informação, nos mais diferentes formatos, em qualquer campo da ciência como, por exemplo, na medicina, na exploração de petróleo, educação, pesquisa de novos medicamentos, etc.

Mobile

O "M" de CAMS vem de Mobilidade. E esta é uma das próximas fronteiras a ser desenvolvida. Atualmente já existem dezenas de milhares de aplicações que exploram dispositivos moveis como tablets ou smartphones. Existem bilhões destes dispositivos e simplesmente não dá mais para ignorar o fato de que as pessoas não trabalham apenas em seus escritórios. Da mesma forma que é extremamente comum navegar na Internet em qualquer local. Desenvolver um sistema hoje, sem levar em consideração a questão da mobilidade é besteira.

Além disso, afirmo que estamos apenas no início da exploração desta fronteira pois cada vez mais novos dispositivos vem sendo utilizados de forma movel, não apenas smartphones e tablets. Basta ver o esforço sendo feito pela Apple e outras empresas para ter seu sistema, de alguma forma, embarcado em automóveis. Temos ainda os dispositivos relacionados com fitness. Cada um destes novos dispositivos gera mais informação que precisa ser processada de alguma forma para que tenha valor.

A cada dia é mais comum que funcionários tragam para o trabalho os seus dispositivos, como tablets, por exemplo. E as empresas precisam cuidar de diversos aspectos como provisionar capacidade de processamento e, principalmente, segurança. A IBM tem uma série de soluções testadas e aprovadas para garantir gerenciamento de diferentes plataformas de dispositivos, para garantir segurança e, também, para oferecer uma plataforma de desenvolvimento que facilite a entrega de soluções para os mais diversos dispositivos móveis.

Mobilidade não é apenas garantir que um sistema ou outro funcione em um smartphone. É fundamental garantir escalabilidade, garantia de funcionamento mesmo com as mais diversas bandas de internet disponíveis, integração com outros sistemas corporativos e, principalmente, muita segurança.

Social

Social é um dos pilares estratégicos da IBM, junto com os CAMS. Desnecessário dizer todo o esforço e investimento que vem sendo feito pela empresa, nos últimos anos, nesta área. A solução de Social Business oferecida pela IBM é, hoje, líder de mercado no mundo corporativo. Grandes corporações implementaram projetos de Social Business com as tecnologias da IBM, como o Connections, e hoje já colhem os resultados de uma maior colaboração entre seus funcionários. Maior agilidade, comprometimento, troca de informações e inovação são alguns dos benefícios oferecidos.

Para entrar no mundo corporativo, investimentos foram feitos nas áreas de segurança, integração, escalabilidade e mobilidade. Toda a solução oferecida pela IBM hoje pode ser consumida diretamente nas instalações do cliente, atraves da nuvem ou em um ambiente híbrido. O cliente escolhe.

CAMS

Concluindo, CAMS é muito mais do que um produto ou uma solução. Trata-se de uma "visão estratégica", desenvolvida com base em pesquisas de mercado e com a parceria dos clientes e parceiros da IBM em todo o mundo. É uma visão de uma nova fronteira sendo descoberta a cada dia e que tem o poder de transformar o mundo corporativo como o conhecemos. Faz pouco tempo não conseguiamos imaginar como alguem, algum dia, trabalhou sem o uso de um telefone. Em poucos anos, será difícil imaginar como trabalhavamos sem Cloud, Analytics, Mobile e Social.

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