Imagine a seguinte conversa:
- Bom dia, Sr. Ted. Recebemos um contato seu e gostariamos de verificar de que forma podemos atendê-lo.
- Obrigado pelo contato. Estou com meu estoque de leite próximo ao limite mínimo.
- Entendo. Gostaria de fazer um pedido?
- Sim. Gostaria de solicitar a compra de 6 litros de leite integral.
- Perfeitamente. Seu pedido já está registrado e o preço final, com impostos, é de R$ 28,00. A entrega será feita em 12 horas. O código de rastreamento para seu pedido é 89634529. Algo mais que possa oferecer hoje?
- No momento não. Muito obrigado.
Esta é uma conversa absolutamente natural, que ocorre milhares de vezes a cada dia, em todo o mundo. O detalhe é que esta, em especial, representa a comunicação entre uma Geladeira, chamada de Ted, e o atendente virtual da empresa fornecedora de leite. As previsões mais otimistas indicam que este tipo de comunicação, que já está acontecendo, vai crescer enormemente nos próximos meses e, em pouco tempo, será tão natural que nem acharemos estranho uma geladeira ter o nome de Ted.
A Internet das Coisas (Internet of Things, IoT) representa a nova fronteira a ser explorada e promete ter um enorme impacto não somente para as empresas, mas para cada um de nós. A promessa é grande e aponta para um futuro próximo em que nos questionaremos profundamente sobre "como podiamos viver sem toda essa comunicação?". Para que se tenha uma idéia, recentemente li um artigo e infográfico preparado pela Best Computer Science Degrees, (uma instituição que tem como finalidade aconselhar interessados em cursar algo na área de Ciência da Computação) no qual afirmam que, em 2015, teremos simplesmente 25 bilhões de dispositivos e equipamentos conectados a Internet e se comunicando entre si.
A idéia é simples. Hoje temos nossos computadores conectados a Internet e cada um deles recebe um endereço IP durante suas conexões (não vou entrar aqui no mérito de IP estático ou dinâmico, apesar deste conceito ter um impacto grande no tema). Indo além de nossos computadores, o conceito é que cada dispositivo, como o rádio de nossos carros, a geladeira (tanto o Ted quanto outras), a televisão em nossa sala de estar ou o ar condicionado de nossa sala, cada um deles estará conectado à Internet. E oferecerão serviços e recursos ainda pouco explorados. O exemplo da manutenção automática de estoque é um deles, assim como a climatização da sua residência, na hora e na temperatura que te agrada, uma seleção especial de músicas em seu carro, etc. Tudo isso aconteceria de forma integrada. Exemplo: seu carro poderia enviar um sinal para o sistema de ar condicionado de sua casa quando você estiver a 10 minutos do seu destino. Seu despertador poderia enviar um sinal para sua cafeteira preparar um café no horário selecionado. E muitos outros que nem conseguimos vislumbrar ainda mas que, muito em breve, farão parte integrante de nossas vidas.
O mercado é grande. Em 2012 estima-se que o faturamento bruto do segmento, ainda em sua fase inicial, foi de US$ 4,8 trilhões. Todo este novo mundo vai gerar ainda mais informações que, de alguma forma, precisarão ser trabalhadas, reforçando os conceitos de Mobilidade, BigData e de Analytics. Estamos próximos de assistir a uma grande transformação em nossas vidas, nos próximos anos.
Vejam o infográfico preparado por eles:
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