Contratar o profissional errado sai caro. Todos sabemos disso. Incorremos em inúmeras despesas previstas em lei com o desligamento do funcionário. Isso sem falar no custo do processo de contratação e, claro, no tempo perdido. Quer saber quanto custa? 19,8 bilhões de dólares. Esse é o resultado de um estudo feito pela PWC e pelo LinkedIn em empresas de 11 países, como Holanda, Reino Unido, Canadá, Singapura, Estados Unidos, Austrália, França, Alemanha, Índia, China e Brasil.
O projeto se baseou em interações de 277 milhões de usuários do LinkedIn e informações de 2.600 clientes da PWC. Foi feito um cruzamento destas informações considerando que "funcionários demitidos com menos de um ano de emprego representam potencialmente um erro no processo de contratação". Afinal, se o processo foi bem feito, é esperado que ele fique por mais tempo no seu emprego.
Existe uma discussão no mercado com relação a permanência de funcionários por um tempo maior do que um ou dois anos no emprego, principalmente com relação às gerações mais novas, sua individualidade, independência e sua pouca estabilidade em empregos. No entanto, definitivamente não é razoável esperar que um novo funcionário fique menos de um ano em um novo cargo. Independente de quem inicia o processo de desligamento, se o funcionário ou o empregador, isso realmente não é razoável.
Processos de seleção bem executados vão muito além de uma simples análise de um Currículo Vitae e de entrevistas. Atualmente, a quantidade de informações disponíveis nas redes sociais é um fator determinante para uma boa análise de um candidato. Empresas de todos os portes e indústrias tem usado cada vez mais estas informações públicas em seus processos de busca de talentos. E elas são publicadas pelos próprios candidatos, além de seus colegas de trabalho.
É certo que, para um profissional atingir um nível de desenvolvimento pleno em uma nova posição, demanda tempo para se instalar e começar a produzir, também conhecido como onboarding. Este processo toma tempo. Empresas tem investido em facilitar este processo que vai além de simplesmente seguir um check-list. É importante entender que, além dos ítens mais comuns como obter um ramal, fornecer uma estação de trabalho ou uma linha de telefone celular, também precisamos cuidar da adaptação cultural. Agindo desta forma, vamos agilizar o processo e fazer com que o novo funcionário comece a produzir mais cedo. E, para garantir que o processo aconteça da forma que desejamos, existem metodologias e serviços que podem ser contratados para isso. Um exemplo é o IBM Onboarding.
Para exemplificar, a IBM, apenas no último ano, contatou mais de um milhão de candidatos em todo o mundo. E, com a análise das redes sociais e algumas mudanças em processos de RH, o custo de contratação caiu aproximadamente 40%. Há poucos anos, cerca de 4 em cada 10 processos de recrutamento necessitavam do suporte de um headhunter. Atualmente, esta demanda caiu para 10%. Outras empresas, como Natura e Nextel também tem utilizado cada vez mais as midias sociais nos seus processos de contratação.
Resumindo, contratar o candidato correto é um processo crítico que demanda enorme atenção e metodologia. O preço a ser pago por uma contratação equivocada é muito grande. Os tempos são outros e é preciso ir além de uma simples análise de CV e de uma ou mais entrevistas. O uso das informações publicadas nas redes sociais ao mesmo tempo em que se implementam modificações em processos de RH pode auxiliar os gestores na busca pelo profissional correto.
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