Participei, recentemente, de um painel sobre Social Business na Rio Info, o maior evento da área de Tecnologia da Informação no Rio de Janeiro. Entre os painelistas, um jornalista português convidado, meio fora do contexto, teimava em questionar alguns pontos colocados pelos outros membros da mesa. Em sua visão, a entrada de Redes Sociais nas empresas teria um impacto negativo nos índices de produtividade. Saí do evento um pouco incomodado com tão sólida afirmação, apesar de não suportada por dados mais concretos. Fiquei com a impressão que o dito jornalista estava analisando somente o uso indiscriminado de redes sociais abertas nas empresas, sem ligação com seu negócio principal. Nitidamente ele levou em consideração na sua análise aquele funcionário que fica navegando no Facebook o dia todo em vez de executar o que é esperado dele.
Nos dias seguintes procurei me aprofundar um pouco mais detalhadamente sobre o impacto de novas tecnologias na produtividade das empresas. Em especial, analisei o trabalho de Manuel Castells, mundialmente conceituado estudioso espanhol e autor de diversos livros sobre o tema. Em seu livro, A "Sociedade em Rede", um dos temas que ele explora são os principais impactos da entrada de novas tecnologias nas empresas, elaborando uma cuidadosa análise em diversos países, desde o final do século XIX até o final do século XX. A conclusão é que, nos momentos iniciais, quando a nova tecnologia ainda não está amplamente difundida, provoca pouco impacto na produtividade, e que, depois de um tempo passa a colaborar para um aumento nas taxas de produtividade e não para sua redução. Totalmente em linha com os argumentos empíricos utilizados pelos demais painelistas.
No início desta semana, em uma entrevista em um evento nos EUA, Blair Klein, a executiva da "AT&T" responsável pela área de "Emerging Communications" disse claramente que a adoção de recursos de Social Business traz, sim, benefícios financeiros para a empresa (1). E que estes benefícios, no caso de uma estimativa da "AT&T", seriam de aproximadamente US$ 80 milhões de dólares em um período de 5 anos. E, detalhe, este retorno de investimento estaria associado a apenas um componente de uma RSC, o "Perfil dos Membros" (que, conforme já falamos anteriormente, é o núcleo de qualquer RSC). Ao manter seus perfis atualizados com informações relacionadas com sua formação e experiência, os profissionais da "AT&T" tornam viável a busca por especialistas.
Nos dias seguintes procurei me aprofundar um pouco mais detalhadamente sobre o impacto de novas tecnologias na produtividade das empresas. Em especial, analisei o trabalho de Manuel Castells, mundialmente conceituado estudioso espanhol e autor de diversos livros sobre o tema. Em seu livro, A "Sociedade em Rede", um dos temas que ele explora são os principais impactos da entrada de novas tecnologias nas empresas, elaborando uma cuidadosa análise em diversos países, desde o final do século XIX até o final do século XX. A conclusão é que, nos momentos iniciais, quando a nova tecnologia ainda não está amplamente difundida, provoca pouco impacto na produtividade, e que, depois de um tempo passa a colaborar para um aumento nas taxas de produtividade e não para sua redução. Totalmente em linha com os argumentos empíricos utilizados pelos demais painelistas.
No início desta semana, em uma entrevista em um evento nos EUA, Blair Klein, a executiva da "AT&T" responsável pela área de "Emerging Communications" disse claramente que a adoção de recursos de Social Business traz, sim, benefícios financeiros para a empresa (1). E que estes benefícios, no caso de uma estimativa da "AT&T", seriam de aproximadamente US$ 80 milhões de dólares em um período de 5 anos. E, detalhe, este retorno de investimento estaria associado a apenas um componente de uma RSC, o "Perfil dos Membros" (que, conforme já falamos anteriormente, é o núcleo de qualquer RSC). Ao manter seus perfis atualizados com informações relacionadas com sua formação e experiência, os profissionais da "AT&T" tornam viável a busca por especialistas.
Ainda segundo Blair Klein, atualmente a grande maioria dos executivos de empresas norte-americanas está com o tema Social Business "no radar". No entanto, existe uma grande distância entre ter um projeto "no radar" e estar efetivamente liderando a implementação de uma RSC. Em sua avaliação, muitos altos executivos ainda não tratam abertamente do assunto por temerem aparentar desconhecimento sobre o tema e virarem motivo de chacota na empresa. Sua dica para estes casos é criar guias, manuais de uso com dicas para comportar-se em RSCs. Outra alternativa é o que ele chama de "reverse mentoring", onde gerentes intermediários fazem coach em executivos. Cabe a estes gerentes intermediários "pegar um executivo pela mão" e conduzí-lo pelo processo de uso de uma RSC. Além disso, a "AT&T" procura auxiliar seus líderes a engajar mais e mais seus funcionários no uso da rede (2), com outras técnicas.
A "AT&T", com tecnologia IBM (Connections e Portal), implementou nos últimos anos uma série de recursos de Social Business e Colaboração em sua Intranet, a tSpace, e uma área para brainstorming, a tStorm. Para a empresa, é absolutamente claro que houve uma mudança cultural no ambiente corporativo, nos últimos dez anos. Ainda na década de noventa, "conhecimento é poder" era uma expressão largamente aceita. Atualmente, a "AT&T" considera "compartilhar é poder" a nova verdade. Definitivamente temos um novo equilíbrio. E os benefícios, além do retorno estimado de US$ 80 milhões, no caso da "AT&T", alcançam todas as áreas de uma empresa.
E você, já compartilhou conhecimento hoje?
(1) http://www.ragan.com/Main/Articles/44121.aspx
(2) http://www.forbes.com/sites/rawnshah/2011/02/08/att-helps-internal-leaders-engage-their-employees-through-social-brainstorming/
Nenhum comentário:
Postar um comentário