Todos sabemos sobre as restrições impostas na China ao uso da Internet. Está na mídia, nas redes sociais, em qualquer lugar encontramos notícias sobre a censura vigente neste país. O caso da Google, que briga com o governo Chinês desde 2010, é um bom exemplo. Para continuar "operando" no mercado da China continental, a Google mudou o escritório de seu site de buscas para Hong Kong. De lá para cá, vem perdendo espaço no mercado local.
Mas existe vida dentro das muralhas da China, ou, poderiamos dizer, existe internet, existem Redes Sociais. Eles não tem acesso ao Facebook, mas tem o "renren", também não podem escrever post no Twitter, mas podem no Weibo, não tem o Google, tem o Baidu, e por aí vai.
Michael Anti (também conhecido como Jing Zhao) é jornalista e blogueiro há vários anos. Apesar da censura chinesa, ele escreve sobre a situação do país e sobre a relação de empresas multinacionais com a China. Ele ficou famoso quando a Microsoft simplesmente deletou seu blog no Windows Live Spaces, no final de 2005.
Recentemente, fez uma apresentação no TED em que falou sobre a situação da Internet e das Redes Sociais na China. É uma fotografia bastante impressionante do que está acontecendo por trás da Grande Muralha. A censura existe e regula tudo o que pode ser escrito nas redes sociais. Nomes e palavras especiais não podem ser utilizadas.
No entanto, existem fatos inusitados. O primeiro, a forma como a política foi implementada. Muito me lembrou nossa reserva de mercado. Empresas estrangeiras não podem prestar alguns serviços no país, a não ser que aceitem as regras locais (novamente, vide exemplo da Google). O segundo fato curioso é a forma com que o governo executa a censura. Segundo Michael Anti, em determinados momentos, quando é do interesse do governo, ele libera o uso de alguns recursos restritos. Normalmente, quando em disputas entre o governo central e os regionais, numa versão 2.0 do governo de Mao Tse-tung.
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