Ontem, primeiro de Agosto, recebemos aqui no Rio de Janeiro, para um encontro interno, Ginni Rometty, Presidente e CEO da IBM. Carismática e incisiva, ela assumiu a posição em janeiro deste ano e é a primeira mulher na história da IBM a ser nomeada para o cargo. Antes disso, ela foi incluida na lista publicada pela Fortune das "50 Most Powerful Women in Business" por sete anos consecutivos, aparecendo em sétimo lugar no ano passado. Ginni Rometty é uma líder nata e compartilhou conosco sua visão da IBM, do mercado global e, principalmente, da oportunidade de crescimento que temos nos próximos anos. Dentre os principais temas discutidos por ela estavam Smarter Cities, Cloud, Analytics e Social Business.
A expressão "walk the talk" é antiga conhecida e indica uma pessoa cujas ações estão de acordo com o que ela fala. Ginni Rometty é um exemplo vivo. Logo em seu primeiro dia como CEO da IBM ela usou nossa Rede Social Interna para comunicar-se com os mais de 400 mil funcionários da IBM em todo o mundo. Criou um blog onde compartilha suas visões e opiniões e, principalmente, onde busca feedback. Seu discurso foi consistente com as ações que estão sendo desenvolvidas internamente na linha de Social Business.
Ao final da apresentação, peguntei a ela qual foi (ou qual está sendo) seu maior desafio com relação ao uso de uma Rede Social Corporativa. Sua resposta foi direto ao ponto: "educação" ("educate, educate, educate").
Existe muita confusão no mercado com relação ao valor de uma RSC. Muitos, ao falar sobre o tema, o associam diretamente com as redes sociais abertas como o Facebook. E isso cria uma situação complexa pois para cada um dos dois casos as motivações são distintas. No caso do FB, por exemplo, a principal motivação é compartilhar fatos da vida, fazer contato com antigos e atuais "amigos", mostrar fotos e vídeos divertidos, e por aí vai. Já em uma RSC, a motivação é bastante diferente, sendo muito mais orientada a Colaboração, Gestão de Conhecimento e Inovação, por exemplo.
Ela deixou claro que seu maior desafio foi o de fazer com que algumas pessoas entendessem essa diferença de "motivação". Para ser sincero, em alguns momentos eu me questiono se usar a expressão Rede Social Corporativa se aplica de fato a tudo aquilo que grandes empresas como 3M, Bosch, TD Bank, Basf, Sun Life, Cemex, Sogeti, Rheinmetall AG, Children's Medical Center e muitas outras estão fazendo com o IBM Connections. Social Business é um termo que representa com mais propriedade pois conecta os conceitos de Social e de Business.
Resumindo, Ginni Rometty deixou uma mensagem clara. "Estamos entrando em uma nova era da Tecnologia da Informação" onde agilidade, transparência e colaboração farão toda a diferença. Utilizar adequadamente tecnologia, respeitando aspectos culturais e integrando com a arquitetura já em uso será um elemento chave e um diferenciador entre o fracasso e o sucesso de qualquer estratégia corporativa.
Muito interessante e apropriada esta visão de usar "social business" no lugar de "redes sociais". Assim fica mais clara a proposta de promover o compartilhamento de informações e, sobretudo, visões para alavancar inovações para os processos de negócio.
ResponderExcluirNo entanto, um ponto crucial, a meu ver, é como criar um ambiente descontraído e não hierarquico para que ocorra o fluxo caortico de informações, facilitador de ambientes inovadores e mobilizadores?
Obrigado pelo comentário, Bernadette!
ResponderExcluirConcordo com sua visão. É fundamental que o ambiente seja realmente descontraído. Se for "rígido" não vai permitir o "fluxo caótico" de informações possa ocorrer e, consequentemente, não vai trazer os benefícios prometidos pelo ambiente de Social Business.
Neste aspecto, é fundamental que as tecnologias utilizadas incorporem os recursos de Redes Sociais que tanto ajudam na geração e proliferação de idéias e que, ao final do dia, trazem benefício de negócio para uma empresa.
Enfim, temos uma longa estrada pela frente e grandes desafios!