A educação é um dos principais pilares do crescimento de uma nação. Um país sem educação vai, seguramente, enfrentar problemas sérios para crescer. Muito provavelmente, vai ter que fundamentar seu desenvolvimento em atividades com menor valor agregado. Um país com uma população jovem e com boa formação acadêmica tem nas mãos uma riqueza enorme, um grande potencial para ter uma produção de alto nível, de valor diferenciado.
Nosso país vem brigando com a questão da educação há décadas. Apesar dos esforços dos governos em todas as suas esferas, ainda somos um país de analfabetos. Para se ter uma idéia, nos últimos 10 anos 35 milhões de crianças cursaram o ensino elementar. Destes, somente 9 milhões cursaram o nível médio. Ou seja, cerca de 20 milhões de "estudantes" simplesmente abandonaram os estudos. Ao mesmo tempo, programas assistencialistas do governo, como o Bolsa Família, vem aumentando seu contingente, já passando dos 10 milhões de "beneficiados".
(No parágrafo anterior usei aspas duas vezes. A primeira, para designar os 20 milhões de estudantes que simplesmente abandonaram o sistema educacional. Será que eles são mesmo estudantes??? A segunda, para designar aqueles que são auxiliados pelo Bolsa Família... será que são mesmo beneficiados com alguma coisa??? Participar de um programa destes, onde até animais estão cadastrados, não é benefício algum, muito pelo contrário, joga contra o desenvolvimento educacional e o crescimento destas pessoas... enfim, vamos voltar à proposta original deste post...).
Passamos por uma fase crítica com relação ao Sistema Educacional Brasileiro. Discussões como "sistema de quotas", "merenda escolar", "aprovação automática" e "Provão" estão entre os principais debates dos profissionais e interresados na área. Acredito que é fundamental inserir nesta discussão alguns pontos críticos, diretamente relacionados aos professores, este componente do sistema educacional que pode fazer toda a diferença entre uma boa formação ou um desastre completo.
Número 1 - Formação dos professores
Estudos do próprio Ministério da Educação mostram que a maioria deles ainda é despreparada. Nos dias de hoje, ter "licenciatura" perdeu muito seu valor e não é garantia de qualidade. É preciso abordar a formação dos professores de forma clara e direta. Os professores do ensino fundamental, por exemplo, fazem diferença enorme na motivação dos alunos. Quem sabe se boa parte daqueles 20 milhões de "desertores estudantis" não poderia permanecer na escola, se tivessem professores motivados e, principalmente, motivadores?
Claro que a família e outros fatores tiveram impacto neste abandono em massa das salas de aula... não estou ignorando este e outros fatores. Apenas acredito que professores são fundamentais neste processo e que professores não motivados não conseguem motivar os alunos.
Número 2 - Salário dos professores
O piso nacional dos professores está em R$ 950,00. Existe uma proposta para reajustar este valor para R$ 1.132,40 que, no entanto, está sendo duramente questionada o STF por 5 estados brasileiros e ainda enfrente forte resistência de diversos municípios. O piso corresponde, grosso modo, a dois salários mínimos. Considerando que o porteiro do meu prédio ganha, incluindo horas extras, cerca de 900 reais, tem formação bem diferente e compromissos bem mais simples, fica a pergunta... pra que investir tanto tempo se preparando para ser um professor para ganhar o piso trabalhando 40 horas semanais?
Não raro encontramos professores que trabalham em diversas instituições e fazendo bicos de professor particular para reforçar o "cascalho". Fica difícil motivar alguem com esse salário...
Número 3 - Condições das Escolas
A maioria das nossas escolas é dificitária em diversos aspectos. Desde infraestrutura de sala de aula como cadeiras e quadro negro, até falta de material escolar como livros, papel e giz. A coisa tá feia na maioria das escolas e, pra dar aula numa delas tem que ser herói...
Concluindo...
O problema do nossos sistema educacional é multidimensional. e uma de suas principais é o Professor. Incentivá-lo, dando melhor formação, melhor salário e melhores condições de trabalho pode ser um bom começo.
Importante frisar que não estamos sozinhos com relação a estes problemas. O sistema educacional em muitos países também tem problemas sérios. Faz poucas semanas o presidente norte-americano Barack Obama fez um pronunciamento muito forte com relação ao sistema educacional americano e anunciou inúmeras mudanças... Claro que todas elas ainda tem que passar por aprovação do senado, congresso, estados, etc...
Enfim, deve ser difícil viver num país assim...
Nosso país vem brigando com a questão da educação há décadas. Apesar dos esforços dos governos em todas as suas esferas, ainda somos um país de analfabetos. Para se ter uma idéia, nos últimos 10 anos 35 milhões de crianças cursaram o ensino elementar. Destes, somente 9 milhões cursaram o nível médio. Ou seja, cerca de 20 milhões de "estudantes" simplesmente abandonaram os estudos. Ao mesmo tempo, programas assistencialistas do governo, como o Bolsa Família, vem aumentando seu contingente, já passando dos 10 milhões de "beneficiados".
(No parágrafo anterior usei aspas duas vezes. A primeira, para designar os 20 milhões de estudantes que simplesmente abandonaram o sistema educacional. Será que eles são mesmo estudantes??? A segunda, para designar aqueles que são auxiliados pelo Bolsa Família... será que são mesmo beneficiados com alguma coisa??? Participar de um programa destes, onde até animais estão cadastrados, não é benefício algum, muito pelo contrário, joga contra o desenvolvimento educacional e o crescimento destas pessoas... enfim, vamos voltar à proposta original deste post...).
Passamos por uma fase crítica com relação ao Sistema Educacional Brasileiro. Discussões como "sistema de quotas", "merenda escolar", "aprovação automática" e "Provão" estão entre os principais debates dos profissionais e interresados na área. Acredito que é fundamental inserir nesta discussão alguns pontos críticos, diretamente relacionados aos professores, este componente do sistema educacional que pode fazer toda a diferença entre uma boa formação ou um desastre completo.
Número 1 - Formação dos professores
Estudos do próprio Ministério da Educação mostram que a maioria deles ainda é despreparada. Nos dias de hoje, ter "licenciatura" perdeu muito seu valor e não é garantia de qualidade. É preciso abordar a formação dos professores de forma clara e direta. Os professores do ensino fundamental, por exemplo, fazem diferença enorme na motivação dos alunos. Quem sabe se boa parte daqueles 20 milhões de "desertores estudantis" não poderia permanecer na escola, se tivessem professores motivados e, principalmente, motivadores?
Claro que a família e outros fatores tiveram impacto neste abandono em massa das salas de aula... não estou ignorando este e outros fatores. Apenas acredito que professores são fundamentais neste processo e que professores não motivados não conseguem motivar os alunos.
Número 2 - Salário dos professores
O piso nacional dos professores está em R$ 950,00. Existe uma proposta para reajustar este valor para R$ 1.132,40 que, no entanto, está sendo duramente questionada o STF por 5 estados brasileiros e ainda enfrente forte resistência de diversos municípios. O piso corresponde, grosso modo, a dois salários mínimos. Considerando que o porteiro do meu prédio ganha, incluindo horas extras, cerca de 900 reais, tem formação bem diferente e compromissos bem mais simples, fica a pergunta... pra que investir tanto tempo se preparando para ser um professor para ganhar o piso trabalhando 40 horas semanais?
Não raro encontramos professores que trabalham em diversas instituições e fazendo bicos de professor particular para reforçar o "cascalho". Fica difícil motivar alguem com esse salário...
Número 3 - Condições das Escolas
A maioria das nossas escolas é dificitária em diversos aspectos. Desde infraestrutura de sala de aula como cadeiras e quadro negro, até falta de material escolar como livros, papel e giz. A coisa tá feia na maioria das escolas e, pra dar aula numa delas tem que ser herói...
Concluindo...
O problema do nossos sistema educacional é multidimensional. e uma de suas principais é o Professor. Incentivá-lo, dando melhor formação, melhor salário e melhores condições de trabalho pode ser um bom começo.
Importante frisar que não estamos sozinhos com relação a estes problemas. O sistema educacional em muitos países também tem problemas sérios. Faz poucas semanas o presidente norte-americano Barack Obama fez um pronunciamento muito forte com relação ao sistema educacional americano e anunciou inúmeras mudanças... Claro que todas elas ainda tem que passar por aprovação do senado, congresso, estados, etc...
Enfim, deve ser difícil viver num país assim...