Rock and Roll, Hippies, amor livre, as revoltas da juventude em 68, Woodstock, contracultura, idealismo... todos estes "eventos" nos remetem aos anos 60... Kennedy, Marylin Monroe, Cuba e Bahia dos Porcos, Guerra Fria... estes também...
Em minha "romântica" visão dos anos 60, Kennedy era um presidente jovem, carismático, com uma família feliz e que vivia em um mundo "quase perfeito"... Marylin era uma atriz de enorme sucesso, com fama internacional e que também vivia feliz... será?
Talvez não... aliás, acho que nunca estive tão longe da realidade. Acabei de ler "Marylin e JFK", escrito por François Forestier (1) e lançado pela Editora Objetiva. Trata-se de um interessante relato de uma época em que absolutamente ninguem era santo...
JFK vem de uma tradicional família católica irlandesa que fez fortuna com o contrabando de bebidas alcoólicas, durante a lei seca (1919 a 1933). Além disso, era um "Don Juan" no melhor sentido da palavra, recebendo mulheres de todos os tipos livremente dentro da Casa Branca... muitas vezes ele despachava sua esposa para a fazenda dos Kennedy para ficar mais a vontade... em outras ocasiões, mandava ver com ela em casa mesmo. E com o devido registro no livro de visitantes da Casa Branca!
Marylin era uma cortesã de primeira grandeza... mulher fácil, sem escrúpulos, que aos seus 30 anos tinha colecionado dezenas de amantes, internações em clínicas de reabilitação e abortos... já tinha feito incríveis 13 abortos! Era conhecida por ser especialista em determinadas "artes", tendo sido filmada em uma de suas performances. O vídeo foi recentemente adquirido por um "colecionador" por US$ 1.5 Milhão (2). Além disso, tinha uma paranóia impressionante de ser a primeira-dama...
Os momentos íntimos de JFK e Marylin foram devidamente gravados em áudio. As ligações telefônicas entre eles e seus amantes, devidamente registradas. Cúmplices aos montes, dentro da Casa Branca e na própria família Kennedy, protegiam o "status quo", enviando Jackie para Glen Ora, a fazenda dos Kennedy em Virginia... assim a mantinham afastada para que o presidente "queridinho da américa" satisfizesse seus desejos.
E isso é somente a "ponta do iceberg". Por trás de tudo isso, um mundo promíscuo envolvendo artistas (uma lista incrível liderada por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr e outros mais), políticos (Richard Nixon e outros companheiros senadores, deputados), investigadores da CIA, FBI, além de espiões Russos e Americanos... O incrível é que todos se espionavam mutuamente, gerando toneladas de gravações, transcrições e relatórios. Era uma verdadeira "teia" de espionagem, investigações e chantágens.
Em uma de suas últimas performances em público, Marylin canta Parabéns para Você no aniversário de Kennedy... (3). Absolutamente trágico... um presságio para o que viria pela frente... Em 5 de agosto de 1962 ela é encontada morta em sua residência. A versão oficial, overdose. Estranhamente, no entanto, para uma das pessoas mais "grampeadas" da década de sessenta, toda a documentação do FBI sobre a sua morte teve o mesmo destino que os registros da autópsia... simplesmente desapareceram... Queima de arquivo?
Longe de ser um livro imperdível ele é, seguramente, uma fotografia bem deprimente de uma época frequentemente lembrada de forma tão romântica... É claro que existem outras leituras da mesma época, muitas até mesmo românticas, idealizadas... mas, para mim, os "anos 60" ficaram manchados... pelo menos em minha, até então, inocente visão...
(1) http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/1735
(2) http://revistaonline.wordpress.com/2008/04/14/filme-com-marilyn-fazendo-sexo-oral-e-vendido-por-us-15-mi/
(3) http://www.youtube.com/watch?v=k4SLSlSmW74
Em minha "romântica" visão dos anos 60, Kennedy era um presidente jovem, carismático, com uma família feliz e que vivia em um mundo "quase perfeito"... Marylin era uma atriz de enorme sucesso, com fama internacional e que também vivia feliz... será?
Talvez não... aliás, acho que nunca estive tão longe da realidade. Acabei de ler "Marylin e JFK", escrito por François Forestier (1) e lançado pela Editora Objetiva. Trata-se de um interessante relato de uma época em que absolutamente ninguem era santo...
JFK vem de uma tradicional família católica irlandesa que fez fortuna com o contrabando de bebidas alcoólicas, durante a lei seca (1919 a 1933). Além disso, era um "Don Juan" no melhor sentido da palavra, recebendo mulheres de todos os tipos livremente dentro da Casa Branca... muitas vezes ele despachava sua esposa para a fazenda dos Kennedy para ficar mais a vontade... em outras ocasiões, mandava ver com ela em casa mesmo. E com o devido registro no livro de visitantes da Casa Branca!
Marylin era uma cortesã de primeira grandeza... mulher fácil, sem escrúpulos, que aos seus 30 anos tinha colecionado dezenas de amantes, internações em clínicas de reabilitação e abortos... já tinha feito incríveis 13 abortos! Era conhecida por ser especialista em determinadas "artes", tendo sido filmada em uma de suas performances. O vídeo foi recentemente adquirido por um "colecionador" por US$ 1.5 Milhão (2). Além disso, tinha uma paranóia impressionante de ser a primeira-dama...
Os momentos íntimos de JFK e Marylin foram devidamente gravados em áudio. As ligações telefônicas entre eles e seus amantes, devidamente registradas. Cúmplices aos montes, dentro da Casa Branca e na própria família Kennedy, protegiam o "status quo", enviando Jackie para Glen Ora, a fazenda dos Kennedy em Virginia... assim a mantinham afastada para que o presidente "queridinho da américa" satisfizesse seus desejos.
E isso é somente a "ponta do iceberg". Por trás de tudo isso, um mundo promíscuo envolvendo artistas (uma lista incrível liderada por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr e outros mais), políticos (Richard Nixon e outros companheiros senadores, deputados), investigadores da CIA, FBI, além de espiões Russos e Americanos... O incrível é que todos se espionavam mutuamente, gerando toneladas de gravações, transcrições e relatórios. Era uma verdadeira "teia" de espionagem, investigações e chantágens.
Em uma de suas últimas performances em público, Marylin canta Parabéns para Você no aniversário de Kennedy... (3). Absolutamente trágico... um presságio para o que viria pela frente... Em 5 de agosto de 1962 ela é encontada morta em sua residência. A versão oficial, overdose. Estranhamente, no entanto, para uma das pessoas mais "grampeadas" da década de sessenta, toda a documentação do FBI sobre a sua morte teve o mesmo destino que os registros da autópsia... simplesmente desapareceram... Queima de arquivo?
Longe de ser um livro imperdível ele é, seguramente, uma fotografia bem deprimente de uma época frequentemente lembrada de forma tão romântica... É claro que existem outras leituras da mesma época, muitas até mesmo românticas, idealizadas... mas, para mim, os "anos 60" ficaram manchados... pelo menos em minha, até então, inocente visão...
(1) http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/1735
(2) http://revistaonline.wordpress.com/2008/04/14/filme-com-marilyn-fazendo-sexo-oral-e-vendido-por-us-15-mi/
(3) http://www.youtube.com/watch?v=k4SLSlSmW74