sábado, 30 de julho de 2011

A Nova Constituição da Islândia, crowdsourced

Nos últimos anos a Islândia passou por momentos bem complicados... Primeiro, uma crise financeira levou o pais à falência, com a quebra e estatização de vários bancos. Logo depois, voltou às manchetes devido a fumaça de um de seus vulcões, que paralisou o tráfego aéreo na europa. Ficava a impressão que literalmente havia uma "nuvem preta" pairando sobre a ilha.

Agora eles voltam às manchetes, mas de uma forma positiva. Com uma Constituição antiga, de 1944, que na realidade foi copiada, e empurrados pela crise financeira recente, que originou uma crise governamental, o país decidiu escrever uma nova. A grande novidade é que abriu espaço para contribuição dos seus cidadãos, a partir de Redes Sociais públicas.


O trabalho começou no final do ano passado quando o país criou um Fórum Nacional para discutir o tema. Para escolher os 950 participantes do Fórum, foi feito um sorteio entre os eleitores do país. A primeira parte do trabalho foi analisar os princípios básicos da nova constituição, em um documento de 700 páginas. Um dos pontos mais fortes estava relacionado com a abertura e transparência e, por isso, no início deste ano, resolveram usar a Internet.

Durante 4 meses, o comitê criado para trabalhar no projeto, composto por 25 membros eleitos, recebeu cerca de 3.500 sugestões e comentários, abordando assuntos diversos como direitos humanos, eleições, uso de recursos naturais e política externa. As sugestões eram enviadas diretamente pelo Facebook, o Twitter ou no site da Constituinte (1). O documento foi criado de forma colaborativa e passou por 16 revisões. Toda a população pode acopanhar o processo pelo site do governo. A versão final deste projeto foi entregue sexta-feira passada, 29 de Julho, ao Parlamento e agora vai para sua análise. Pode, ainda, passar por um referendo antes de ser oficialmente publicada (2)

Trata-se de um exemplo fantástico de como as Redes Sociais podem (e devem) ser usadas para o bem comum. Um real exemplo de democracia. Claro que isso levanta outras questões... A Islândia é um país pequeno, com uma população pequena e ao mesmo tempo engajada politicamente. Além disso, 100% de sua população tem acesso à Internet e 80% dos adultos tem perfis no Facebook. Desta forma, abrir esta "porta" é efetivamente uma forma da população participar. Em outros países, como o Brasil, por exemplo, em que o acesso a Internet ainda é limitado, este modelo não garantiria, necessariamente, uma boa representatividade. No entanto, é uma mostra clara do que pode ser feito usando Redes Sociais públicas.

O mesmo modelo já vem sendo usado em diversas empresas. A IBM, por exemplo, usou um JAM em 2003 para redefinir, pela primeira vez em quase 100 anos de existência, seus valores. Dezenas de milhares de IBMistas de todo o mundo participaram, durante 72 horas, de uma sessão de colaboração para definir quais seriam os principais valores a representar a empresa.

Usar Redes Sociais para colaboração aberta é uma das mais fortes tendencias que se pode observar. Tanto em empresas quanto em governos, a idéia é abrir um canal fácil, seguro e até mesmo auditável, quando necessário. Seguramente ainda temos muito o que evoluir neste caminho, mas parace algo "sem volta". 

Mais um belo exemplo de Smarter Planet!

(1) http://www.stjornlagarad.is/english/
(2) http://abcnews.go.com/Technology/wireStory?id=13798721

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sua empresa tem uma política para o uso de Social Mídia?

Uma das principais discussões quanto ao uso de Social Media em empresas está relacionada com os riscos de seu uso indevido. Existe uma  percepção de que estas "ferramentas" podem impactar na produtividade ao serem utilizadas de forma inadequada. Além disso, ainda existe o perigo do vazamento de informações, postura inadequada, comentários não autorizados, etc.

Para tratar destes pontos, é fundamental que cada empresa tenha seu Código de Uso de Mídias Sociais e que o mesmo seja devidamente informado a cada funcinário. Cada um tem a responsabilidade de conhecer as regras e aplicá-las em seu dia-a-dia.

A IBM, por exemplo, tem seu próprio código, o IBM Social Computing Guidelines (1). Recomendo a leitura. O vídeo abaixo foi produzido para o Departamento de Justiça de Victoria, na Australia, e apresenta, de forma bem dinâmica e criativa, sua politica para o uso de Mídias Sociais.



(1) http://www.ibm.com/blogs/zz/en/guidelines.html

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Matemática das Cidades e das Empresas

Geoffrey West (1) é um físico teórico que dedicou grande parte de sua vida ao estudo de partículas fundamentais, suas interrelações e seus efeitos. Desenvolveu inúmeras teorias relacionadas com a escalabilidade dos organismos. Mais recentemente, aplicou os sofisticados modelos matemáticos que  desenvolveu para estudar os comportamentos de cidades e empresas. Atualmente é Distinguished Professor e ex-presidente do Santa Fé Institute.

Em recente apresentação no TED, ele aplica este modelo para entender como o crescimento das cidades tem impacto direto em aspectos positivos, como saúde, cultura e opções de lazer, e, ao mesmo tempo, em pontos negativos, como o aumento do número de crimes, violencia, etc. Mais ainda, ele mostra que todos estes elementos estão relacionados de alguma forma e discute até mesmo o fato de estarmos em uma enorme Rede Social.

Em tempos de discussões acaloradas sobre Smarter Cities e Redes Sociais, é um vídeo imperdível... Food for taught...



(1) http://www.santafe.edu/about/people/profile/Geoffrey%20West

segunda-feira, 25 de julho de 2011

IBM LotusLive, Serviços de colaboração na nuvem para sua empresa

Você pode ter seu correio eletrônico na nuvem, com segurança, disponibilidade, anti-spam, anti-virus e tudo o que se espera de uma solução corporativa. Mais do que isso, você pode contar ainda com serviços de colaboração online. Algo que só uma empresa pode oferecer, a IBM. E agora você pode contratar diretamente na Web, sem burocracia. Basta visitar o site da IBM (1) e escolher.

Ainda não conhece? Assista aos dois vídeos abaixo e entenda por que o LotusLive já tem mais de 40 milhões de usuários.





(1) http://www-304.ibm.com/shop/americas/content/home/store_IBMSoftwareBrazil/pt_BR/IBMLotusLive.html

sábado, 23 de julho de 2011

Social Business... O que está faltando na foto abaixo?

Essa vem diretamente do blog de Sandy Carter, Vice Presidente da área de Social Business e Colaboração da IBM (1). Vejam que foto interessante. E adivinhem o que está "faltando" nela?


Vamos lá, nome da empresa, ok! Telefone? Ops... Endereço? Ops... Onde estão todas aquelas informações absolutamente fundamentais sobre a empresa? Definitivamente estamos em um mundo em transformação. Você vai dizer..."ah, mas se o telefone dela estivesse alí eu poderia ligar imediatamente"... Verdade. Mas lembre-se que a quantidade de smartphones está aumentando de forma exponencial. Isso significa que qualquer um pode visitar o Facebook e obter as informações que quiser da empresa em questão.

Bom, parece fácil, né? Como sou curioso por natureza, entrei no FB e fiz uma pesquisa por "California Closets". Apareceram várias respostas... Não sei por que me lembrei dos tempos das "Páginas Amarelas".

E sua empresa, já tem página no Facebook? Usa o Twitter? Usa as "Páginas Amarelas"?

(1) http://socialmediasandy.wordpress.com/2011/07/21/social-business-do-you-see-anything-missing-socbiz-icsfsa/

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Minha Rede Social já está "instalada", e agora???


Pode parecer inscrível, mas nesta última semana ouvi a mesma pergunta de duas pessoas e, por isso, resolvi escrever algumas linhas... Me fez lembrar dos velhos tempos do "a:Install" e fiquei imaginando o que significaria "minha rede social já está instalada". Fica a impressão de que bastaria instalar um software em um servidor para que tudo estivesse pronto. Faz pouco sentido, muito pouco, mas não deixa de ser curioso que possa existir este tipo de percepção com relação a este tema.

Para piorar, existem alguns poucos fornecedores no mercado que "vendem" soluções de Redes Sociais como sendo algo que vem em uma caixa, pronto para usar. Um grande fornecedor, inclusive, comercializa a sua solução para gestão de documentos como se fora uma Rede Social, para compartilhar documentos, como se isso fosse tudo. 

Na prática, assistimos a estruturação deste segmento. Muitas transformações tem acontecido e de forma rápida, e o conceito de Social Business vai se moldando e consolidando aos poucos. No início do mês escrevi aqui sobre o que seria o Social Business (1). Volto ao assunto reforçando que na prática quando nos referimos a SB precisamos considerar 2 pilares: 
  1. Tecnologia
  2. Comportamento
Pilar 1: Tecnologia
No pilar de tecnologia temos que considerar inúmeros aspectos, como segurança, governança e integração. Uma solução de Redes Sociais precisa se integrar com seus sistemas legados. Você necessita estar seguro de que os padrões utilizados por ela sejam compatíveis com a arquitetura de sistemas de sua empresa. Caso contrário, os custos com integração podem ser altíssimos. Uma boa dica é procurar por soluções que suportam padrões abertos como Eclipse, por exemplo. Se isso não garante integração "completa" com os sistemas que você já possui, pelo menos já prepara o ambiente para um futuro mais aberto.

A questão de segurança é absolutamente vital. Dentro da Arquitetura de Sistemas de sua empresa, a solução de Redes Sociais deve se integrar e suportar os padrões de segurança já definidos. Caso contrário, ela pode vir a ser um potencial risco para informações corporativas.

Além disso, como vivemos em um mundo "regulamentado" é importante que a tecnologia utilizada suporte auditoria. Imagine, por exemplo, que você usa o Facebook para sua rede social corporativa (não, não estou sugerindo isso, é só para esse exercício!!!). E suponha que você trabalha em uma empresa que precisa guardar informações por determinados períodos de tempo. Como você pode ter acesso a informações que foram compartilhadas no Facebook depois de 2 meses, por exemplo? E depois de dois anos? É claro que você pode fazer um backup do FB, mas pensando em termos corporativos, será que isso atende a uma auditoria? Será que faz sentido?

Pilar 2: Comportamento

No lado do comportamento, é fundamental entender a "cultura" de sua empresa. Em alguns casos, é necessário estabelecer todo um "processo de negociação" para seguir com o processo. Exemplo... um cliente, empresa familiar, tem no momento 3 gerações na ativa. O fundador, que faz parte do Conselho, o filho do fundador, atualmente CEO da empresa, e o filho deste, que entrou recentemente atuando como gerente da área de vendas. São três cabeças que pensam de forma completamente diferente uma da outra. Isso de certa forma ajuda na condução da empresa, ao provocar debates sobre ser mais agressivo ou mais conservador, mas ao mesmo tempo coloca um desafio para adoção de novas tecnologias onde paradigmas precisam ser quebrados.

Outro ponto interessante está relacionado com o tratamento de informação confidencial. Em um caso recente, logo após a fase de implementação da primeira etapa de uma Rede Social Corporativa, devido ao aumento no compartilhamento de informações, foi necessário lembrar aos funcionários do tratamento diferenciado que deve ser dado para informações Classificadas (confidenciais ou de uso restrito). Quando o aviso foi dado houve uma redução significativa do uso da rede por receio de compartilhar informação de forma inadequada. O medo de punições afastou os usuários.

Concluindo...

Ou seja, considerar que a sua solução de "Rede Social" é algo simples pode ser um enorme risco para sua empresa. É fundamental que seja feito um planejamento muito criterioso e que o projeto seja gerenciado de forma bastante cuidadosa. 

Uma coisa é instalar um gerenciador de documentos em uma empresa. Outra, bem diferente, é instalar uma Rede Social Corporativa. Pense bem antes de dar seus primeiros passos!

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/07/afinal-o-que-e-social-business.html

segunda-feira, 11 de julho de 2011

#AskObama



Na semana passada mais um acontecimento marcou a história recente das Redes Sociais. O Presidente Barack Obama fez uma sessão especial na qual respondeu a perguntas que foram enviadas pelo Twitter (1). Interessados enviavam suas perguntas para #AskObama que as respondia "ao vivo". Foi a primeira vez em que o presidente de um país dedicou tempo para se comunicar utilizando o Twitter. Foram enviadas dezenas de milhares de questões e a sessão durou uma hora.

Nos últimos doze meses vimos as Redes Sociais derrubar governos e promover mudanças em vários países. O próprio Presidente Obama, durante sua campanha, usou enormemente a Internet e Redes Sociais. Vemos, nitidamente, que estas tecnologias estão assumindo um papel cada vez mais central em empresas e governos. E parece bastante claro que, bem usadas, podem ajudar muito em processos de gestão. Dentre os quase 100 mil Tweets, os temas mais abordados foram Empregos e Impostos (2).

Ao mesmo tempo, recentemente vimos um aumento significativo nos ataques de hackers, o que nos faz pensar na importância que medidas de segurança vão ter neste mundo cada vez mais na "cloud". E não estamos falando apenas de backup e de firewalls. É sempre importante lembrar que em governos e empresas é fundamental desenvolver programas de Governança e de Auditoria. São estas iniciativas, em conjunto com outras relacionadas com segurança básica, que vão garantir a confiabilidade destas plataformas.

O uso de Redes Sociais por governos e empresas está apenas em sua fase inicial. Outras áreas, como educação, saúde e economia ainda podem se beneficiar muito destas tecnologias.

E você, já "Tuitou" hoje?

(1) http://askobama.twitter.com/
(2) http://mashable.com/2011/07/06/askobama-twitter-stats/

quinta-feira, 7 de julho de 2011

The Pet's Universe - 500 mil visualizações em 6 meses

 

Hoje, 7 de Julho, o The Pet's Universe atingiu a expressiva marca de 500 mil visualizações de paginas! Em apenas 6 meses de vida, além de uma forte presença na mídia e de um crescimento constante no número de usuários, aprendemos muito. Foram meses de muito trabalho, de experiências, de muitos acertos e alguns poucos erros.

Os primeiros meses de uma Rede Social são um grande desafio. Aprendi que o tratamendo tem que ser equivalente ao dado a um bebê que está em uma incubadora, ou seja, atenção e cuidado total. É preciso tempo para que uma Rede atinja sua maturidade, para que rompa o limite do breakeven e que sobreviva e cresça naturalmente, de forma autônoma. Até lá, cabe aos administradores da Rede fomentar o seu uso através de campanhas, da mídia e de outros canais.

É fundamental que a Rede tenha Vamor agregado. Se os membros da Rede percebem valor eles voltam e trazem novos membros. Se eles não vêem valor algum, simplesmente vão embora. E isso não é uma tarefa fácil pois nem sempre é óbvio o que tem valor para os membros de uma rede. Para facilitar esta missão, faça o mais simples... pergunte! Use e abuse de pesquisas especialmente direcionadas aos seus membros para identificar o que efetivamente tem valor para eles. Perguntar é a melhor estratégia... não tente adivinhar nunca!

Outro ponto chave é proporcionar a cada membro uma atenção especial. Nestes 6 meses, sempre respondemos a cada simples mensagem, seja um pedido de suporte ou uma notinha de "bom dia". Os membros da Rede precisam sentir que eles efetivamente fazem parte de uma comunidade, que podem interagir com outros membros. Lembrem-se que não estamos falando de um site ou de um Portal e sim de uma Rede Social e, como tal, interações entre os membros são fundamentais.

É preciso divulgar sempre a Rede. Para isso, além da mídia tradicional, é preciso navegar muito bem nas Redes Sociais como Facebook, Twitter, LinkedIn e outras mais. Divulgar sempre, incentivar pessoas a visitar o site, a conhecer seu conteúdo, a fazer parte da Rede. Uma das primeiras conclusões a que chegamos foi com relação ao poder da Internet como mídia. Um post em um blog da Globo.com (1), por exemplo, trouxe um número expressivo de visitas ao site e de novos usuários. Na mídia tradicional, uma matéria espetacular de quase uma página inteira no Jornal O Globo e um post do CAT (2) deu uma visibilidade e credibilidade única a Rede.


Outra matéria importante, na revista de domingo do Jornal O Dia, de grande circulação no Rio de Janeiro.

A "Plano 1 Comunicação" (3) foi fundamental em nossa história. Em se tratando de assessoria de imprensa, deram um espetáculo e trouxeram inserções para o The Pet's Universe nas principais mídias do Rio de Janeiro, sejam impressas ou digitais. Trabalho de primeiro nível! Nossas primeiras e mais fortes parceiras, que acreditaram na proposta da rede desde seu primeiro dia.

Por último, um "capítulo avançado", que demanda um post só para ele, as Parcerias. Redes Sociais se agrupam em "clusters" de redes. Um dos grandes desafios foi saber o momento exato de buscar estas parcerias, o modelo correto. Parcerias tem que compartilhar afinidades, precisam ter similaridades. Da mesma forma que com o conteúdo da rede, é fundamental que as parcerias agreguem valor. estamos trilhando ete caminho agora, com muito cuidado para estarmos seguros de que é o caminho correto.

O sucesso de uma Rede Social, em última instância, depende de seus membros. Eles são o "motor" da rede. Atenção especial para cada um deles faz toda a diferença. Fica aqui o meu agradecimento a cada simples membro, amigo, familiar, colega de trabalho ou conhecido que, de alguma forma, participou da história do The Pet's Universe até o dia de hoje.

Vamos juntos atingir a marca de 1 milhão de visualizações!

(1) http://colunas.criativa.globo.com/bicharada/2011/02/23/menina-de-13-anos-cria-rede-social-para-pets/
(2) http://oglobo.globo.com/blogs/cat/posts/2011/03/09/rede-social-para-pets-367858.asp
(3) http://www.plano1comunicacao.com.br/

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Afinal, o que é Social Business?"

Um amigo dos velhos tempos me chamou hoje para tomar um café e me perguntou... "Flávio, afinal, o que é Social Business?". A pergunta me surpreendeu pois, trabalhando na área de Colaboração desde 1996, imaginei que a resposta seria óbvia para qualquer um. E, mesmo depois de anos de experiência na área, tendo participado de inúmeros eventos, ministrado palestras e aulas no Brasil e no exterior, e sabedor dos riscos associados com as "visões simplificadas" me peguei buscando uma explicação simples, algo fora do tradicional, algo que pudesse deixar claro o que, de fato, entende-se como "Social Business".

Entre um gole e outro de café, tentei dar minha visão sobre o tema. Vamos por partes...
  1. É fato que as relações na sociedade passaram, e ainda passam, por uma profunda transformação. A velocidade com que estas mudanças vem acontecendo se acelerou enormemente nos últimos 20 anos. A queda do Muro de Berlin foi um marco no processo de globalização da informação. Mais do que a derrubada de um muro físico, ela representa a eliminação das barreiras para o conhecimento.
  2. Desde então, estas transformações vem avançando rapidamente no mundo das "pessoas físicas". Nos últimos 10 anos, no entanto, muitas destas transformações começaram a acontecer dentro das empresas. As tradicionais barreiras de informação, os silos de conhecimento, vem sendo progressivamente derrubados. Encontrar especialistas e conhecimento, dentro de uma "empresa social" é muito mais fácil hoje.
  3. As novas gerações, acostumadas a compartilhar informações pessoais no Facebook, no Twitter e cia limitada, ao entrarem no mercado de trabalho, procuram por tecnologias semelhantes. Esta nova geração, chame-a de Geração X, Y, Z, Millenium ou qualquer outro nome que se queira dar, trabalha compartilhando informações. E as novas tecnologias "sociais" permitem exatamente que se compartilhe informações dentro de uma empresa, ou com seus fornecedores, parceiros e clientes.
  4. Imagine uma empresa que desenvolve produtos. Ao permitir que especialistas em diferentes locais possam colaborar na criação de um novo produto ela pode acelerar o tempo para que ele chegue ao mercado. A criação de uma comunidade para que estes especialistas possam compartilhar informações é chave neste processo. E tem um impacto direto em um processo crítico da empresa, o de criação e lançamento de um novo produto.
  5. No entanto, é importante entender que Social Business é muito mais do que "Colaboração". As tecnologias hoje disponíveis permitem que os processos da empresa fiquem mais dinâmicos, mais "sociais". É possível encontrar conhecimento e especialistas muito mais facilmente.
  6. Resumidamente, Social Business é a capacidade de uma empresa de Produzir conhecimento de forma colaborativa, de Gerir Conhecimento, de Compartilhar Informações, de Eliminar barreiras, de Acelerar processos, de se aproximar de seus clientes, fornecedores e parceiros, de inovar. E aí está a diferença fundamental entre uma Rede Social e um Social Business. Construir uma Rede Social ligando pessoas é fácil. O grande desafio é ligar esta Rede aos processos de sua empresa. É fazer com que a Rede Social contribua de forma clara e efetiva para atender aos pontos acima, por exemplo.
  7. Além de tudo isso, é fundamental entender que vivemos em um mundo em que "informação" deve ser adequadamente gerenciada e documentada. Um Social Business precisa ter condições de se adequar a regulamentações do governo ou de orgãos competentes. As tecnologias que suportam uma empresa social devem disponibilizar recursos para Governança e Auditorias.
Decididamente, outros "muros" ainda precisam ser derrubados, como em Cuba e na China. Muitas empresas ainda vêem com restrição o tema Social Business. Gosto de fazer uma analogia da entrada das tecnologias de Social Business em uma empresa com os primeiros tempos do Telefone. Naquela época, muito se questionou se a "nova tecnologia" não iria impactar de forma negativa a produtividade das empresas e fazer com que os funcionários ficassem horas ao telefone falando com amigos e parentes. Na prática o questionamento é similar hoje em dia. 

E a conclusão é simples... a tecnologia, por sí só, não vai provocar a transformação que é esperada. É preciso uma mudança de cultura, uma mudança comportamental. Social Business vai além de "tecnologia", invadindo outras "praias" como sociologia. Usar toda esta tecnologia de forma adequada, integrada com os processos da empresa, vai depender de um esforço individual e coletivo, vai depender de algo totalmente novo, a "liderança coletiva".

Mas o café já estava esfriando e era preciso encerrar o papo. Alguns links com material interessante sobre este tema estão relacionados abaixo. Recomendo ainda a leitura do post "Você me deixa doente", de 21 de junho, onde abordo a visão mais "Sociológica" das Redes Sociais.

1 - Harvard Business Review       - http://tinyurl.com/4463zrj
2 - IBM Software Blog                - http://tinyurl.com/3bxn2qg
3 -  Social Business Insights Blog - http://tinyurl.com/3ocqbdo

segunda-feira, 4 de julho de 2011

IDC diz que a IBM é a número 1 em Social Software para Corporações

Em um relatório publicado no dia 21 de junho, o IDC apontou a IBM como a líder mundial em software social para corporações (1 e 2). Trata-se de um mercado que movimentou, em 2010, aproximadamente US$ 500 Milhões e que deve chegar a US$ 2 Bilhões até 2014, com crescimento anual de dois dígitos. A notícia marca o segundo ano consecutivo em que a IBM é líder no segmento.

Cada vez mais as empresas vêem que pessoas - clientes, empregados, parceiros e fornecedores - desejam colaborar mais proximamente e que as novas tecnologias podem ajudar em muito.

A IBM investe no desenvolvimento de software social há uma década continuamente. Pode-se dizer que o conceito de Social Business Corporativo praticamente nasceu nos laboratórios da IBM. E também é possível afirmar que a empresa desenvolve internamente um dos maiores programas "beta" da indústria, ao utilizar intensivamente seu próprio software... somos 400 mil funcionários no mundo todo, em lugares distintos, com culturas diversas e fusos horários descasados. Nós fazemos uso de recursos como localização de especialistas, comunidades, desenvolvimento de projetos, gerência de atividades, comunicação integrada, diariamente.

Para que se tenha uma idéia, diariamente faço consultas e navego pela nossa Intranet. Através dela mantenho contato muito frequente com especialistas no exterior, como Gerentes de Produtos, que estão atuando diretamente no desenvolvimento de software. Além disso, também utilizo as tecnologias de Social Software para manter contato com clientes e parceiros em projetos específicos. Tudo isso de forma integrada e transparente. Uma das palestras que faço com maior frequência conta exatamente o "Case da IBM" em Redes Sociais Corporativas, algo realmente único, mas que já está sendo seguido de perto por clientes de nossas tecnologias.

O report do IDC somente confirma o que o mercado já sinalizava. Empresas de todos os portes, ao implementarem uma nova solução, tem demandas relacionadas com integração, segurança, compliance e governança. E a única solução hoje no mercado que atende de forma ampla a todos estes requisitos é a da IBM.

(1) http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/34855.wss
(2) http://www.idc.com/getdoc.jsp?containerId=228808