Você compraria um jornal para se "atualizar" sobre as notícias de ontem? Calma, pense bem antes de responder a esta aparentemente simples e inocente pergunta... pense novamente. Pronto... a resposta é, "sim". Na realidade, quase todos fazem exatamente isso ao ler um jornal diariamente.
Estranho pensar assim, mas essa é a realidade. Todos nós, ao lermos nossos jornais "do dia", estamos lendo notícias "de ontem". E isso é natural, ou pelo menos era... o ponto aqui é que desde que temos a Internet para acesso as últimas notícias, ler o jornal pela manhã passou a ser extremamente redundante. As notícias costumam ser as mesmas já publicadas no site do jornal desde o dia anterior.
No início do século XX ainda era comum termos jornais "matutinos" e, outros, "vespertinos". A idéia era incluir no vespertino as mais frescas notícias do dia, em primeira mão, não sendo necessário aguardar pelo dia seguinte para incluí-la no matutino... Com o tempo e a mudança no perfil dos leitores de jornais, hoje temos poucos jornais com o perfil "vespertino". O que ajudou a "matá-los"? Provavelmente a televisão e seus tele-jornais. Com o passar do tempo, com a disseminação da televisão e com o surgimento dos tele-jornais, criou-se um hábito de assistir ao jornal da noite. Este, por ser mais dinâmico do que o jornal impresso, acabou por reduzir a demanda pelos "vespertinos". Você leria um jornal ou prefere que o William Bonner e a Fátima Bernardes te contem as últimas notícias do dia?
Aparentemente estamos assistindo a um fenômeno semelhante. No entanto, a vítima da vez é o matutino e seu algoz, além da televisão e seus canais dedicados 24hs a notícias, é a Internet. O processo ainda está em seu estágio inicial mas muitas pessoas já se atualizam online, diretamente nas páginas Web dos principais jornais, praticamente em tempo real... Quando recebem o jornal no dia seguinte já leram muitas das notícias publicadas.
Além disso, a indústria do "jornal impresso" ainda sofre um outro golpe bem forte. O processo de imprimir, tanto a parte da gráfica quanto o jornal em si, é muito pouco "green". Gasta-se muita energia e, principalmente, muita tinta e papel... Você já parou para pensar quantas páginas absolutamente inúteis vem no jornal aos domingos??? Quantas árvores são derrubadas??? Claro, atualmente boa parte da matéria prima vem de árvores plantadas especificamente para esta finalidade, não são derrubadas matas virgens (pelo menos, assim espeto) mas, ainda assim o processo como um todo deixa a desejar...
O fato é que, neste cenário, a circulação dos principais jornais no Brasil e no mundo tem caído (1) e, apesar de alguns atribuirem a queda à crise (2), o grande desafio do jornal impresso e descobrir novas formas de atrair e manter público. Alguns tem optado por concursos, coleções e/ou benefícios adicionais. O mercado está mudando. A maioria dos jornais já sente uma redução na demanda por edições impressas, principalmente aqueles voltados para as classes mais abastadas, que tipicamente possuem acesso a Internet. Nos próximos anos, com o maior uso da Internet, esse cenário pode mudar bastante e ter impacto forte na circulação destes jornais.
Como você pretende acompanhar estas mudanças, lendo o jornal pela manhã ou online, praticamente em tempo real, na Internet?
(1) http://www.abigraf.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4952%3Aivc-aponta-queda-na-circulacao-de-jornais&catid=1%3Atimas-notas&Itemid=117&lang=br
(2) http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/01/a-queda-na-circulacao-dos-jornais/
Estranho pensar assim, mas essa é a realidade. Todos nós, ao lermos nossos jornais "do dia", estamos lendo notícias "de ontem". E isso é natural, ou pelo menos era... o ponto aqui é que desde que temos a Internet para acesso as últimas notícias, ler o jornal pela manhã passou a ser extremamente redundante. As notícias costumam ser as mesmas já publicadas no site do jornal desde o dia anterior.
No início do século XX ainda era comum termos jornais "matutinos" e, outros, "vespertinos". A idéia era incluir no vespertino as mais frescas notícias do dia, em primeira mão, não sendo necessário aguardar pelo dia seguinte para incluí-la no matutino... Com o tempo e a mudança no perfil dos leitores de jornais, hoje temos poucos jornais com o perfil "vespertino". O que ajudou a "matá-los"? Provavelmente a televisão e seus tele-jornais. Com o passar do tempo, com a disseminação da televisão e com o surgimento dos tele-jornais, criou-se um hábito de assistir ao jornal da noite. Este, por ser mais dinâmico do que o jornal impresso, acabou por reduzir a demanda pelos "vespertinos". Você leria um jornal ou prefere que o William Bonner e a Fátima Bernardes te contem as últimas notícias do dia?
Aparentemente estamos assistindo a um fenômeno semelhante. No entanto, a vítima da vez é o matutino e seu algoz, além da televisão e seus canais dedicados 24hs a notícias, é a Internet. O processo ainda está em seu estágio inicial mas muitas pessoas já se atualizam online, diretamente nas páginas Web dos principais jornais, praticamente em tempo real... Quando recebem o jornal no dia seguinte já leram muitas das notícias publicadas.
Além disso, a indústria do "jornal impresso" ainda sofre um outro golpe bem forte. O processo de imprimir, tanto a parte da gráfica quanto o jornal em si, é muito pouco "green". Gasta-se muita energia e, principalmente, muita tinta e papel... Você já parou para pensar quantas páginas absolutamente inúteis vem no jornal aos domingos??? Quantas árvores são derrubadas??? Claro, atualmente boa parte da matéria prima vem de árvores plantadas especificamente para esta finalidade, não são derrubadas matas virgens (pelo menos, assim espeto) mas, ainda assim o processo como um todo deixa a desejar...
O fato é que, neste cenário, a circulação dos principais jornais no Brasil e no mundo tem caído (1) e, apesar de alguns atribuirem a queda à crise (2), o grande desafio do jornal impresso e descobrir novas formas de atrair e manter público. Alguns tem optado por concursos, coleções e/ou benefícios adicionais. O mercado está mudando. A maioria dos jornais já sente uma redução na demanda por edições impressas, principalmente aqueles voltados para as classes mais abastadas, que tipicamente possuem acesso a Internet. Nos próximos anos, com o maior uso da Internet, esse cenário pode mudar bastante e ter impacto forte na circulação destes jornais.
Como você pretende acompanhar estas mudanças, lendo o jornal pela manhã ou online, praticamente em tempo real, na Internet?
(1) http://www.abigraf.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4952%3Aivc-aponta-queda-na-circulacao-de-jornais&catid=1%3Atimas-notas&Itemid=117&lang=br
(2) http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/01/a-queda-na-circulacao-dos-jornais/