quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fórum Internacional da Rede Global de BoP, São Paulo

Na próxima semana será realizado, em São Paulo, o primeiro Fórum Internacional da Rede Global de BoP (Base of the Pyramid). A IBM Brasil estará presente e Rodrigo Kede, presidente, dará as boas vindas aos presentes fazendo uma introdução à importância da iniciativa. Em seguida, junto com João Paulo Ferreira, Vice-presidente comercial da Natura, eu participarei de uma discussão sobre as perspectivas dos parceiros da Rede Global de BoP. 

Consciência ecológica, comprometimento dos líderes (tanto políticos como corporativos) e responsabilidade social são atributos comumente identificados com estratégias de "sustentabilidade". No entanto, apesar de vários esforços, as desigualdades sociais e a degradação do meio-ambiente vem aumentando de forma dramática em todo o planeta. O evento será realizado pela Enterprise for Sustainable World (ESW) e a Global Social Impact (GSI), em colaboração com laboratórios de BoP (Base of the Pyramid) e com o apoio do setor privado e parcerias com ONGs.

A idéia do fórum é de ser uma sequência do Cornell Global Forum on Ustainable Enterprise, que foi realiado em Nova Iorque em 2009. Desta vez, o foco principal será em buscar opções para ampliar as fronteiras de negócios na base da pirâmide e desenvolver novas redes e parcerias para futuras iniciativas. Durante o evento, as empresas participantes apresentarão casos concretos de sucesso sendo implementados por empreendedores ou corporações globais.

Mais informações, como a relação de palestrantes e a agenda estão detalhadas no site do evento.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

29a. Inforuso Sucesu 2013 - Painel "Futuro do Social Business no Mundo"


Na próxima terça-feira, 29 de outubro, acontece em Belo Horizonte a 29a. edição do Inforuso. Organizado pela SUCESU, o programa abordará três temas centrais: o programa MGTI, Novas Tecnologias e o futuro do Social Business. Trata-se do maior e mais importante evento da área de TIC de Minas Gerais e contará com a presença de executivos do setor, políticos e palestrantes das maiores empresas de tecnologia, dentre as quais, a IBM.

Terei a honra e o prazer de participar de uma painel sobre o futuro do Social Business no mundo, junto com executivos da Twitter, Microsoft e do Gartner.. Durante o debate, discutiremos quais são as principais tendências, os obstáculos e como empresas dos mais variados setores vem obtendo sucesso em projetos nesta área.

Mais informações, no site do evento.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Dia das Crianças, fotos antigas e gamification


Desde o final da semana passada vem chamando a atenção o fato de membros do Facebook mudarem suas fotos de perfil para uma foto da infância. O motivo, é claro, é a proximidade do Dia das Crianças no Brasil. O interessante, no entano, é que este movimento começou naturalmente, sem uma liderança explícita. Também não faz parte de nenhuma campanha de marketing. Simplesmente aconteceu, e viralizou. O ponto aqui é que este simples movimento gerou novas "curtidas", comentários e compartilhamentos. No final do dia, mais usuários estão ativos e participando de outras discussões na rede. Este comportamento característico das redes sociais pode ser usado para explicar o que é gamification.

Teoria de Jogos

Gamification nada mais é do que a aplicação de conceitos e tecnologias de jogos, nas redes sociais (corporativas ou abertas). O exemplo mais claro é o Foursquare, onde usuários são premiados com "títulos" de acordo com o que conquistam. Ou seja, se você vai muito a um determinado restaurante, pode virar o "prefeito" dele. E por aí vai.

No fundo, gamification tem a ver com o conceito de Behavior Roadmap, algo que é estudado pela sociologia faz muito tempo. A idéia é simples e consiste em definir um conjunto de ações que devem ser cumpridas por uma pessoa para que um objetivo seja atingido. Uma vez que temos um objetivo claro, definimos um roadmap de ações. Para que uma pessoa siga o plano de ações, são oferecidas recompensas a cada passo cumprido. Esta é a idéia do jogo.

Jogos nas empresas

No mundo corporativo este conceito vem ganhando força uma vez que é uma forma lúdica de incentivar profissionais a atingir objetivos, relacionados com a estratégia da empresa. O desenvolvimento destes roadmaps é algo que deve ser feito em conjunto pela unidade interessada, que vai determinar os objetivos a serem alcançados e em que prazo, e pela área de Recursos Humanos, já que tem a ver com carreira, incentivos e remuneração. O resultado final é um plano de trabalho que será implementado e acompanhado rigorosamente para garantir que os objetivos traçados estão sendo alcançados.

Um exemplo bem comum é o uso deste tipo de metodologia para acelerar o onboarding de um novo profissional, que é tempo que um novo contratado demora desde seu primeiro dia até começar a gerar valor para a empresa. Para isso, define-se cada passo que deve ser cumprido, como obtenção de um crachá, de um notebook, de um ramal telefônico, preenchimento de seu perfil na rede social da empresa, escolha de uma fotografia pessoal para aparecer em seu perfil e por aí vai.

Outro exemplo é quando queremos fazer com que o time de vendas alcance seus objetivos. Para isso, as metas são traduzidas em objetivos intermediários e devidamente registrados. A partir deste momento, os vendedores podem seguir os direcionamentos e conquistar resompensas que podem variar de um simples badge virtual até um jantar com a família ou algum prêmio em dinheiro.

Gamification ajuda em uma das fases mais complexas de um projeto de Social Business, a adoção. Para ficar mais clara sua importância, vou usar um exemplo que sempre dou em minhas palestras. Quando trabalhamos com um projeto de uma solução de ERP, normalmente, sua implementação é Top-Down. Ou seja, se sua função passou a ser realizada com o suporte do novo sistema, você precisa utilizá-lo. Simplesmente não existe a opção de continuar a fazer o que você fazia, da mesma forma. Já em um projeto de Social Business, com grande cunho colaborativo, não é possível obrigar pessoas a colaborar. Não dá para chegar para seus funcionários e dizer "a partir de hoje todos tem que colaborar três vezes por dia". Simples assim.

Fornecedores

Algumas empresas de desenvolvimento de software oferece soluções bastante interessantes para implementar um mecanismo de Gamification. Se você está usando o IBM Connections para sua Rede Social Corporativa, pode contar com a Bunchball ou com a BadgeVille, por exemplo.

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Bom, voltando ao início do post, já coloquei no Facebook minha foto preferida da infância. Em pouco tempo recebi algumas dezenas de curtidas e muitos comentários. Divertido, como deve ser, e gerando tráfego, objetivo principal.

Ainda bem que não se comemora Halloween no Brasil... imagina as fotos que iriam aparecer!!!

domingo, 6 de outubro de 2013

Na incubadora - os primeiros passos de uma Rede Social Corporativa


Estou participando, neste momento, de três projetos de Redes Sociais Corporativas (RSC), de empresas de indústrias distintas (Oil & Gas, Governo e Utilities) e com número de usuários diferentes. Além disso, dois já estão em produção e um ainda em fase de planejamento. Em comum, todos estão apenas no início de uma longa jornada. Como gosto de dizer, todos os três estão na "incubadora" e demandam atenção e cuidados especiais até que possam "caminhar sozinhos". É uma fase crítica de um grande projeto que não está apenas limitado a tecnologia, mas a gestão de mudança e governança. Alguns pontos são comuns a todo projeto de Social Business, independente de indústria e do número de usuários. Quais são eles? Preparei uma pequena relação de alguns tópicos a serem cuidadosamente tratados neste período. Vamos a eles.

Tecnologia

Finalmente chegou o grande dia. Depois de meses de cuidadoso planejamento, o projeto ganha vida. O Go Live de uma RSC é sempre aguardado com muita ansiedade. Será um sucesso? Vai viralizar? Todo o planejamento de infraestrutura foi feito para suportar momentos de pico e o lançamento costuma ser um deles. Um grande número de usuários acessa a rede nos primeiros dias já colocando à prova todo o dimensionamento feito.

Desnecessário dizer que a escolha da tecnologia é um dos passos mais importantes. Ela tem que integrar com sua arquitetura de sistemas, tem que suportar seus padrões de segurança e tem que estar preparada para escalar, quando necessário.

Nos primeiros meses é fundamental monitorar a carga na infraestrutura para validar os estudos feitos durante o projeto. É neste momento em que veremos se os servidores foram dimensionados corretamente e se a rede está preparada para performar de acordo com os padrões estipulados no projeto.

O exemplo da liderança executiva

Uma mensagem enviada para toda a empresa, pelos principais executivos da empresa, ressaltando a importancia do projeto faz grande diferença. É importante que o conteúdo da mensagem seja claro, informando o que é o projeto, quais são seus objetivos e o que é esperado de cada um em termos de comportamento e contribuição.

A mensagem pode ser um simples panfleto, uma circular, um email ou um vídeo. O importante aqui é deixar claro que a liderança da empresa entende e suporta o projeto como sendo algo corporativo. Isso é feito regularmente na IBM, para educar e incentivar o uso da plataforma de colaboração.

O "exemplo" que vem de fora

A grande maioria dos profissionais, hoje, no Brasil, tem conta em pelo menos uma Rede Social aberta como no Facebook. E isto é, ao mesmo tempo, um facilitador e um complicador para o projeto. 

Ajuda, no sentido de que o conceito de uma rede social é mais facilmente compreendido pelos funcionários e contribui para um entendimento mais claro sobre o projeto e seus objetivos. Também faz com que não seja necessário um grande investimento em treinamento. Ele é necessário, sim, mas pode se dedicar a abordar pontos mais avançados.

Ao mesmo tempo, atrapalha, pois o profissional acaba trazendo para a RSC um comportamento que não é exatamente o esperado e desejado. Junto com o conhecimento, alguns vícios também vem "no pacote". No Facebook, por exemplo, ele compartilha fotografias de eventos sociais, de restaurantes e até piadas. Em uma RSC o comportamento desejado está mais associado com Colaboração. Para isso, é preciso entender que estamos trabalhando com conhecimento coletivo com foco no business da empresa. Não estou dizendo que uma RSC não possa ser utilizada para compartilhar experiências pessoais. Este tipo de postagem pode até mesmo facilitar a adesão dos colaboradores. O que não pode é ser o foco principal.

Além disso, não são muitos aqueles que mantém blogs ou wikis, duas importantes ferramentas de colaboração. O pleno entendimento de como usá-los precisa ser ensinado. Muito provavelmente o time do projeto entende seu uso e valor, mas será que a grande maioria dos funcionários sabe o que é e para que serve um Wiki? O exemplo de uso do Facebook não ajuda em nada aqui e um cuidado especial deve ser dado para ensinar o que são estas ferramentas e como devem ser utilizadas.

O projeto é da empresa

Já vimos aqui em outros posts que o projeto de uma RSC é da empresa como um todo e não somente da área de Tecnologia (ou de qualquer outra área). Cada área tem seu papel e deve desempenhá-lo adequadamente para garantir que o projeto seja um sucesso. Cabe a unidade demandante "dar alma" ao projeto, ligando-o aos objetivos de negócio da empresa. É aí que nascem as primeiras "iniciativas de valor", que permeiam a empresa e que, no final do dia, vão fazer com que os usuários usem a rede. 

Cabe a área de Tecnologia "dar cara" ao projeto, implementando-o de acordo com altos parâmetros de qualidade e devidamente em linha com a arquitetura de sistemas da empresa. Este é um projeto complexo, que envolve desde integração com outros sistemas até gestão de mudança. Por isso, deve ser liderado por uma equipe composta por profissionais experientes e com visão estratégica. 

Adoção

Em hipótese alguma o projeto deve ser tratado como algo simples e nunca deve-se supor que, por ser uma RSC, vai "viralizar" e ser facilmente adotado por todos. As motivações de uma rede social aberta e de uma RSC são distintas e técnicas de adoção devem ser implementadas para que todos entendam o real valor da rede.

Cabe ao time do projeto prepar um plano de adoção, composto por ações de comunicação, por exemplo, para divulgar a RSC entre os profissionais. Eventos especiais também podem ser programados, como no caso da empresa de Oil & Gas, que recentemente fez aniversário, e no Natal. Que tal usar a rede para compartilhar o orgulho de fazer parte da empresa e para comemorar datas especiais? 

Todas estas ações tem um grande impacto no engajamento dos funcionários e ajuda a fortalecer a cultura ao criar um ambiente de trabalho mais inclusivo, aberto e transparente. No fim do dia, contribui para criar uma reputação extremamente positiva para a empresa e seus funcionários.

A jornada é longa e, nos três projetos, certamente enfrentaremos surpresas boas e ruins. A liderança executiva e a transparência nos objetivos do projeto seguramente contribuirão para seu sucesso.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

IBM e Boston Children's Hospital anunciam nova plataforma social

A IBM e o Boston Children's Hospital anunciaram, na semana passada, a primeira solução médica global totalmente baseada em nuvem com o objetivo de suportar pediatras em qualquer lugar do planeta. A plataforma, baseada no IBM Connections, pode transformar definitivamente a forma como a pediatria é educada e praticada em todo o mundo e tem como objetivo melhorar o compartilhamento de informações médicas e o tratamento de crianças, sem importar onde estejam. A plataforma, batizada de OPENPediatrics, permite que médicos e enfermeiras tenham rápido acesso informações que podem salvar a vida de crianças. O ambiente já é utilizado por médicos em 78 paises e recebe novas adesões a cada dia.

OPENPediatrics é uma solução completamente baseada em nuvem. Ela foi desenvolvida pelo laboratório da IBM em Cambridge, Mass., e permite o treinamento de profissionais da área da saúde de forma interativa e, mais importante, o compartilhamento de informações que tem o poder de salvar vidas. A solução oferece:
  1. Uma rede social, que conecta pediatras em todo o mundo e que permite o compartilhamento de idéias e melhores práticas
  2. Literatura e curriculos online, que permite a localização rápida de especialistas em diversas áreas do conhecimento.
  3. Treinamentos gravados em vídeos
  4. Experiências interativas que permitem a simulação de situações e o treinamento de profissionais em ambientes virtuais.
A solução foi desenvolvida com o objetivo de ser utilizada tanto online quanto offline, permitindo que médicos levem consigo informações, mesmo que não estejam conectados diretamente ao hospital.


É a IBM, em parceria com o Boston Children's Hospital, oferecendo uma solução inovadora que tem o poder de mudar o mundo e salvar vidas.