Color - “Your life crowdsourced”

A revolução das Redes Sociais continua e a cada dia vemos uma novidade no mercado. Além das redes sociais segmentadas, tema já discutido aqui em outros posts (1 e 2), a estrela do momento chama-se "Color" (3), foi lançada quarta-feira passada (4) e permite o compartilhamento de fotos em tempo real entre pessoas que estão próximas... é uma rede social para compartilhamento de fotos baseada em geolocalização. O detalhe principal? Sem absolutamente nenhuma política de privacidade. Se você coloca uma foto na rede, qualquer um que esteja próximo pode ver. Será que faz sentido?

O projeto, um investimento de US$ 41 milhões, inclui alguns pesos pesados do mercado, como Bill Nguyen, co-fundador da LaLa, um site para compartilhamento de músicas que foi comprado pela Apple em 2009, Peter Pham, ex CEO da BillShrink, um site com dicas para redução de despesas em diversas áreas, e DJ Patil, ex-Cientista Chefe do LinkedIn, uma rede social profissional.

Tudo funciona de forma muito simples. Se você tem um iPhone ou um outro celular com o sistema Android, basta instalar o aplicativo. No caso do iPhone, é um simples download da Apple Store. Pronto, uma vez instalado, o sistema de navegação do celular identifica outros usuários que estão na mesma região e a brincadeira começa. Para se cadastrar, basta colocar um nome qualquer e uma foto, teoricamente, sua.

Uma vez que você já tenha o Color instado, é só usar. Por exemplo... você está em um evento, ou em uma festa, e resolve tirar uma foto, usando a rede. Neste exato momento, a foto é incluída no Color. Ao mesmo tempo, a rede identifica todas as pessoas que tem o Color instalado e que estão no mesmo local e compartilha a foto com elas. De forma dinâmica é montada uma rede das pessoas que estão naquele local, naquela hora. Sem restrições, sem perguntas.

Me registrei e testei o Color. É simples de usar mas realmente bastante invasivo. Ou seja, privacidade? Esquece. Tudo o que você coloca lá é compartilhado por todos, na hora. E como o sistema tem integração com o Facebook ou o Twitter, caiu no Color, caiu na rede.

Muita gente grande está de olho. Alguns pontos como a questão da privacidade estão sendo analisados cuidadosamente. Basta lembrar que o Facebook foi duramente questionado com relação a isto recentemente e implementou algumas mudanças.

A proposta da Rede vai além de simplesmente compartilhar fotos. Com o recurso de geolocalização, imediatamente é criada uma Rede Social que está em uma mesma região. Abrir espaço para comerciantes da área é sempre uma boa idéia... mega segmentação é uma tendência no mercado de Redes Sociais e pode ser uma fonte interessante de renda (5 e 6).

Definitivamente não é uma rede social para qualquer um. A idéia de não oferecer recursos para proteger suas fotos e de permitir que qualquer um as veja, é algo novo e desafiador. Somente o tempo vai dizer se esta abordagem tem público ou não.

Minha aposta? Vai dar muito certo e estamos vendo somente a "ponta do iceberg".

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/01/pets-universe-primeira-rede-social-para.html
(2) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/01/mulheres-unidas-jamais-serao-vencidas.html
(3) http://www.color.com
(4) http://www.pcworld.com/article/223169/color_imagesharing_app_isnt_for_private_types.html
(5) http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/g/a/2011/03/23/businessinsider-former-lala-founder-just-scored-41-million-for-his-new-startup-2011-3.DTL
(6) http://www.socialtimes.com/2011/03/will-new-color-app-put-privacy-in-the-red/

Os 7 Principais sites de Social Media em 2011 - Estatísticas

Vejam que interessante comparação. Os três gráficos abaixo mostram, respectivamente, para o ano corrente, o comportamento dos 7 principais sites de Social Media no mercado Mundial, nos EUA, na América do Sul e no Brasil. "Food for Thought", de acordo com o site StatCounter.com (1).

Comentários...

1. Facebook continua a crescer em todas as regiões. 
2. Orkut cada vez menor. 
3. Estranho o comportamento do Twitter no Brasil...

Source: StatCounter Global Stats - Social Media Market Share

Source: StatCounter Global Stats - Social Media Market Share

Source: StatCounter Global Stats - Social Media Market Share

Source: StatCounter Global Stats - Social Media Market Share

(1) http://gs.statcounter.com/

Redes Sociais e os momentos de "micro tédio"

Você certamente já passou por situações como essas... a espera do início de uma apresentaçao... no intervalo de uma aula... aguardando pelo elevador... preso no cada vez pior trânsito de nossas capitais... São momentos normalmente curtos. A esses momentos, onde literalmente pouco se faz de produtivo, dá-se o nome de "momentos de micro tédio".

Com o aumento expressivo do número de telefones celulares no mercado brasileiro, que deve ter superado os 200 milhões de aparelhos no ano passado, uma das principais "diversões" destes momentos de micro tédio é o uso do celular. Principalmente, é claro, para aqueles que tem smartphones (estimativas apontam para 20 milhões ao término de 2010).

Grandes empresas já identificaram este espaço e estudam métodos de atingir seu "público alvo" nestes minutos de inatividade. O mesmo vem acontecendo com as Redes Sociais. Não existe estatística sobre o tema, pois o mesmo ainda está em amadurecimento, mas um dos grandes beneficiados destes momentos de micro tédio são as Redes Sociais. É complicado, por exemplo, ler uma reportagem completa, que demanda maior atenção, ou visitar um site específico. No entanto, para usuários de uma rede, o tempo pode ser usado para diversas "micro tarefas" como, por exemplo, para conferir atualizações de amigos, "curtir" status de amigos ou para atualizar seu status.

Inúmeras soluções integradas com as redes sociais já exploram este espaço. O Four Square, por exemplo, é um deles. É uma ação rápida por parte do usuário e permite que ele atualize seu status. Algumas redes, como o Facebook, por exemplo, descobriram um espaço para jogos nestes momentos.

O fato é que com o suporte das tecnologias móveis, as Redes Sociais tem ganhado uma nova dinâmica. Acompanhar este usuário cada vez mais "móvel" é um grande desafio para qualquer um envolvido em negócios na área de Redes Sociais.

Para maiores detalhes:
(1) http://www.orangesolucoes.com.br/imprensa/materias-relacionadas/129-os-desafios-do-mobile.html

(2) http://www.tottalmarketing.com/descricoes_noticia.php?go=4&index=14590&PHPSESSID=0c69946a930b77

O Nascimento de uma Rede Social - Lessons Learned 2 - 50 Dias

Hoje a rede social The Pet's Universe completa 50 dias de vida. Já havia publicado aqui um "Lessons Learned" quando a rede chegou aos 20 dias (1). Interessante notar que todos os 7 pontos discutidos na época continuam absolutamente fundamentais e são os principais pilares para o crescimento da rede.  Dentre eles, destaco Liderança, Comunicação, Marketing, Valor Agregado e Metas...  são pontos que merecem atenção contínua.

Neste momento, gostaria de compartilhar três pontos interessantes:

1. Estatísticas de acesso (via Google Analytics)
   
   Ao completar 50 dias de vida, The Pet's Universe já teve acessos de 41 países e de 506 cidades. Foram mais de 30 mil "visitantes únicos" e mais de 420 mil pageviews, segundo o Google Analytics. A Taxa de Rejeição, ou Bounce Rate, está em torno de 29% o que, pelo que pude pesquisar na Internet, é considerada baixa, ou seja, boa. No geral, a rede tem desempenhado bem nas métricas deo Google Analytics.
   
   Outra "métrica" que tenho acompanhado cuidadosamente é a "intensidade de uso" da Rede. Neste ponto é interessante notar que, a qualquer hora que seja feita uma verificação percebe-se que acessos estão acontecendo com muita frequência. Basta verificar o portlet de "Últimas Atividades" na página principal e ver que várias atividades foram feitas nos últimos minutos... Claro que esta é uma métrica subjetiva, mas aponta para vitalidade na rede, o que é fundamental.
   
   Neste momento estou pesquisando métricas de atividade de Redes Sociais. Existem alguns trabalhos interessantes na área. Em breve dedicarei mais espaço para este assunto.
   
2. Fomentar o uso da Rede
   
   Este foi um dos pontos discutidos no Lessons Learned de 20 dias. Durante o último mês busquei mecanismos para incentivar o uso e a frequência na rede. Colunas com atualização diária, como Notícias e o Horóscopo animal são âncoras do site.
   
   Além disso, temos um plano para eventos. O último exemplo foi durante o Carnaval, quando fizemos o Primeiro Concurso de Fotografias de Carnaval. Mais ações já estão planejadas para os próximos meses.
   
3. Por último, a Divulgação
   
   Gostaria de compartinhar uma matéria que foi publicada hoje, dia 10 de março, no Jornal O Globo, do Rio de Janeiro. A reportagem foi publicada na seção de Economia do Jornal, na página 27. Na internet foi publicada na íntegra a entrevista sobre a rede. Vale a pena conferir, no link (2) abaixo. Conforme havia comentado, a divulgação da rede é fundamental para trazer novos usuários.

O crescimento contínuo do site é um excelente indicador de seu valor agregado. Grande parte dos novos membros vem de convites feitos pelos próprios membros. E isto é extremamente positivo. Seguimos com uma proposta original, inovadora e ambiciosa, que é criar uma rede social com grande valor agregado para seus membros.

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/02/o-nascimento-de-uma-rede-social-lessons.html

(2) http://oglobo.globo.com/blogs/cat/posts/2011/03/09/rede-social-para-pets-367858.asp

Por que ser um "Social Business"

Está é uma boa pergunta e que tem perturbado a vida de muita gente. Em minhas visitas a clientes e palestras tenho ouvido muita gente questionar se ser Social é algo relevante para sua empresa, se o momento é esse, se já tem capacidade de implementar conceitos de Social Business e por aí vai, em uma sequência quase infinita de perguntas, preocupações e teorias.

De fato, o tema é bem atual e, apesar de já ser motivo de estudos faz uns 6 anos, ainda está em transformação. Uma das melhores apresentações sobre Social Business que assisti nos últimos tempos foi feita por Sandy Carter, Vice-Presidente de Social Business na IBM e Jaremiah Owyang, Sócio da Altimeter Group.

Na apresentação, eles abordam uma série de temas relacionados com a adoção de Social Business. Logo de início, apontam as unidades que normalmente iniciam este processo em uma empresa: Marketing, Comunicação e Desenvolvimento de Novos Produtos. Aliás, para esta última área, citam o exemplo da Coach, que em um projeto de desenvolvimento de uma nova bolsa utilizou crowdsourcing para buscar a participação de clientes... Conseguiu o envolvimento de 6 milhões de clientes. e um aumento significativo em mindshare entre clientes de 12 a 24 anos. Tipicamente, estas áreas são bem "antenadas" e conseguem ter benefícios rapidamente com o uso de metodologias e tecnologias de Social Business. Dependendo da empresa, pode começar por uma ou outra destas áreas.

Em seguida, eles analisam um ponto crucial com relação a empresas que estão aderindo a SB... a maturidade delas. A grande verdade é que a maioria das empresas ainda não está preparada. Para começar a trilhar o caminho de um Social Business é fundamental que se tenha uma estratégia clara, um plano de médio e longo prazos.

De uma recente pesquisa que fizeram com 140 empresas em todo o mundo, descobriram que 52% já tem um projeto com orçamento aprovado. 25% são novatas na área, ainda não pararam para ver do que se trata. E apenas 23% se classificam como amadurecidas, avançadas na área. Veja que 75% dos entrevistados ou já adotaram conceitos de Social Business ou estão iniciando implementação. Isso é significativo e mostra claramente que não estamos falando de um modismo e sim de uma forte tendência, e de curto e médio prazos.

O caso da IBM é apresentado. Em 2005 a empresa começou a adotar conceitos de um Social Business, criando um espaço para que seus funcionários pudessem manter blogs. Mais do que abrir um espaço, a IBM passou a incentivar o seu uso. Logo em seguida criou um "Guideline" para orientar o correto uso do ambiente. Hoje uma enorme quantidade de IBMistas mantem blogs, comunidades, usam microbloging, tem perfis sociais na intranet e muito mais.

A apresentação dura aproximadamente 50 minutos e é altamente recomendável para qualquer um interessado no assunto de Social Business. Além dos pontos acima, ainda aborda outros como Reputação Online, Retorno de Investimento, Melhores Práticas e muito mais.

Ela pode ser obtida no link abaixo:

http://wcc.on24.com/event/27/28/86/rt/1/documents/slidepdf/ibm_030311_master_presentation_final.pdf

Reserve um tempo para assití-la!

Tribos - Todos fazemos parte de pelo menos uma

Nada como alguns dias em casa para colocar a leitura em dia. Aproveitei este Carnaval para ler um livro que trouxe da Lotusphere, o "Tribes" (1), de Seth Godin. Leitura simples e rápida e uma forma interessante de abordar o tema Redes Sociais. O autor estuda o conceito das "Tribos" e aponta para alguns pontos interessantes para reflexão. Algumas conclusões são óbvias, mas ainda assim é uma leitura que recomendo.

Logo de início ele define o que é uma Tribo:  Um grupo de pessoas conectadas umas as outras, conectadas a um líder e conectadas a uma idéia. Tribos sempre existiram. A grande diferença é que faz bem pouco tempo, a grande maioria das tribos era uma reunião de pessoas em uma região qualquer. A limitação geográfica era uma grande restrição ao crescimento das tribos e um enorme desafio para seus líderes. Organizar uma reunião de uma Tribo era algo bastante complexo.

Com a Internet, a limitação geográfica caiu. Hoje existem dezenas, centenas de formas distintas de se criar uma nova Tribo. Existem ferramentas na Internet que permitem a criação de uma comunidade em questão de minutos, literalmente por qualquer um.

O que faz a diferença entre uma Tribo de sucesso ou não? Alguns fatores tem grande importância, dentre eles:

1. A força do Líder - Toda Tribo precisa de um líder forte, que sabe o momento de agir e, principalmente o momento de dar espaço para seus seguidores. Não se deve confundir um Líder com um Gerente, por exemplo. Um Líder tem seguidores, um Gerente tem funcionários. O líder é o responsável por manter a chama da "idéia" que norteou a criação do grupo sempre viva.
   
2. A força das conexões - Basicamente, o relacionamento, a atividade da rede tem que ser forte. Uma Tribo em que as conexões entre seus membros é fraca, não é uma Tribo. A "Idéia" que forjou a tribo é o seu "cimento". É ela que mantem seus membros unidos. Cabe ao líder mantê-los ativos.

Quando ao líder, bem, "Liderança" é uma escolha, uma opção pessoal. Não se "nomeiam" líderes, assim como não se promove alguem a "Líder". Aliás, esta é a única característica comum a todos os líderes...  eles são líderes por uma opção pessoal. Fora isso, existem líderes em todas as religiões, regiões, classes sociais, níveis educacionais, etc.

O livro dá uma visão interessante sobre Redes Sociais, sobre os motivos que fazem com que uma Rede seja criada, cresça e apareça.

(1) http://www.amazon.com/Tribes-We-Need-You-Lead/dp/1591842336