Os últimos dias foram bastante agitados para a IBM e para o IBM Connections! No final de semana passado, a IBM liberou a versão 3.0.1.1 do IBM Connections. Em primeiro lugar, a nova versão vem com suporte nativo ao IE e ao Firefox 9. Além disso, também suporta a integração com a versão 8.5.2 do IBM Sametime para "presence awareness". Na prática, isso significa que qualquer usuário da nova release do Connections pode saber quem está online sem ter que instalar qualquer código adicional em seus desktops. A nova versão também traz uma boa lista de novos controles que dão ainda mais flexibilidade ao usuário final. Para maiores detalhes e instruções recomendo visitar o excelente blog do Luis Benitez, "Gerente de Produtos Social Software" na IBM (aliás, este post é totalmente baseado nos seus últimos dois posts).
Logo em seguida, mais uma novidade importantíssima para o usuário final e que tem impacto direto na adoção de uma RSC baseada no IBM Connections. Na segunda-feira a IBM lançou o novo Desktop Plug-In for Microsoft Windows Explorer. Veja uma lista do que se pode fazer com este novo plug-in:
Fazer upload de arquivos para uso pessoal ou para compartilhar
Fazer upload de arquivos diretamente para uma Comunidade ou incluí-los em uma Atividade
Compartilhar arquivos já publicados no Connections com outros usuários e com Comunidades
Fazer "Drag and Drop" arquivos direto do desktop para os Arquivos do Connections ou para uma Comunidade
Ver e gerenciar versões de arquivos
Adicionar comentários para arquivos ou até mesmo recomendá-los
Editar e publicar rascunhos locais no Connections
Marcar e Seguir Pastas no Connections
Ver os Cartões de Visita de outros membros da rede e convidá-los para suas redes de contatos
Facilmente ter acesso a todas as funcionalidades do Connections via links
O vídeo a seguir contem uma demonstração deste novo plug-in (gravada pelo próprio Luis Benitez):
Trata-se realmente de um pacote de melhorias e novas funcionalidades sem precedentes. E, o melhor, tudo isso pode ser baixado da biblioteca IBM Connections App Catalog!
De tempos em tempos assistimos a mudanças mais radicais na indústria de TI. Aconteceu quando vimos a introdução dos mainframes no mundo corporativo, ainda na metade do século passado, dos minicomputadores, na década de setenta, dos microcomputadores, na década de oitenta, e da Internet, na década de noventa. Nos primeiros anos do século XXI vimos o surgimento das Redes Sociais como o Facebook, o Orkut e dezenas de outras. Vimos, também, o início da adoção destas tecnologias por algumas empresas, mesmo que ainda de forma tímida. Nestes primeiros anos, muitos novos fornecedores surgiram no mercado com ofertas para Redes Sociais Corporativas, a maioria oferecendo "mais do mesmo", sem grande inovação, oferecendo algo similar a um "Facebook para o mundo corporativo".
Um exército de novas, pequenas e inovadoras empresas juntaram-se a grandes como a IBM para brigar pelo mundo corporativo. No entanto, logo de cara começaram a aparecer os primeiros "pequenos detalhes" que acabavam por colocar estas soluções como apenas "soluções de nicho". Analisando as demandas das empresas modernas vemos nitidamente que elas são bem distintas das funcionalidades oferecidas por estes "novos entrantes". Para citar alguns exemplos:
Integração - Sistemas legados estão por toda parte. Não dá pra simplesmente implementar uma Rede Social Corporativa e se esquecer deles. É fundamental, no plano de implementação, considerar estes sistemas analisando se é necessário integrar com eles e qual o nível de integração desejado. É comum, por exemplo, que o registro dos funcionários esteja em um sistema desenvolvido pela empresa. Tem que integrar com ele, certo? Pois é, mas muitas das soluções destas pequenas empresas simplesmente ignoram isso e demandam um novo cadastro próprio. É preciso certificar-se de que a solução proposta adere à sua Arquitetura de Sistemas.
Back-up - No mundo corporativo isso é regra. No mundo das redes sociais abertas essa é uma preocupação que atinge a menos de 0,001% dos usuários. E, mesmo para estes poucos, na maioria das vezes nada é feito. Não dá pra simplesmente sair publicando informação em sua nova RSC e se esquecer de ter uma cópia de segurança. E isso demanda cuidados especiais e, claro, tecnologia.
Segurança e Controle de Acesso - Tá bom, o FB tem senha. Só que para uma empresa isso não basta e controle de acesso é assunto muito sério... qualquer empresa tem um sistema de gerenciamento de senhas que obriga os usuários a seguir regras específicas para criar a senha e, periodicamente, obriga os usuários a trocarem suas senhas.
Compliance - Controle do que é publicado e garantia de que tudo está aderente às regras da empresa, ou até mesmo do governo, é básico no mundo corporativo. Algumas indústrias, como Bancos e Seguradoras, são obrigadas a manter registros por anos a fio das operações feitas, para garantir compliance com regras estabelecidas.
Auditoria - Outro ponto básico... qualquer empresa deve garantir condições mínimas para que seja possível auditar informação registrada e compartilhada. E, para isso, existe demanda por tecnologia.
Bom, já vimos que existem inúmeros aspectos que devem ser tratados de forma diferenciada em uma Rede Social Corporativa. O problema é que a maioria, para não dizer todas, as soluções destas empresas de nicho não tem alcance tão amplo e acabam jogando estes problemas para você, que acaba tendo que fazer a integração dos componentes com diferentes produtos de diferentes fornecedores. Uma tremenda dor de cabeça para qualquer arquiteto e, pior ainda, eterna. Cada vez que um dos componentes lança uma versão nova, você é obrigado a homologar tudo novamente. Cada vez que sai uma nova versão de um sistema operacional, mais uma bateria de testes.
O fato é que apenas poucas soluções, como o IBM Connections, foram desenvolvidas para o ambiente corporativo, levando em consideração as preocupações acima e inúmeras outras. Ele oferece tecnologia de ponta para implementar sua RSC e, melhor ainda, ao trabalhar com padrões abertos, faz com que a tarefa da integração seja enormemente simplificada.
A conta é fácil, mas tem que ser feita com cuidado. Usualmente estas empresas até oferecem seu software a um custo menor. O problema são os custos envolvidos nos ítens relacionados acima. Cuidado especial com o TCO (Total Cost of Ownership). É fundamental fazer as contas com cuidado.
A Aurora do Social Business 2.0 - Collective Intelligence
A principal característica da primeira fase das Redes Sociais foi ser aberta ao público em geral. Seu nascimento foi fora dos "muros corporativos", mais precisamente em um quarto de um alojamento de uma universidade. Já na segunda fase, são adotadas por empresas, mas apenas com as características básicas já discutidas aqui inúmeras vezes.
Só que o mundo não para de rodar e "a fila anda". Neste momento, assistimos a mais uma grande mudança no cenário do Social Business. Além dos recursos tradicionais, como comentado acima e em diversos outros posts aqui no Explora!, vemos o crescimento da importância de alguns novos ítens. Dentre os principais, ganham destaque "Business Analytics" e "Sentiment Analysis". E, novamente, vemos a liderança da IBM, com folgas, ao oferecer produtos projetados e desenvolvidos para serem usados em empresas de todos os portes.
A primeira onda do Social Business trouxe um "efeito colateral" seguramente ignorado pelos pioneiros... a produção de uma quantidade de informação nunca antes vista pelo ser humano. E esta enorme quantidade de dados tem obrigado empresas a cuidar não apenas de armazenamento mas, principalmente, a ter condições e tecnologias para entendê-las e analisá-las.
Analisar toda esta informação é fundamental. Caso contrário, é como ter uma Enciclopédia Conhecer em casa e nunca abrir uma página sequer (ok, para os mais novos, esta enciclopédia era o equivalente ao Wikipedia, em uma comparação grosseira). De que adianta ter todas as informações na estante de sua sala e não usar? A proposta de Business Analytics é exatamente permitir o tratamento e análise de Big Data. Ao oferecer para o gestor condições de entender o conteúdo desta enorme nuvem de informação, dá a ele, ao mesmo tempo, condições de tomar decisões mais precisas e, consequentemente, ter um índice de acerto muito maior. Obviamente, os resultados da empresa serão melhores.
Outro ponto de destaque nesta nova onda é a capacidade de se "analisar sentimento". Imagine-se lançando uma campanha de marketing para um novo produto. Como saber, com base na enorme quantidade de informação hoje disponível na Internet, se sua campanha está indo bem ou não. Como saber o que os consumidores e seus clientes sentem em relação a sua empresa e a sua marca? Para isso tudo, mais uma vez vamos precisar de muita capacidade de análise, de muita tecnologia.
O que estamos assistindo agora é o nascimento de uma nova fase no Social Business, diretamente relacionada ao Conhecimento Coletivo, a Inteligência Coletiva. É como se a empresa fosse um organismo vivo e seu conhecimento fosse efetivamente a soma do conhecimento de todos seus funcionários, clientes, fornecedores e parceiros. Isto só é possível a partir do momento em que temos uma arquitetura de Social Business extremamente bem estabelecida, quando podemos oferecer para nossos funcionários, clientes e fornecedores uma plataforma para registrar e compartilhar conhecimento e tecnologia para explocar o enorme volume de informações produzido.
Esta nova fase do Social Business, que chamo de "Collective Intelligence", abre novas fronteiras e horizontes para empresas de todos os portes. Navegar neste novo mundo e, principalmente, ser capaz de encontrar sentido na enorme massa de dados produzida, vai ser o principal fator de diferenciação para a próxima geração de empresas.
É importante lembrar que não estamos mais nos tempos em que "ter conhecimento" era suficiente. Hoje é fundamental ter conhecimento, claro, mas o grande fator de direrenciação e que permite às empresas buscar inovação é "entender e compartilhar conhecimento".
Gamification é o processo que utiliza conceitos e tecnologias de jogos para atrair, reter e aumentar o uso de um site ou de um serviço. Tipicamente, a idéia é incentivar os membros a participarem de desafios ou tarefas especialmente projetadas, para que tenham o comportamento desejado. Ao participarem de forma satisfatória, conquistam pontos ou atingem um determinado status. Maior lealdade a uma marca ou aumento de vendas são alguns dos objetivos mais comuns.
A idéia é simples e vem crescendo de forma dramática nos últimos anos. Analistas já a apontam como uma das principais tendências para os próximos anos, tanto para sites externos quando para Intranets. A integração entre soluções de Social Business e Gamification pode tranformar o projeto de uma RSC em um enorme sucesso, um verdadeiro "blockbuster corporativo".
Vamos, a seguir, analisar alguns pontos com relação a este tema.
1. Quais são seus objetivos de negócio?
É importante entender que Gamification é muito mais do que simplesmente um programa para distribuir prêmios. Trata-se, na verdade, de um complexo sistema de metas e métricas que tem como objetivo principal reconhecer e recompensar aqueles que tenham um determinado comportamento. O principal segredo aqui é saber exatamente qual é este "determinado comportamento" tão desejado.
Basicamente, o "comportamento desejado" deve estar diretamente ligado com seus objetivos de negócio. Por exemplo, se sua empresa tem um time dedicado a vendas, pode criar um programa para aumentar a identificação de novas oportunidades. Pode, também, incentivar seus vendedores a superar metas ou atrair novos clientes. Já se você tem um blog, por exemplo, pode ser do seu interesse obter feedbacks dos seus seguidores ou divulgar mais seu conteúdo.
E quando estamos falando da Intranet de uma empresa, o que pode ser feito? Novamente aqui tudo vai depender de seu objetivo principal e, também, do momento em que você está no ciclo de vida de sua Intranet. Vamos supor que você esteja iniciando o processo de implementação de sua Rede Social Corporativa (sua Intranet Social). Neste momento, muito provavelmente, um de seus objetivos é conquistar novos membros, por exemplo. Que tal incentivar os membros que já fazem parte da rede a trazer novos? Neste cenário, para cada novo participante indicado por um antigo membro, ele pode ganhar uma recompensa.
Além disso, para que uma RSC tenha sucesso é fundamental que a mesma ofereça conteúdo de valor. Por que não incentivar a produção de conteúdo e reconhecer aqueles que mais agradam aos usuários? Qual foi a entrada mais popular durante a semana no blog da empresa? Qual conteúdo foi selecionado como o destaque do mês? O sistema como um todo pode ajudá-lo a identificar talentos "adormecidos" em sua empresa.
Um outro exemplo interessante é seu uso para buscar uma solução para um determinado problema. Imagine-se compatilhando com todos os membros de sua Intranet um problema interno e solicitando que todos contribuam com idéias. O autor da sugestão selecionada pode ser recomensado com um "badge" de "Prêmio Contribuição" ou até mesmo ganhando um destaque especial em sua Intranet.
2. Onde utilizar?
Em linhas gerais é possível aplicar os conceitos de Gamification em qualquer site, seja ele de uso interno ou externo. Desde que se tenha uma visão clara dos seus objetivos de negócio e, também, daquilo que motiva os usuários ou membros de um site, é possível implementar um sistema deste tipo.
É importante entender que Gamification pode impactar diretamente na estrutura de alguns processos. Vamos analisar aqui dois exemplos, Educação Interna e Marketing.
No caso de Educação Interna, tradicionalmente, o conteúdo é apresentado aos alunos de uma forma unidirecional. Seja sob a liderança de um professor ou até mesmo através de um Portal de eLearning, o aluno recebe o conteúdo e o processa individualmente ou em pequenos grupos. O progresso dos alunos é medido pela atribuição de notas individuais. Um dos grandes desafios de qualquer educador é motivar o interesse dos alunos e o progresso da turma.
A utilização de conceitos de Gamification pode fazer com que os alunos sejam motivados a cumprir determinadas tarefas ou gincanas para atingir os objetivos do curso. Mais ainda, as tarefas podem incentivar e reconhecer maior interação entre os alunos, possibilitando um desenvolvimento mais harmonioso da turma como um todo, com o atingimento de metas coletivas e não somente notas individuais. Desta forma, em vez de termos um treinamento unidirecional, podemos direcionar os alunos a trocarem experiências e conhecimento, tornando o processo mais dinâmico e atrativo.
O Departamento de Marketing de uma empresa pode lançar mão de técnicas de Gamification para divulgar mais amplamente informações sobre seus produtos ou serviços. Pode ser criado um programa para oferecer recompensas aos clientes que auxiliem na divulgação de campanhas. Um exemplo simples aqui é o botão "Curtir" do Facebook que, de forma viral, espalha informação sobre marcas e empresas pela Internet.
Um programa simples também pode incentivar e reconhecer seus membros ou clientes que mais ativamente atuem na divulgação de seus produtos e serviços. As recompensas podem variar de badges a descontos.
3. Como implementar?
Existem diversas formas para se implementar um sistema de Gamification em uma empresa. Já discutimos algumas aqui mesmo, quando falamos sobre "Como reconhecer contribuições de membros de uma Rede Social?". O grande segredo é desenvolver seu plano, ter uma visão clara do que se deseja definir como um "comportamento desejado". Além disso, o sistema deve fazer parte do Plano de Adoção de sua rede, integrando-se com outras atividades.
No mercado existem soluções de terceiros que exploram o IBM Connections como plataforma para Rede Social Corporativa. A seleção de uma plataforma deve ser feita com bastante cuidado para garantir aderência à sua estratégia social. A Level Up, da BunchBall, vídeo abaixo, é uma delas.
Gamification é um dos principais componentes da estratégia de Social Business da IBM. Ele é uma excelente tática de engajamento de usuários. Devidamente utilizada, pode contribuir de forma direta para o sucesso de um projeto de Rede Social Corporativa.
No início do ano coloquei a seguinte pesquisa aqui no blog: "Qual dos temas abaixo será mais discutido em 2012?". Durante estes dois meses tivemos mais de dez mil acessos ao blog. Deste total, 1.254 responderam a pesquisa. A idéia era ter uma visão mais ampla sobre a forma como diferentes organizações estão tratando os temas.
Aqui cabe um pequeno "disclaimer": Obviamente esta não é uma pesquisa científica com todos os formalismos que devem ser considerados, mas acredito ser uma boa amostra, pequena, mas de qualidade.
Vejam os resultados:
Interessante notar que existe uma percepção muito clara em torno de três temas: Cloud, Mobilidade e Intranet Social. Estes são exatamente os temas que mais tenho visto até o momento em eventos já realizados ou por realizar. Vou dedicar um espaço maior aqui no blog para estes temas. Por favor, fiquem a vontade para sugerir assuntos relacionados.
A partir de hoje estou iniciando uma nova pesquisa. Gostaria de saber atraves de que dispositivos você acessa as redes sociais. Utilizando um PC? Um iPhone? Um celular Android? Participe e ajude a conhecer melhor o perfil daqueles que visitam meu blog. Para aqueles que já participam, meu Muito Obrigado!
Uma excelente matéria publicada semana passada no Jornal O Globo, e escrita por Carlos Alberto Teixeira, CAT, analisa de forma abrangente aqueles que estão se posicionando como os "Perdedores no mundo tech". Em um texto muito bem trabalhado e suportado por especialistas em estratégia ele mostra quais são os principais perdedores e analisa alguns dos motivos que os levaram por este caminho. Impossível não relacionar a matéria com o meu último post, onde falei sobre como o advento das tecnologias de Social Business está alterando, de forma direta, o equilíbrio das 5 forças de Porter em muitas indústrias.
O artigo relaciona, dentre os perdedores, Kodak, HP, Nokia e outros mais. Em comum, para todas elas, alguns fatos simples como manter uma distância grande em relação aos seus clientes ou ignorar a inovação com receio de matar a "galinha dos ovos de ouro".
Um dos casos que estudei em Boston foi o da Kodak. É realmente incrível ver a empresa que criou a fotografia digital simplesmente "sufocar" a inovação interna com receio de matar seu business de filmes fotográficos. Quando abriu os olhos e viu que tinha que tomar ações rápidas, era tarde demais. Perdeu a janela de entrar no mercado no momento certo e de se posicionar como líder e inovadora. Ficou literalmente com o seu "filme queimado". Pena, mas o mercado é cruel.
O mesmo se passou com outras empresas. Em comum o fato de todas terem problemas de estratégia, agora facilmente identificados. Claro que na época em que as decisões foram tomadas não era tão simples assim. Por isso é preciso, sempre, ter uma visão muito clara de tudo o que está acontecendo não apenas na sua indústria, mas em outras, que em seu processo de transformação podem acabar por ampliar seu leque de atividades e "invadir sua praia".
Para isso, utilizar um framework sólido e bem estruturado para analisar decisões de estratégia é obrigatório e pode ajudar muito uma empresa tomar decisões que, se não 100% corretas, são, pelo menos, muito melhor estruturadas. O modelo das "5 Forças de Porter" é um deles. Não é o único. Outros trabalhos mais recentes como o de Peter Senge, a Quinta Disciplina, também abordam o tema, este último de forma mais sistêmica. Qualquer um deles pode ajudar e o importante é garantir ao máximo que estamos realmente analisando o que precisa ser analisado e, principalmente, no momento correto.
Em todos os casos analisados no artigo, observamos problemas relacionados com a sua estratégia (Kodak e Yahoo!), com inovação (Kodak, Nokia e Sony) e com comunicação interna (HP). A implementação de melhorias na comunicação interna, permitindo maior agilidade e suportando de forma mais ampla o processo de inocação, poderia ter ajudado e, potencialmente, evitado muito do que acabou por acontecer. A comunicação interna é uma poderosa ferramenta para trabalhar com a cultura corporativa, que tem um papel extremamente forte, ao direcionar a estratégia.
"Culture eats Strategy for lunch" é uma famosa frase norteamericana e que procura mostrar as dificuldades que uma empresa pode ter com sua estratégia, caso a mesma não esteja, de alguma forma, alinhada com a cultura da empresa. Podemos entender "Cultura" como sendo "uma mistura balanceada de psicologia humana, atitudes, ações e crenças que, combinadas, criam prazer ou dor, bons momentos ou estagnação completa. Uma Cultura forte surge quando existe um conjunto claro de valores e regras que ativamente guiam a operação de uma empresa. Os funcionários estão ativa e apaixonadamente engajados no business da empresa e trabalham com confiança e com o poder necessário (empowerment), ao contrário de seguir regras burocráticas... de forma a atingir novos níveis de Inovação". Esta definição, publicada recentemente no Expert Blog, da revista FastCompany, mostra claramente vários dos pontos que Social Business promete abordar. Notem que o componente "psicologia humana" é mencionado. Mais uma vez, uma Rede Social Corporativa é um projeto que tem um Fator Humano muito forte, ligado com a Cultura Corporativa.
Uma Rede Social Corporativa oferece vantagens significativas para uma empresa qualquer como maior agilidade na comunicação, maior transparência, melhor suporte a colaboração interna e externa, e muito mais. Claro que não podemos afirmar que uma RSC poderia (ou pode) evitar os problemas pelos quais as empresas citadas no excelente artigo do CAT passaram. Mas podemos afirmar sim que a implementação de uma RSC pode suportar uma Estratégia Corporativa de forma mais ampla e segura, auxiliando os líderes a construir uma empresa forte em termos de estratégia e respeitando sua cultura.