sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O que uma Comunidade pode fazer?

Quando se fala no tema de Redes Sociais logo vem à cabeça nomes muito comuns como Facebook, Orkut, LinkedIn e outros mais. Dificilmente, em um primeiro momento, aceitariamos classificar dentro deste tema uma torcida de um time de futebol. No entanto, não deveria ser difícil aceitar que uma torcida é sim uma Comunidade. Afinal ela é composta por pessoas que tem um interesse comum, que compartilham de um mesmo objetivo que é ajudar seu time a ser campeão dos torneios que participa.

Só que não para por aí... Torcidas de grandes times no mundo todo são Comunidades vivas e atuantes. E em muitos casos ainda produzem espetáculos fascinantes. Aliás, em muitos casos, melhores do que o futebol jogado pelo seu próprio time.

No final do ano de 2009, o Fluminense, um dos maiores times do Brasil e atualmente campeão Brasileiro, passava por uma crise séria que por pouco não o jogou para a segunda divisão do campeonato nacional. Pois com o auxílio da sua torcida o time conseguiu manter-se na primeira divisão com uma arrancada espetacular... nas últimas 11 rodadas, não perdeu uma partida sequer.

Não existe um único torcedor que não reconheça que esta reação deveu-se, em grande parte, à comunhão entre o time e a torcida. Começou aí uma sequência impresionante de shows da torcida. Bandeiras, novos hinos e, principalmente, o Mosaico. Este ficou como símbolo máximo desta fase. A torcida passou a criar mosaicos representando a bandeira tricolor, as conquistas do time, sempre com o motivo único de motivar o time, mostrar que todos estavam juntos em busca do mesmo objetivo.

Na prática o que vimos e ainda podemos ver nos principais jogos do Fluminense é um forte exemplo do que uma comunidade pode fazer quando se une em torno de um objetivo comum. É a força real e viva de uma Rede Social. É fácil associar o conceito de Rede Social com a Internet, como se a única forma de se apresentar fosse via Web. No entanto, o conceito é muito mais amplo... mais ainda, o conceito é muito mais antigo do que a Internet. Redes Sociais e Comunidades existem desde sempre.

O Mosaico que ilustra este post é resultado de uma iniciativa da Globo.Com (1). Ele foi postado na página do Fluminense no site da Globo.Com vazio, com um convite para que os torcedores o preenchessem. E assim foi feito por mais de 11 mil torcedores.

Mais um espetáculo desta torcida e um forte exemplo do que uma Rede Social pode fazer na vida real.



(1) http://app-ge.globo.com/Mosaico_flu/

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

IBM Social Business Industries Symposium


Se você está envolvido em projetos para avaliar o uso de Redes Sociais em sua empresa ou se tem interesse na área, não pode perder essa... Nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2011, a IBM vai realizar, em Orlando, nos EUA, o primeiro Social Business Industries Symposium. O evento, com patrocínio da Wired Magazine, vai dar um foco especial em como implementar conceitos de Redes Sociais no mundo corporativo e tem como principais objetivos:
  1. Discutir os motivos que estão levando mais e mais organizações a investir em Software Social
  2. Discutir os resultados que podem ser atingidos e
  3. Analisar como iniciar esta jornada.
Será a primeira edição deste evento, que ocorrerá em paralelo a Lotusphere 2011. A idéia é que os participantes saiam do evento com uma visão mais clara de como iniciar a implementação de Redes Sociais em suas corporações, que tenham uma visão de um roadmap com "pontos de entrada" bem definidos e que conheçam casos de sucesso nas mais diversas indústrias e departamentos.

As sessões serão apresentadas por executivos e especialistas da IBM e da Wired Magazine. Será uma oportunidade realmente única para saber como Redes Sociais tem ajudado empresas a ter níveis de serviço melhores com seus clientes, parceiros e fornecedores, a reduzir custos operacionais e a aumentar os resultados.

Para maiores informações, siga o link abaixo:

http://www-01.ibm.com/software/lotus/events/lotusphere2011/sbis/

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

200 Países, 200 Anos, em 4 Minutos

Não canso de me impressionar com o que se pode fazer ao se unir Criatividade e Tecnologia! Vejam só que maravilhosa forma de mostrar a evolução da humanidade nos últimos 200 anos...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Investir em Web 2.0 dá retorno? SIM!!!


Eis a pergunta de um milhão de dólares... afinal, vale a pena investir em Wikis, Comunidades, Blogs e outros tantos termos associados ao que ficou batizado como Web 2.0? Fornecedores tem bombardeado os clientes com novas ofertas nesta arena. Institutos de pesquisa fazem estudos mostrando as principais aplicações. Eventos "pipocam" com o "canto da sereia" da Web 2.0. Mas, afinal, é possível medir o retorno deste tipo de investimento?

Até recentemente havia muito ceticismo com relação a este tipo de investimento. A adoção destas "tecnologias" vinha acompanhada de bastante cautela. Definitivamente ainda não ocupavam o topo da lista de prioridades dos CIOs.

Pois estudo publicado pela McKinsey (1) com 3.249 executivos de diversas indústrias e áreas aponta para resultados bem positivos. A idéia de que o retorno de investimento nestas tecnologias seria intangível começa a ser questionada. No artigo, a McKinsey identifica uma nova categoria de empresa emergindo neste cenário, a "empresa conectada" (uma tradução livre de "networked enterprise"), que explora um ambiente colaborativo para melhor integrar suas operações internas e também suas relações com clientes, parceiros e fornecedores. Segundo o estudo, estas empresas apresentam resultados melhores e tem a possibilidade concreta de se posicionarem como líderes de mercado.

E não são poucas as empresas que já estão adotando tecnologias Web 2.0 em suas empresas. Segundo a pesquisa, 2 terços dos entrevistados garantem que suas empresas estão usando estes recursos. E estão aferindo melhores resultados e ganhando mercado. Ou seja, vale a pena investir em Web 2.0.

A IBM vem investindo literalmente bilhões de dólares por ano em P&D nesta área. Em termos de Redes Sociais hoje é líder incontestável no mundo corporativo. Simplesmente não existe no mercado uma outra oferta "de ponta a ponta" com o mesmo nível de integração. E a solução oferecida é usada internamenta faz alguns anos por quase 500 mil funcionários no mundo todo, diariamente.

Tem dúvidas com relação ao Retorno de Investimento em Redes Sociais, Portais, Comunidades e outras tantas funcionalidades de Web 2.0 em sua empresa? Sugiro conversar com seu contato na IBM sobre um BVA de Portal e Colaboração (Business Value Assessment). O BVA é um framework que permite, após um detalhado estudo, apontar para um ROI (Return on Investment) de um projeto como esse para sua empresa.

(1) https://www.mckinseyquarterly.com/The_rise_of_the_networked_enterprise_Web_20_finds_its_payday_2716

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Geração Y, Facebook e Lillian Lowe



Assisti hoje a uma apresentação de Eline Kullock, sobre a "Geração Y". Eline é uma das maiores estudiosas e especialistas em Geração Y no Brasil e reconhecida internacionalmente. O tema é bastante interessante e rapidamente a audiência, constituida por um bom número de representantes da Geração Y bem como de Baby Boomers e da geração X, se deixou levar pelas divagações propostas por ela.

Segundo Eline, a Geração Y é um conceito de sociologia que se refere aos nascidos depois de 1980. Eles nasceram em um período de maior prosperidade no mundo, na maioria dos casos não conviveram com inflação, estão acostumados a receber aquilo que desejam e no tempo que querem. Tipicamente aprenderam a viver com poucos limites.

É nítida a influência da "tecnologia" e da "disponibilidade de grande quantidade de informaçào" na formação desta geração. Normalmente, são jovens que tem acesso fácil a internet, seja em casa, em universidades, no trabalho ou em qualquer outro local, usando dispositivos móveis. São ansiosos, questionadores e confrontadores por natureza.

A Geração Y é a primeira grande "classe" a criar e frequentar ambientes virtuais. São eles que populam as principais redes sociais, como Facebook, Orkut, LinkedIn e outras mais. São autores de blogs, editores de Wikis e usuários do Twitter e outras tantas ferramentas "sociais".

O mais interessante, e o motivo pelo qual eu decidi colocar este post, é que logo depois, lendo a edição online do Jornal O Globo, encontrei uma nota no mínimo curiosa... fala sobre a Sra. Lillian Lowe, britânica que, do alto de seus 103 anos é a usuária mais idosa do Facebook! (1) Vejam só... ela não faz parte nem da Geração Y nem da X... ela representa os Veteranos, que nasceram quando se usava rádio para se comunicar.


Ela é uma testemunha viva de toda a transformação que a sociedade passou no último século, principalmente em termos de comunicação. Testemunhou a adoção do rádio, a transição para a Televisão, a chegada da Internet e acabou "caindo na rede", com conta ativa no Facebook...

Detalhe, depois que ela assumiu a posição de mais idosa usuária do Facebook, já recebeu 999 convites de amizade. Provavelmente convites de todas as gerações seguintes... Será que teremos um "choque de gerações" no Facebook?

Para quem tem interesse pela área, recomendo conhecer o blog de Eline (2).

(1) http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2010/12/17/usuaria-mais-velha-do-facebook-inundada-por-pedidos-de-amizade-923311447.asp
(2) http://www.focoemgeracoes.com.br/

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nascimento de Jesus nas Mídias Sociais

Uma campanha absolutamente brilhante!!!

IBM 100% Mobile

Se você é um usuário de tecnologias de colaboração da IBM, vai gostar de saber que a nova versão do Traveler já está disponível (8.5.2.1) e, agora, suporta qualquer dispositivo móvel, seja ele baseado em Windows, Symbiam, iPhone, Blackberry ou... Android! E suporta tanto celulares quanto tablets. Ou seja, independente de sua plataforma móvel, agora você pode levar os benefícios de colaboração para todos os seus colaboradores, sem limitação de plataforma.

Mais detalhes em:

http://www.edbrill.com/ebrill/edbrill.nsf/dx/now-available-lotus-notes-traveler-for-android

Uma nova profissão... o "Curador de Conteúdo"

Nos últimos dez anos vimos um crescimento impressionante da Internet, tanto em número de usuários quanto em relação a quantidade de informações Quando queremos fazer uma consulta, já estamos acostumados a pesquisar no Google, por exemplo, ou em outro site de buscas. Os resultados usualmente apontam para centenas de milhares de referências ou, dependendo do assunto, para milhões de endereços distintos.

O mesmo acontece diariamente dentro das grandes corporações. Empresas como a IBM, por exemplo, que tem mais de 470 mil funcionários, tem uma Intranet extremamente sofisticada e rica. No entanto, o problema do excesso de informações também surgiu dentro de suas paredes.

Para complicar a situação, aumentou consideravelmente a quantidade de informação publicada de forma expontânea pelos seus funcionários. Um indicador interessante compara a quantidade de conteúdo produzido pela empresa com aquele produzido pelos seus funcionários. Hoje, na IBM, a produção de conteúdo pelos funcionários é cerca de 15 vezes maior do que a produzida pela empresa. E tende a aumentar.

Surge aqui um ponto interessante. Com tanta informação produzida diretamente pelos funcionários, como garantir que ela tem qualidade? Como garantir que ela chegue aos locais e pessoas corretas, no tempo certo?

Para responder a esta questão, a IBM criou a missão do "curador de conteúdo". Trata-se de uma função extremamente importante e que procura, de forma criteriosa, avaliar o conteúdo produzido e seu valor. Em alguns casos, o curador está associado a uma indústria específica, como Finanças, Governo ou Varejo.

A idéia é garantir que qualquer um possa produzir informação e também localizar a informação desejada. Mais ou menos da mesma forma que um curador de um museu que, quando está planejando uma exposição, procura encontrar as peças mais representativas. Ele é um "endosso" de que aquela peça tem valor. Da mesma forma, o "curador de conteúdo" dá o "selo de garantia" de uma informação qualquer.

Será uma nova profissão surgindo? Em tese, hoje, a missão de publicar conteúdo ainda está muito associada a área de Comunicação na maioria das empresas. Este novo profissional pode ajudar a mudar o centro de gravidade de comunicações em uma empresa, dando mais peso para os funcionários.

Para maiores detalhes, recomendo ler o conteúdo do link abaixo e, também, assistir ao vídeo.

http://www.myragan.tv/Main/Articles/42536.aspx

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desconecte-se para Conectar-se

Já falei sobre este tema aqui em março (1)... o (mau) uso dos celulares. Esta semana recebi de uma amiga este vídeo, bem interessante, sobre o assunto.

No fundo a proposta é simples... desconecte-se de seu aparelho celular e conecte-se com as pessoas que estão ao seu lado, sejam amigos, família ou colegas de trabalho. Afinal, quem já não esteve em almoços, jantares ou reuniões em que alguem simplesmente começa a mandar mensagens ou navegar pelo celular?




(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2010/03/blackberry-e-blackhabits.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

iTunes Ping - Uma Rede Social para Música


Para nós que gostamos de música e estamos ligados de alguma forma às tecnologias da Apple, um bom motivo para comemorar. A Apple lançou o iTunes Ping (1), uma rede social voltada exclusivamente para amantes da música.

A idéia é simples, criar uma comunidade onde o tema principal é, simplesmente, tudo o que estiver relacionado com música. Você pode seguir seus artistas favoritos, saber que tipo de música seus amigos gostam e compartilhar com os outros membros o que você gosta, a que shows está indo, etc.

Obviamente existe o interesse comercial da Apple em estabelecer uma comunidade cada vez mais ativa e vender produtos e serviços. O conceito é simples e não tem nenhuma novidade. O valor inerente a uma comunidade com um interesse comum tem bastante apelo comercial.

E a Apple não quer perder a oportunidade, claro...

(1) http://www.apple.com/itunes/ping/?cid=CDM-US-DM-P0009884&Email_PageName=P0009884&Email_OID=4405b9e698616bed2120e4942a4bd360&cp=em-P0009884-&sr=em

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sou minoria

Por isso, quero:
  1. Bolsa Escola - com um bom nível e não escolas apenas pra "inglês ver"
  2. Bolsa Alimentação - de qualidade e não simplesmente "o basicão" ou restaurantes de 1 real
  3. Bolsa Universidade - quero minha quota, afinal, sou minoria
  4. Bolsa Permanência - pra continuar estudando
  5. Bolsa Família - pra garantir acesso a educação, saúde e alimentação
  6. Bolsa Formação - para ter uma melhor segurança pública
E por aí vai...

domingo, 31 de outubro de 2010

Orgulho ferido (novamente)...


Por décadas os EUA mantiveram o título de país que desenvolveu o computador mais rápido do mundo. Perderam o título pela primeira vez em 2002, para o Japão, mas o recuperaram logo no ano seguinte, para não perder mais. Na nova lista, que sai agora em Novembro, uma nova surpresa... a China vai aparecer no topo, segundo reportagem publicada pelo jornal New York Times (1).

Desenvolver o computador mais poderoso do mundo é um forte motivo de orgulho para uma nação. Eles são usados em diversas áreas como defesa nacional, elergia, finanças, educação e ciências. Grandes projetos são desenvolvidos usando estes supercomputadores.

A perda do título, pela segunda vez em menos de 10 anos, fere o orgulho norteamericano e mostra claramente o novo papel da China no setor de tecnologia.

(1) http://www.nytimes.com/2010/10/28/technology/28compute.html?_r=2&nl=&emc=a1

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Energia Elétrica - Uma "breve" introdução...

Tá aí um vídeo simples (1) que dá uma pequena introdução ao sistema de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica...


(1) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zTcfJP8fz2s#!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amazon Mom - Uma Rede Social para pais


Redes Sociais não são mais novidade e, a cada dia que passa, vemos mais e mais redes surgindo em torno das mais variadas comunidades de interesse. Esta semana, a Amazon criou uma nova rede exclusivamente para pais (ou qualquer pessoa envolvida no processo de criação de crianças). É o "Amazon Mom" (1).

A idéia é criar e manter uma comunidade para atender às demandas típicas deste grupo de consumo, como fraldas, por exemplo. Aliás, quando você entra na comunidade e aceita a oferta de "assinatura" de fraldas, você vai recebê-las em sua casa, na periodicidade definida por você, com um desconto de 30%... nada mal para quem compra pacotes e mais pacotes de fraldas por mais de um ano.

Infelizmente a Amazon só entrega as fraldas nos EUA. Alguem se habilita para criar uma comunidade deste tipo por aqui???

(1) http://www.amazon.com/gp/mom/signup/info

Isso é que é Marketing inteligente!

domingo, 5 de setembro de 2010

Beloit College Mindset List

Em Abril deste ano escrevi um post relacionando ítens que eram comuns em nosso mundo na década de 90 e que já são coisa do passado, aliás, coisa de um passado de muito mais do que simples 10 ou 15 anos (1). Para nossos filhos, hoje na casa dos seus 10 ou 15 anos, esses ítens sempre foram e serão, literalmente, "peças de museu", serão simplesmente "curiosidades" dos tempos dos seus pais. No entanto, para nós, foram eram novidade, avanços, descobertas e sonhos de comsumo. Marcaram nossas vidas mas não deixarão marca alguma em nossos filhos.

Ontem, recebi um email de uma amiga, me apresentando a "Beloit College Mindset List" (2). Bem interessante... trata-se de uma iniciativa do Beloit College, localizado na pequena cidade de Beloit (37 mil habitantes), a noroeste de Chicago, no estado de Wisconsin. A idéia é simples... relacionar tudo aquilo que, de alguma forma, está relacionado com a atual geração de alunos entrando no "college". Entra de tudo um pouco... claro que a maioria dos ítens é muito relacionada com a cultura e a vida americana, mas muitos ítens são globais e representam uma parte do "estado cultural" da juventude.

Vejam alguns dos que foram relacionados na lista da turma de 2014, composta por alunos que nasceram em 1992:
  1. Poucos escrevem usando o estilo "cursivo"
  2. Email é muito lento e pouco usado
  3. Carros coreanos sempre frequentaram as estradas americanas
  4. Sequenciamento de DNA e mapa do genoma humano sempre existiram
  5. Provavelmente nunca viram um carrosel de slides Kodachrome
  6. Computadores nunca tiveram leitores de CD
  7. Os primeiros computadores domésticos que eles tiveram acesso foram provavelmente um Apple II ou um Mac II, que já estão em museus.
  8. Ter a sua disposição centenas de canais na TV a cabo e nada de bom para assistir... sempre foi assim.
Para quem quiser a lista inteira, com todos seus 75 pontos... basta seguir o link (3).

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2010/04/nem-sempre-foi-assim.html
(2) http://www.beloit.edu/mindset/index.php
(3) http://www.beloit.edu/mindset/2014.php

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Para onde vão os Tamagoshis ao "morrer"?


Tudo começa assim... um dia a criança ganha um Tamagoshi e passa a cuidar dele como se fosse um filho. Alimenta, dá banho, leva para passear e até faz carinho para ele dormir à noite. Esse mesmo enredo dura algum tempo até que, em um belo dia, o pobre coitado do Tamagoshi começa a passar fome, fica sem tomar banho e tem verdadeiros pesadelos à noite, com medo de dormir sozinho. No final de sua "vida", abandonado por aquele que tanto aprendeu a amar, ele simplesmente "morre"...

A vida é realmente cruel para esses bichinhos... depois da "primeira geração", de plástico mesmo e com uma pequena bateria, veio a segunda onda, agora de Tamagoshis virtuais. Uma febre entre as crianças, eles vem na forma de peixes, cachorrinhos, gatinhos e outros bichos esquisitos como "puffs" e "foopets", por exemplo. Mas o enredo continuou o mesmo... Nascem, crescem e, um dia, morrem... A diferença agora é que também fazem parte de verdadeiras Redes Sociais! Inacreditável!!!

Da mesma forma que o espaço sideral em torno do nosso querido planeta "real" está repleto de lixo espacial com satélites que pararam de funcionar e outras repimbocas, hoje existem no cyberespaço uma população enorme de Tamagoshis virtuais mortos... um enorme exército de Zumbis, vagando pela "Cloud" sem dono e sem ter para onde ir.

Estava aqui pensando... será que o Odorico Paraguaçu teria interesse em inaugurar um novo cemitério? Desta vez seria para Tamagoshis e, certamente, haveriam muitos clientes...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Você faz back-up regularmente?

A Mozy (1), uma das empresas que desenvolveu seu business oferecendo back-up na "nuvem", recentemente fez uma campanha bem interessante... Para divulgar sua chegada "física" ao Reino Unido, saiu as ruas em busca de transeuntes portando um notebook. Ao encontrar um incauto, fazia uma oferta diferente... o meliante quebraria seu notebook, na hora, com uma marreta, sem nem mesmo ter o direito de ligar o equipamento uma última vez. Em troca deste ato bizarro, ganharia um novo equipamento da Apple.

O dilema é complexo... fazer regularmente back-up é coisa para poucos e, mesmo para eles, difícil não estar com o back-up desatualizado. Ou seja, quebrar o equipamento vai representar perda de informação.

Não deixa de ser uma campanha interessante, para um serviço ainda novo em todo o mundo.

Vale conferir o vídeo que foi feito:






(1) www.mozy.com

sábado, 17 de julho de 2010

Adolescentes e Telefones Celulares

Uma recente pesquisa "Pew Research Center" (1), de abril deste ano, aponta dados bastante interessantes sobre a forma como adolescentes usam seus aparelhos celulares e, de quebra, ainda aponta algumas tendências interessantes na forma como as Redes Sociais e a Telefonia Celular estão convergindo (2).

Nos EUA, aproximadamente 75% dos adolescentes (entre 12 e 17 anos) tem telefones celulares (eram 45% EM 2004). E, neste grupo, 72% usam o telefone preferencialmente para mandar mensagens de texto, mais do que para fazer ligações telefonicas.

O mais impressionante é que a comunicação com amigos por mensagens de texto é, hoje, nos EUA, o canal mais usado por adolescentes. E estou falando de todas as formas possíveis de comunicação como telefone fixo, celular, site de rede social, mandar emails ou, acreditem, falar pessoalmente.


E tem mais... vejam só:
  1. Metade dos adolescentes mandam pelo menos 50 mensagens por dia
  2. Meninos usualmente mandam e recebem cerca de 30 mensagens por dia
  3. Meninas mandam e recebem aproximadamente 80 mensagens por dia (alguma surpresa?)
Uma outra conclusão interessante da pesquisa é que o uso do celular como telefone, entre adolescentes, é mais comum para conversar com os pais... que, pelo visto, já fazem parte de uma "geração anterior".

A pesquisa é longa e bastante abrangente. Para finalizar, uma relação das funcionalidades mais usadas por adolescentes nos celulares multi-funcionais:83% usam os celulares para tirar fotos.
  • 64% usam para compartilhar fotos com amigos
  • 60% usam para ouvir música
  • 46% usam para jogar jogos eletrônicos
  • 32% trocam vídeos com seus telefones
  • 31% usam para trocar mensagens instantâneas como MSN e outros
  • 27% usam para navegar na internet
  • 23% usam para ter acesso a sites de redes sociais
  • 21% usam email nos seus celulares
  • 11% usam para adquirir bens em geral
Vale uma lida. Uma pesquisa bem intessante e que aponta para algumas tendências fortes para os próximos anos.

É sempre importante lembrar que os adolescentes de hoje estarão no mercado de trabalho em 10 ou menos anos... É deste grupo que devem vir as maiores demandas por serviços e tecnologias tanto para uso pessoal quanto para profissional... e, claro, fontes de inovação.

(1) http://pewresearch.org/
(2) http://www.pewinternet.org/Reports/2010/Teens-and-Mobile-Phones.aspx

sábado, 29 de maio de 2010

Facebook X Diaspora - Round 1

Que o Facebook é um fenomeno todos sabem. Estima-se em 500 milhões o seu número de usuários. Absolutamente incrível. Ao mesmo tempo, o número de críticos vem crescendo ultimamente, principalmente com relação a aspectos como segurança de informação e privacidade.


Pois um grupo de estudantes de NY resolveu partir para a guerra e está projetando um novo modelo de Redes Sociais. Batizado de Diáspora (1 e 2), sua proposta é de ter um ambiente 100% baseado em código aberto, com criptografia avançada e que permita que cada um controle sua própria "Rede Social".

Trata-se de uma proposta diferenciada. As grandes Redes Sociais hoje existentes, como o Facebook e o Orkut, são centralizadas. Ou seja, você "deposita" suas informações em seus servidores, de onde são compartilhadas. Eles funcionam como um grande "hub", ou uma central de conexões. O problema é que toda a infomação que você coloca fica pública, com muito pouco controle (no momento o Facebook está trabalhando em recursos para aumentar a privacidade).

A proposta do Diáspora é que cada usuário controle suas informações. Na prática não vai haver a figura do grande centralizador de informações. Elas ficam na sua máquina (ou onde você quiser) e são compartilhadas por você com quem você quiser. O controle deles é apenas para garantir a comunicação entre cada um dos usuários, os "seeds" de forma segura.

Faz algum tempo que o Facebook ganhou a "coroa" das redes sociais e tem convivido pacificamente com concorrentes como Orkut e LinkedIn. Vamos ver agora, com esse "novo entrante", como a luta vai ficar.

O primeiro round já está marcado. O Diaspora chega no final do verão no hemisfério norte, em Setembro. É pagar para ver... quer dizer, não precisa pagar nada, é grátis...

(1) http://www.joindiaspora.com/
(2) http://www.nytimes.com/2010/05/12/nyregion/12about.html

Wired no iPad - Uma Visão do Futuro?


Uma das discussões mais intensas dos últimos 5 anos é sobre o futuro da mídia impressa. Indicadores da indústria apontam para resultados de venda piores a cada mês na venda de jormais impressos.

A discussão atinge também revistas e livros e ganhou um novo capítulo com a chegada ao mercado do iPad. A conceituada revista americana Wired, depois de meses de projeto, lançou sua primeira edição para o iPad, a de junho (1 e 2). Cheia de novos "efeitos especiais" somente disponíveis no leitor da Apple, a edição literalmente "bombou", com uma venda recorde de 24 mil exemplares em 24 horas. O número parece pequeno mas, de longe, é o melhor que uma revista alcançou em vendas digitais até o momento. Importante levar em consideração que trata-se de um download de mais de 500 MegaBytes e que custa 5 dólares.

Esta primeira edição da Wired para o iPad já está sendo considerada histórica e um sinal do que pode vir por aí, tanto para o iPad quanto para os jornais e revistas tradicionais.

Seguramente é o novo benchmark para toda uma indústria.

(1) http://www.electronista.com/articles/10/05/27/wired.for.ipad.could.challenge.print.subs/
(2) http://www.macnn.com/articles/10/05/26/adds.interactive.extras.to.paper.magazine/

quarta-feira, 19 de maio de 2010

5 mil reais de multa...

O TSE multou novamente nosso Presidente por campanha antecipada. É a terceira vez. Na primeira vez a multa foi de 5 mil reais. Na segunda, de 10 mil. Agora, novamente, em 5 mil reais.

5 mil reais de multa por campanha eleitoral antecipada. Não entendi... somente 5 mil reais? Nenhuma outra punição? Me parece o mesmo que dar um cartão amarelo para um jogador que faz uma falta para impedir um gol do adversário. O estrago já está feito e, como se diz na giria futebolística, acaba "saindo barato", ou seja, vale a pena fazer a falta e tomar o cartão amarelo.

Não entendo nada de justiça eleitoral mas não me parece nada razoavel multar uma pessoa na posição em que está nosso Presidente em 5 mil reais. Em uma campanha que movimenta centenas de milhões de reais (1), uma multa de 5 mil não vale nada e, da mesma forma que o cartão amarelo, sai muito barato pois o estrago está feito.

Não me parece correto multar somente a "pessoa física" do Presidente. E as outras instituições e partidos que são de alguma forma prejudicados pela campanha antedipada?

O cartão amarelo, pelo menos, tem uma vantagem... dois no mesmo jogo e o jogador é expulso... três, em jogos diferentes, e o jogador fica uma partida fora.

(1) http://clipping.tse.gov.br/noticias/2010/Abr/19/jornal-do-commercio-gastos-de-campanhas-podem

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nem sempre foi assim...

Dificilmente paramos pra pensar sobre as "pequenas" transformações por que passamos nos últimos 15 ou 20 anos. Foram inúmeras... a maioria pequena, mas com um impacto enorme em nosso dia-a-dia. Apenas relembrando algumas:
  1. Telefone Celular - Talvez o que tenha tido maior impacto em nosso dia-a-dia. E ninguem tinha um desses há 15 anos... Os primeiros modelos, da Motorola, eram enormes. A piada na época é que serviam para telefonar, quando funcionavam, é claro, e, em caso de emergência, podia ser uma boa arma para se defender de alguem!

  2. Telefone sem fio - Boa essa... os telefones tinham fio sim, que ligava o aparelho a sua base. Não dava pra ficar falando no telefone andando pela casa. Tinha que ficar perto do aparelho ou então comprar extensões que ficavam enrolando em tudo pelo caminho.

  3. Telefone com discagem por teclas - Claro que não havia! Os aparelhos tinham aqueles discos com os números, lembra? Aí, pra bloquear o uso dos telefones, os mais pão-duros colocavam um cadeado no disco! Claro que havia uma saída... bastava "bater" no botão usado para desligar uma ligação o número de vezes que representaria o número a ser discado... para discar o número 5, por exemplo, tinhamos que bater 5 vezes rapidamente nesse botão. Isso para cada número a ser discado...

  4. Camera Digital - Inacreditável a mudança cultural que provocou. Não existia há dez anos... Depois que tirávamos um rolo de fotos, tinha que mandar revelar... Tinha rolo de 12, de 24 e de 36 fotos, preto e branco ou colorido. Ficavam prontas em poucos dias, em menos de uma semana.

  5. Internet (WWW) - Apesar de já existir desde os tempos da Guerra Fria, quando foram lançados os alicerces do que viria a ser, a Internet, era bem diferente da forma como a conhecemos hoje... não existia há 15 anos...

  6. Correio Eletrônico - Não existia, na forma como o que conhecemos hoje, há 15 anos. Explodiu na segunda metade da década de noventa e hoje crianças de 8 anos já tem. Antes tinhamos que ir a uma loja dos Correios para mandar uma carta e, claro, comprar um selo pra colocar no envelope.

  7. Televisão "a cabo" - ou via satélite... não existia há 15 anos. Só tinhamos meia duzia de canais: TVE, Globo, Manchete, Record e SBT... devo estar esquecendo de algum.

  8. Aparelho de TV digital - Não existia... eram de "tudo de imagem" com seletor de canais rotativo. Em alguns modelos havia um sintonizador para as frequencias horizontais e verticais... fala sério, lembra disso???

  9. Controle remoto - hahahaha, claro que não tinha! Levanta e muda o canal... deixa de ser preguiçoso!... muitos canais não se preocupacam em investir em boa programação pois as pessoas não mudavam mesmo de canal.

  10. MP3 - Nem pensar... há 5 anos não havia isso. Tinha que comprar CD mesmo. Baixar da Internet? Nem os mais visionários podiam imaginar que isso seria possível.

  11. CD e DVD - Nada parecido. Quando surgiram os primeiros "discos prateados" parecia coisa de ficção científica. O que havia eram fitas K7, discos de vinil e fitas VHS. CDs e DVDs não existiam há 15 anos...
E por aí vai... Lembra de alguma invenção que mudou nossas vidas? Conta pra nós!

Boa Noite, Mary Hellen! (quem se lembra dessa?)

terça-feira, 27 de abril de 2010

"Maluco não é quem pede..."

Com uma dívida interna já superando os 12 trilhões de dólares, qualquer um em sã consciência já estaria completamente desesperado... aliás, acredito que a maioria não conseguiria nem chegar perto. Pois o dono deste "buraco" são os Estados Unidos da América. A conta é difícil de ser paga mas o barco continua a flutuar...

Pagar uma conta destas exige disciplina fiscal, política monetária bem administrada, instituições fortes, bancos e instituições financeiras sólidos e estáveis (nossa, precisa disso também, então...), poupança interna, guerras e um bando de outras coisas. Definitivamente não vai ser fácil, mas não é impossível.

O que não pode é desistir e pedir ajuda nas ruas. Aposto que vai ser mais difícil...

domingo, 25 de abril de 2010

Harmony One - Paz no sofá!

Controle remoto sempre foi uma palavra maldita... claro, não no início, quando surgiram os primeiros modelos. Estou falando de hoje em dia, quando ninguem tem somente um controle remoto em casa. Numa boa, e sem preconceito algum, quem nunca recebeu uma ligação de um filho ou filha reclamando que não consegue ligar a televisão.? Isso sem falar na esposa... Calma, não estou falando de todas, só de algumas exceções.. "Eu só quero ligar a televisão, como qualquer casa normal!!!". "Casa Normal"? Desde quando para ser uma casa normal tem que ter somente um controle remoto???

Bom, por causa disso, nos últimos 15 anos, eu já testei inúmeros modelos de controles remotos universais. Todos funcionam, mas com muitas limitações. Essa era a história, até que surgiu o Harmony One, da Logitech (1). Disparado o melhor controle remoto universal disponível no mercado segundo a própria imprensa especializada (2).

O grande barato dele é que você faz toda a configuração dos aparelhos que você quer controlar pela Internet. Simples assim... você o conecta ao seu computador, configura os aparelhos a serem controlados e atualiza o controle remoto. Pronto! É só usar! Novos aparelhos são lançados? Sem problemas, a Logitech atualiza a lista...

Não recebo mais ligações de casa com reclamações de que ninguem consegue ver televisão. Quer coisa melhor?

(1) http://www.logitech.com/en-gb/remotes/universal_remotes/devices/3898
(2) http://reviews.cnet.com/remote-controls/logitech-harmony-one/4505-7900_7-32825878.html

sexta-feira, 19 de março de 2010

Nosso Líder (?)

Não gosto de comentar sobre política e nem sou grande especialista em economia mas preciso fazer um comentário sobre a coluna de hoje de Míriam Leitão, no jornal O Globo. Trata-se de uma crítica ao nosso presidente com relação à atenção que ele vem dando a questão dos royalties do petróleo.

Vou fazer minhas, as palavras de Míriam Leitão: "Chega a ser cômico que Lula esteja se propondo a ser mediador do intratável conflito do Oriente Médio, assunto entregue às grandes potências desde sempre, enquanto no Brasil os estados se acusam e se dividem e as populações se mobilizam. E tudo que Lula tem a dizer é que a bola é do Congresso.".

Afinal, é isso o que esperamos de um presidente que foi eleito pela maioria da população? É isso o que sustenta tamanha aprovação com relação ao seu mandato?

A chance de mudar está 6 meses a nossa frente, nas eleições. Será que dessa vez conseguiremos fazer alguma mudança???

Aproveitando, recomendo a leitura da coluna da Míriam Leitão. Ela tem escrito textos bem interessantes sobre a questão dos royalties. E não são mergulhos no universo hermético dos economistas, com seus termos obscurantistas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Cloud Culture", a cultura do "de graça"

Um dos aspectos discutidos por Jaron Lanier em seu livro "You are not a Gadget" está relacionado ao fato da maioria das pessoas entender que pode obter (quase) tudo na Internet, sem pagar nada. É uma questão pra lá de delicada pois ainda não vi nenhum modelo de negócio sustentável que não tenha troca de dinheiro no meio...

Quando lemos jornais na Internet, não pagamos nada (na grande maioria dos casos). Downloads de música, de filmes e de livros são exemplos bastante claros mas, além disso, tem muito mais. Serviços como correio eletrônico, aplicações de edição de texto, planilhas eletrônicas e software para apresentação também já podem ser encontrados gratuitamente. Outros serviços como compartilhamento de fotos e back-up são mais alguns exemplos.

A questão que ele coloca é que este modelo pode simplesmente destruir alguns negócios, principalmente aqueles relacionados com cultura. Música gratuita não alimenta artista... filme gratuito também não... livros pirateados ídem. Como poderia, então, um artista sobreviver? De onde um artista poderia tirar seu sustento?

Ele sugere que artistas vão ter que "migrar" para outras atividades relacionadas com sua aptidão... Se não dá para um cantor ganhar o sustento vendendo CDs ou DVDs, ele deve fazer mais shows ao vivo, vender mais camisetas, canecas ou qualquer outro ítem relacionado. O mesmo vale para os livros. Se não dá pra ganhar dinheiro vendendo livros, que busque renda na venda de edições especiais para colecionadores ou algo similar.

Ele chega até a citar um modelo simples e interessante... Se um artista qualquer conseguir convencer 1.000 pessoas a gastar 100 dólares por ano com ele, em qualquer tipo de produto ou serviço, ele leva 100 mil dólares pra casa por ano. É simples e algo bem razoável de se imaginar.

A questão é, no atual cenário de cultura "Cloud", será que temos espaço para um consumidor gastar estes 100 dólares com ele? Será que ele conseguiria usar a Internet para vender 100 dólares se a grande maioria dos usuários espera obter produtos e serviços gratuitos na Internet?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Black Pixel Project contra o Aquecimento Global

O GreenPeace lançou um projeto, no meio do ano passado, para auxiliar na redução de consumo de energia e na emissão de CO2. O conceito é simples... centenas de milhões de pessoas usam computadores pessoais no mundo todo e a energia consumida é enorme. Um dos vilões dessa história são os monitores, grandes gastadores de energia. Agora imagine se cada um de nós simplesmente "desligasse" um pedacinho do seu monitor como um pequeno quadrado... A economia total estimada pelo GreenPeace é de aproximadamente 57.000 Watts por hora, para o caso de 1 milhão de pessoas fazerem o mesmo (1).

A conta é simples... cada "black pixel", o quadrado que mencionei acima, tem 50 pixels de lado, ou seja, uma área de 2.500 pixels e consome 0,057 Watts por hora. Ou seja, se uma pessoa "desliga" esse pedaço da tela ela deixa de consumir 0,057 Watts por hora. Se 1 milhão de pessoas fazem o mesmo com seus monitores chegamos aos 57.000 watts por hora. Daí pra frente é só multiplicar... podemos fazer a conta para um dia, para 10 milhões de pessoas, e por aí vai.

Nada como um projeto simples para auxiliar na redução do consumo de energia. Para participar, é só instalar o programinha...

http://www.greenpeaceblackpixel.org

O mais legal de tudo é que o projeto foi desenvolvido aqui mesmo no Brasil, com a participação de um dos centros mais avançados de tecnologia do país, o C.E.S.A.R. (Centro de Estudos Avançados de Recife) e da agência AlmapBBDO (2). Para entender um pouco melhor o projeto consulte (3), em português, ou (4) em inglês.

Vamos participar! Cada um de nós fazendo nossa parte vamos fazer uma enorme diferença.

(1) http://www.greenpeaceblackpixel.org/#/pt/conta
(2) http://www.greenpeace.org/brasil/energia/noticias/black-pixel-contra-o-aquecimen
(3) http://www.youtube.com/watch?v=D5MlLAiW49k
(4) http://www.youtube.com/watch?v=QE_XAo9IHug&feature=channel

terça-feira, 2 de março de 2010

Blackberry e "Blackhabits"

Fala sério, existe coisa mais desagradável do que estar ao lado de alguem que não pára de futucar um Blackberry? Quem já não passou por essa situação, cada vez mais comum? O mais incrível é que quem está mexendo acha que é a coisa mais natural do mundo e nem se incomoda.

Tudo bem, os smartphones em geral são máquinas superpoderosas e que permitem um nível de comunicação até hoje não disponível. Mas o modo como seus usuários tem se comportado socialmente é extremamente deselegante.

Pesquisei na Internet e existem inúmeros textos falando sobre a etiqueta no uso dos smartphones. Basta buscar no Google. Eu tenho meus "mandamentos", relacionados abaixo, e aproveito para perguntar... quais os limites para o uso dos smartphones socialmente?
  1. Só use um smartphone quando estiver sozinho ou quando não estiver engajado em qualquer tipo de conversa ou atividade social;
  2. No caso de estar acompanhado, só use em caso de emergência. Definitivamente não existe nada que não possa esperar até um momento mais oportuno. Sempre foi assim, por que mudaria agora que existem os smartphones? Por acaso eles mudaram a "ordem das coisas"?
  3. No caso de estar acompanhado e de ser uma emergência, peça licença para usar;
  4. Em reuniões sociais, seja um jantar, almoço, reunião ou qualquer outra do gênero, simplesmente não use. Concentre-se no objetivo da reunião. Se não estiver interessado, por qualquer motivo, simplesmente peça licença e saia. Ficar presente e não prestar atenção é desrespeitoso com o restante dos presentes.
  5. Em salas de aula ou em apresentações, jamais use. Da mesma forma que em reuniões sociais, se o assunto não for do seu interesse saia. Aliás, se não for do seu interesse, por que estava lá??? Além disso, é extremamente desrespeitoso com o professor ou palestrante. Ele percebe claramente quem está clicando sem parar em um smartphone e sente-se extremamente desprestigiado.
  6. Quando em família, aproveite os momentos para conversar sobre o dia e as novidades. É desagregador ficar em um ambiente familiar dedicando atenção a algo que somente você tem acesso.
O grande problema por trás do uso dos smartphones é que o mesmo está se transformando em um hábito. E um hábito nada mais é do que um "comportamento que determinada pessoa aprende e repete freqüentemente, sem pensar como deve executá-lo e de forma automática, sem perceber". Aí é que está o problema. Os usuários de smartphones, sem pensar, usam seus aparelhos em situações onde não deveriam, automaticamente...

Obviamente a resposta para esta situação não passa pela proibição do uso de smartphones. O mais importante é que o usuário tenha noção dos momentos corretos para usá-los. E isso depende de cada um de nós... Smartphones são extremamente poderosos e podem nos ajudar muito a sermos mais efetivos e eficiêntes. O desafio é saber usá-los corretamente.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Upload Yourself

Jaron Lanier foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar com realidade virtual (1). Ele acaba de lançar um livro, "You are not a Gadget" (2), onde discute a evolução da Web, Cloud Computing e outros temas relacionados. É uma abordagem bastante ambiciosa, certamente polêmica, mas muito interessante.

O livro vai tangenciando temas complexos, como tecnologia, sociedade e religião. Em certo momento, ele nos convida a uma interessante reflexão.

Hoje já fazemos muitas coisas na Web... nossas fotos estão em um site como o da Shutterfly ou o Flickr, por exemplo. Nossos dados profissionais são constantemente atualizados e mantidos em sites como o LinkedIn. Nossa rede de relacionamentos está no Orkut ou no Facebook. Alguns de nós já tem suas fichas médicas "armazenadas" na Web por hospitais ou clínicas particulares. Nossas informações acadêmicas já estão lá... O ponto levantado por ele é que, na prática, cada um de nós já tem grande parte de nós mesmos na Internet, e que essa é uma tendência forte para os próximos anos.

As informações, hoje, ainda estão desconexas, em sites distintos, mas estão lá.

Agora imagine milhões, bilhões de pessoas armazenando suas informações na Web... será que em algum momento estariamos criando um "mega-supercomputador", capaz de "armazenar" todo o conhecimento do mundo? Será que, finalmente, estaremos tornando reais os sonhos dos pesquisadores de Inteligência Artificial?

Na avaliação dele, pode ser que sim, mas ainda teremos uma longa estrada pela frente. Imaginar que nossa "alma" esteja um dia na Intenet é algo completamente inverossímel mas, em uma análise fria dele, comparando a evolução tecnológica com as religiões, algo imaginável... ficção científica? Pode ser que sim nos dias de hoje, como as viagens de Julio Verne foram um dia...

Quem sabe um dia teremos um "avatar" na Cloud, unificando todas as informações sobre nossas existência? A história não tem fim, basta sonhar... quem sabe um dia teremos um dispositivo que conecte nosso cérebro com um supercomputador e que possamos fazer "backups" diários, em tempo real? Imagine só... seria algo como fazer um Upload de cada um de nós, do que sentimos, do que comemos, do que vivemos...

Quem sabe ainda, em algum momento, se quisermos, podemos fazer um download de um determinado momento de nossa vida??? Imagine só... nunca mais teremos problemas de memória. Podemos reviver bons momentos quando quisermos... um novo negócio surgiria. Da mesma forma que hoje temos dezenas de sites oferecendo ambientes de Redes Sociais, teremos um supercomputador oferecendo o serviço de "Upload Yourself".

Seremos eternos?

(1) http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaron_Lanier
(2) http://www.jaronlanier.com/gadgetwebresources.html

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Banda Larga... Será mesmo?


Certamente você tem Internet com banda larga em casa. Provavelmente contratou seu serviço junto à Net, o Virtua, ou na Oi, o Velox. Na cidade do Rio de Janeiro estes são os principais provedores de banda larga mas existem outros, que oferecem o serviço via satélite, por exemplo ou, mais recentemente, via 3G. Provavelmente, quando você contratou o serviço, verificou qual seria a maior banda disponível e mandou ver... afinal, quanto maior a velocidade melhor, não?


Pois é... em tese, a resposta é sim mas, ná prática, não é bem assim.

Os provedores de banda larga fazem propagandas informando que você pode escolher velocidades de 4, 6, 12 e até 20 Mbps. O problema é que na realidade você nunca, eu disse nunca, tem uma taxa efetiva igual a contratada. Aliás, se ler o contrato vai ver que nem a operadora garante a taxa anunciada...

E como escolher? Pra começar, surgem duas questões:
  1. Qual a melhor opção? A melhor opção depende do uso que você pretende dar à Internet. Normalmente a taxa de download é grande, propiciando boa performance para baixar músicas, fotos, filmes, etc. Já a taxa de upload é pequena. Pode não passar de 500kbps. Isso é pouco e, em condições normais pode ser menos ainda. Portanto, se você pretende fazer upload de arquivos grandes ou de muitos arquivos, tem que procurar um provedor que garanta uma taxa de upload decente. Apenas como referência, este site publica as taxas de alguns provedores brasileiros (1). A alternativa é ter paciência, fazer upload durante as madrugadas, etc.

  2. Já tenho banda larga... ela é rápida mesmo? Isso é mais fácil de verificar. Existem diversos sites que medem a performance de sua conexão. Alguns interessantes são o (2) e o (3), por exemplo. Usualmente estes sites fazem um teste rápido de download e de upload e verificam, naquele momento, qual a performance real do seu provedor. Esta taxa pode mudar dependendo da hora do dia, de quantos computadores estão compartilhando sua rede, etc. De qualquer forma, é uma boa referência. Apenas como referência, fiz um teste e minha conexão está com 1.8Mbps para download e 400k para upload. Tenho um Velox de 2Mbps.
O assunto não se esgota nestas duas questões. Inúmeros fatores influenciam na performance de sua conexão com a Internet. A Cisco, a mais conceituada empresa do ramo de conectividade, possui muitos artigos escritos sobre o assunto. Apenas como referência, ela considera "banda larga" uma conexão que ofereça pelo menos 128 kbps. Praticamente todas as grandes operadoras nacionais que oferecem banda larga atendem a esta métrica.

A liderança em banda larga ainda é das operadoras telefônicas, via ADSL. Já as que oferecem o serviço via cabo (como a Net, por exemplo), vem crescido a taxas mais agressivas. Para quem se interessar por uma análise mais profunda do mercado de banda larga no Brasil, uma boa referência é o "Barômetro Cisco de Banda Larga" (4).

"Banda Larga", por incrível que possa parecer, ainda está com uma participação pequena no Brasil. Ainda tem muito para crescer. Uma pesquisa feita pela Info em Setembro de 2009 coloca o Brasil em quadragésimo quinto lugar lugar dentre 66 países com relação à qualidade da banda larga oferecida (5). Ou seja, ainda temos uma longa estrada pela frente...

(1) http://testesuavelocidadebrasil.blogspot.com/2009/10/medias-de-velocidade-de-outubro-dos.html
(2) http://www.testesuavelocidade.com.br/
(3) http://www.speedtest.net/
(4) http://www.cisco.com/web/BR/barometro/Barometro_analisedemercardo.pdf
(5) http://info.abril.com.br/noticias/ti/banda-larga-do-brasil-e-45-entre-60-paises-30092009-40.shl

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Serviços na Nuvem

Um dos serviços mais inovadores na Web 2.0 é oferecido pela Amazon. Não estou falando da venda de CDs, DVDs ou até mesmo de equipamentos eletrônicos. Também não estou falando do Kindle. Me refiro a oferta de infraestrutura virtual... isso mesmo, você pode contratar junto a Amazon, por exemplo, um ou mais servidores, com a configuração que você quiser. Ou, se preferir, pode contratar espaço para armazenamento de informações (storage), bancos de dados, etc. O serviço chama-se Amazon Web Services e pode ser contratado por qualquer um, usando um simples cartão de crédito (1).

Se preferir, você ainda pode "ligar" sua infraestrutura interna com a deles, de forma transparente. As vantagens são inúmeras e permitem, por exemplo, que você consuma infraestrutura sob demanda. Não é preciso mais que você compre equipamentos para usar durante um determinado período e, depois, tenha que dar alguma outra finalidade a ele. Também não é preciso alugar nada... tudo é feito de forma transparente. Suas aplicações podem rodar em um mega servidor, "montado" especialmente para suas necessidades. Nada mal, hein?

Agora pense o seguinte... já vimos que existem inúmeras empresas oferecendo storage na Internet. Muitas delas oferecem espaço gratuito para usuários domésticos. Quase todas cobram por usuários corporativos, principalmente por quantidades maiores de storage. Que tal abrir uma empresa, a "Storage 'r Us" e oferecer espaço para internautas em geral? Você não precisa se preocupar em adquirir storage, basta fechar um contrato com a Amazon e pronto, sua infraestrutura está disponível. O seu desafio será gerenciar os backups e aí vai estar seu diferencial.

Este novo modelo de negócio está crescendo e vai entrar em uma curva ainda mais acentuada de crescimento nos próximos meses. A infraestrutura é contratada da Amazon, por exemplo, e você agrega a sua camada de "inteligência". Nesta camada vai residir seu diferencial. A infra é só a infra mas, ao mesmo tempo, é a melhor infra que você pode ter... atualizada, flexível, com um Nível de Serviço claramente estabelecido, enfim, tudo o que você precisa de infra, sem ter que arcar com o processo de compra e manutenção.

Todo seu diferencial vai estar na camada de inteligência que você vai agregar. E, dependendo do valor agregado por você, você vai se diferenciar mais ou menos de seus concorrentes, vai atrair mais ou menos usuários e poder cobrar mais.

A Amazon é, desde o início, uma das principais representantes do mundo da Web 2.0. Suas soluções e ofertas, em alguns casos, chegaram ao mercado até mesmo antes do tempo. Parece que, agora, eles estão criando algo realmente único. E, o mais interessante, estão ocasionando uma nova onda na Web com o surgimento de inúmeras empresas que, antes, simplesmente não conseguiam sair do papel devido aos altos investimentos em infraestrutura que deviam ser feitos antes da empresa iniciar suas operações. Resolvido essa parte do processo, o caminho fica livre para a criatividade e inovação... novos horizontes vão se abrir.

(1) http://aws.amazon.com/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Computação em Nuvem

Empresas de grande porte como IBM, Google e Microsoft tem investido pesados orçamentos com o objetivo de entender e explorar ao máximo a "onda" da Web 2.0, ou da Nuvem. Ao lado delas, centenas, talvez milhares de pequenas empresas e de empreendedores também tem buscado novas oportunidades neste "oceano azul" (1). Nos últimos dois posts cheguei a analisar algumas soluções inovadoras neste novo mundo. Mas, afinal, o que é este "novo mundo"? Ou, em outras palavras, o que este "novo mundo" tem de novo?

O que é?

Vamos começar pelo princípio. O que é a Nuvem? A Nuvem nada mais é do que um novo modelo computacional no qual nós, usuários, passamos a ter acesso a aplicações, dados e informações em qualquer lugar em que estejamos, usando qualquer tipo de dispositivo de acesso que esteja, de alguma forma, conectado na Internet.

Este modelo é fundamentalmente diferente do modelo que usamos atualmente. Hoje, se queremos ter acesso a nossas fotografias, precisamos ligar nosso computador e navegar até o diretório em que elas estão. Se queremos editar um texto, temos que abrir um editor de textos que está instalado em nossa máquina. Para preparar uma apresentação, usamos um software específico, que também está instalado em nossa máquina. Ou seja, de alguma forma temos controle sobre um determinado equipamento (usualmente nosso desktop ou notebook) e sobre algum software especializado (editor de textos, planilha, editor de fotografias digitais, etc).

No modelo da Nuvem, nós não temos a menor idéia de onde nossos dados e informações estão armazenados. Na maioria das vezes, não sabemos nem qual software estamos usando para editar um texto. Na prática, neste modelo, isso não interessa. O que importa é o que queremos fazer, o que pretendemos produzir. Daí dizermos que este novo modelo é "user centric", centrado no usuário, ou seja, com o objetivo de atender a uma demanda de uma pessoa. Sem impor a ela que tenha um computador e um editor de textos para preparar e enviar uma carta.

Por que este novo modelo surgiu?

Na prática ele é resultado de uma série de fatores que vem se desenvolvendo nos últimos 10 anos. O principal deles, é claro, foi o crescimento do uso da Internet, principalmente devido ao aumento da qualidade e velocidade da banda larga. Ao mesmo tempo, inúmeros dispositivos começaram a ser criados e usados para acesso a Internet. Hoje, além dos computadores, usamos smartphones, consoles de jogos eletrônicos como o Wii e o PS3 e muitos outros dispositivos.

O resultado prático destas e de outras inovações é que temos no mundo todo milhões e milhões de novos usuários, criando um novo ambiente, totalmente conectado e que funciona em tempo real. Os novos usuários estão acostumados a ter resposta para tudo na hora em que precisam. Não faz mais sentido e nem é mais necessário ir a uma Biblioteca para consultar um determinado assunto. A biblioteca já está na rede... (2).

O que vem por aí?

A grande pergunta que paira no ar nos dias de hoje é "o que vem por aí?"... antiga pergunta, aliás, mas com uma nova conotação. A cada dia, cada uma daquelas milhares de empresas e empreendedores que citamos lá no início descobrem novos usos para a grande Nuvem. Não é exagero algum imaginar que ainda estamos na pré-história da Nuvem. Muito provavelmente, ainda estamos "pavimentando" os caminhos para os próximos anos.

Telecomunicações, Medicina, Política, Comércio, todas estas são áreas que sofrerão impacto nos próximos anos. Será possível utilizar mecanismos muito mais avançados para se comunicar com pessoas em qualquer lugar do mundo. Médicos também poderão diagnosticar e até mesmo operar pacientes a distância. Políticos farão campanhas inteiras virtuais. Um novo comércio surgirá, onde pessoas poderão comprar ítens confecionados especialmente para elas... carros, por exemplo, já podem ser encomendados "a la carte" em muitas montadoras.

Soluções como o backup online da Mozy (3) ou o ambiente operacional online da Glide (4) representam apenas o princípio de todo este novo mundo que está surgindo. Muito em breve veremos um aumento na velocidade da convergência entre Televisão (inclusive 3D), com rádio e comunicação.

Não me surpreenderia se em poucos anos o telefone que usamos hoje se transforme em uma peça de museu. Para nos comunicarmos, vamos usar sistemas sofisticados integrando voz, imagem, hologramas, compartilhando documentos e muito mais.

Stay Tunned... e, claro, faça parte da mudança! Está acontecendo ao seu lado... Falaremos mais sobre o tema...

(1) http://www.amazon.com/Blue-Ocean-Strategy-Uncontested-Competition/dp/1591396190/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1263574920&sr=8-1
(2) http://books.google.com/googlebooks/library.html
(3) http://fgfmendes.blogspot.com/2010/01/voce-faz-backup.html
(4) http://fgfmendes.blogspot.com/2010/01/caminhando-nas-nuvens.html

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Caminhando nas Nuvens

Muita coisa boa tem surgido no meio das "nuvens". Mas calma, não estou me referindo à nuvens de tempestade, de chuvas de verão, e sim à grande Nuvem, à Web 2.0. Caminhando entre as nuvens, pesquisando novas soluções e buscando, principalmente, soluções inovadoras, dei de cara com o Glide (1). Trata-se de um projeto extremamente ambicioso, que já vem sendo desenvolvido há alguns anos.

A proposta é a de ser um "ambiente operacional online", independente de plataforma ou dispositivo. Seu objetivo é permitir que você tenha acesso aos seus arquivos, como fotos, músicas, textos, planilhas, etc, de qualquer máquina ou dispositivo rodando qualquer sistema operacional. É um ambiente composto por um conjunto de aplicativos que inclui editor de textos, planilha eletrônica, preparador de apresentações, correio eletrônico, gerenciador de projetos, calendário e muito mais. Ao mesmo tempo, é muito mais do que isso.

Instalei o Glide em minha máquina...

Para utilizar o ambiente é preciso instalar um módulo em seu microcomputador. A instalação é simples e rápida, não ocupando muito espaço. Uma vez instalado, comecei meus testes.

Já que a proposta é a de ser um ponto único de acesso, logo de cara resolvi testar a integração com minha conta de email do Gmail. Nada mais simples... em questão de segundos fiz todas as configurações necessárias e acessei a todos meus emails, pastas e contatos. Aliás, falando de email, um dos recursos mais interessantes é a existência de um filtro do tipo "Parental Control." Com ele, é possível monitorar as contas de emails de seus filhos... (ainda não testei).

Com relação aos arquivos, usando um componente chamado "One", o Glide sincroniza absolutamente o que você quiser e, melhor, ainda permite que você defina níveis de controle de acesso para cada arquivo individualmente. Isso é fantástico quando você pretende, por exemplo, compartilhar um conjunto de arquivos com um grupo de pessoas. Você pode, por exemplo, definir para cada arquivo o que cada pessoa pode fazer! E, por falar em grupos de trabalho, o Glide permite que você crie seus grupos e faça reuniões virtuais. Tudo sem sair do mesmo ambiente.

O ambiente como um todo, tanto a porção instalada quanto a parte web, são fáceis de usar. Minha impressão é a de que ainda é um projeto em desenvolvimento e que muitas melhorias e novas funcionalidades ainda vem pela frente.

O mais impressionante é que a empresa desenvolvedora, chamada TransMedia, é uma pequena empresa, com escritório em Manhatan, e tem apenas 8 funcionários... (2). Definitivamente é uma proposta ambiciosa e uma solução inovadora. Ainda tem estrada pela frente, mas é bom que a Google e outras concorrentes abram bem os olhos. Aliás, não me surpreenderia nada se esta empresa fosse comprada por alguem...

(1) www.glideos.com
(2) http://www.pcworld.com/article/169540/hands_on_glide_adds_new_microblogging_app.html

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Faça seu próximo backup nas nuvens!

Já estava para escrever sobre esse assunto faz algum tempo e hoje, depois de assistir a uma apresentação em que o tema foi mencionado, decidi investir um tempo... você faz backup dos seus dados pessoais? Tem copias de suas fotos digitais, de seus filmes, das suas músicas, enfim, dos seus preciosos arquivos...? Discos apresentam problemas. Por mais que a indústria tenha melhorado as taxas de confiabilidade destes dispositivos, um dia eles podem sim apresentar um problema e você pode perder todos seus dados.

The lens of a compact disc drive and its assoc...

Claro, você tem backup. Backup em CDs, em DVDs ou em Discos externos. Discos enormes, de 1 Terabyte ou mais, onde você pode colocar todos seus arquivos. Isso resolve sua vida, não? Ok... e com que frequência você atualiza esse "backup"? O processo de backup não se limita ao primeiro lote. É preciso atualizar o backup periodicamente, da mesma forma que você , eventualmente, modifica seus arquivos.

Se você faz isso periodicamente, seguindo uma metodologia que pode até mesmo ser simples, ótimo. Se segue a metodologia de um dos inúmeros softwares que vem junto com esses discos externos, excelente. O problema é que muitas pessoas não fazem isso. Apostaria que a maioria se enquadra nesta categoria.

Para estas pessoas já existem alternativas bem interessantes e de baixo custo. Uma das mais populares chama-se Mozy (www.mozy.com). Para usuários domésticos eles disponibilizam sem custos um espaço de até 2 GigaBytes. É um bom espaço para armazenar aquivos texto e apresentações, por exemplo, mas não é praticamente nada se você tem um bom número de fotos e filmes digitais que podem ocupar facilmente mais de 100 GBs (no meu caso já são 130). Caso você precise de mais espaço, ainda se classificando como usuário doméstico, pode pagar menos de 5 dólares por mês e ter espaço ilimitado.

O mais interessante é que ela é mais uma representante de toda uma nova linha de soluções baseadas em Web 2.0... seus dados são guardados em um local qualquer que você nem conhece, na Web, na grande "nuvem".

Cuidado, se você não tem backup, busque uma alternativa. E lembre-se sempre "quem tem uma cópia não tem nenhuma".

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Um Ano Bom para o Rio de Janeiro

Início de ano é sempre um período de reflexões e novos projetos. Não é diferente para uma cidade. O cidadão do Rio de Janeiro olha para a frente com muitas esperanças, mas sem se esquecer dos últimos 30 anos, onde a cidade foi incrivelmente incapaz de escolher bons governantes. As cicatrizes destes anos ainda vão demorar muito para curar. Mas precisamos começar.

Aparentemente, os atuais administradores, tanto do Estado do Rio quanto da cidade, tem demonstrado força política para aprovar projetos e alinhamento com o governo federal para obter o suporte e verbas necessárias para projetos ambiciosos. Isso faz diferença e é um bom começo.

O choque de civilidade que começou no ano passado promete tratar de alguns hábitos ruins dos cariocas. As praias da zona sul já sentem, desde o início de dezembro, algumas diferenças. O projeto merece elogios, mas não pode parar por aí. É preciso atingir outros bairros e, mais importante, precisa ter como objetivo básico mudar a forma de pensar de toda uma população mais carente que não tem acesso adequado a educação básica.

O projeto, para ser um sucesso de longo prazo, precisa entrar nas escolas públicas e privadas e, efetivamente, educar. Civilidade tem que ser parte integrante da educação básica. E essa é uma missão dos governos, garantir educação para todos, investindo na formação de verdadeiros Cidadãos.

Seguramente o projeto mais importante para a cidade do Rio de Janeiro é o da Educação. Para isso, mais do que vontade política, é preciso haver um alinhamento forte entre os três níveis de governo, os educadores e as famílias. Para organizar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos estamos conseguindo avançar, pelo menos com muitos projetos já apresentados. Será que vamos conseguir avançar na educação?