O segundo dia do IBM Connect 2014 chegou recheado de novidades, apresentações de cases de clientes e muitas reuniões. Novamente lá estávamos, antes das 8 da manhã, acompanhando a Petrobras para gravar uma entrevista sobre o projeto Conecte. Em um estúdio especialmente montado para o evento, Consuelo Sanchez compartilhou sua visão e experiência sobre Social Business e sobre o projeto da empresa. Mais uma vez, um time de profissionais da IBM deu todo o suporte durante a produção do vídeo.
Mudança Cultural
Em seguida, assisti a apresentação "Enabling Culture Change to Transform into a Social Business". Com uma visão bastante clara e objetiva, Meredith Singer e Bethann Cregg mostraram que um dos grandes desafios de um projeto de Social Business está diretamente relacionado com as mudanças culturais. Segundo eles, "é fundamental criar uma cultura com foco em mudança constante". Para suportar esta visão, usou como exemplo a IBM, que chegou a vender, no início de sua existência, balanças, fatiadores, relógios e, ao longo de sua vida, sempre se transformou, vendendo ainda relógios, máquinas de escrever elétricas, computadores, serviços e software.
Um projeto de Social Business está muito mais ligado a "mudanças de comportamento" do que com tecnologia. E estas mudanças, em muitas empresas, trazem um grande desafio. Empresas que são estruturadas em hierarquias muito rígidas, usualmente enfrantam grande resistência a mudanças. Os diversos níveis gerenciais criam barreiras para a comunicação e a colaboração. Nestes casos, é necessário cuidar da flexibilização organizacional, para permitir a implementação com sucesso de um projeto deste porte.
Na IBM, as seguintes ações estão sendo implementadas, como parte de um grande projeto de Gestão de Mudança diretamente relacionado com Social Business:
1) Uma revisão profunda de nossa cultura e das crenças da empresa, para garantir que a empresa e seus funcionários sejam capazes de "desapegar", olhando para o futuro sem amarrações com crenças do passado.
Este é um ponto crítico, e complicado, uma vez que existem fatores visíveis e outros que não aparecem facilmente. A melhor comparação é com um iceberg. A parte visível corresponde aos comportamentos, hábitos e ações da força de trabalho. A parte que fica oculta é composta pelos valores, mindsets, assumptions e crenças. As duas partes precisam ser devidamente consideradas em um programa de Gestão de Mudanças para garantir o suporte do projeto.
2) Orientando determinados profissionais a dar o exemplo e efetivamente liderar a transformação, criando um clima positivo para a mudança.
Para isso, é importante entender o que realmente tem valor para cada profissional. Para alguns executivos, o crescimento do negócio é a principal métrica, para outros pode ser retenção de clientes, performance financeira, comprometimento dos funcionários, e muitos outros. A partir destas informações é possível preparar um plano de ações para cada área da empresa, oferecendo "valor" para cada um no ambiente Social.
3) Identificando, valorizando e compartilhando "momentos especiais" que representam quebras culturais e mudanças no comportamento.
Ao mostrar para todos que o comportamento de mudança é valorizado, o mesmo ganha escala e velocidade. Quando um benefício for identificado, valorize-o, compartilhe e mostra o que cada um ganhou. Desta forma, fica mais fácil ilustrar os benefícios de um determinado comportamento. Um excelente exemplo é a forma como o email é usado normalmente e como o mesmo deveria ser efetivamente usado. Veja, no vídeo abaixo, o que normalmente acontece com alguns comportamenteos que simplesmente se recusam a mudar.
4) Identificando e valorizado influenciadores
Eles podem ser membros de um projeto ou até mesmo estagiários. São pessoas que facilmente conquistam espaço na organização por sua facilidade de comunicação. Também conhecidos como "tippers", são um componente fundamental em um projeto de Social Business. Identifique-os e prepare-os para auxiliar na difusão do projeto.
5) Mudando de simples comunicação para conversação
Esta é uma mudança chave em qualquer projeto de Social Business pois faz com que as interações deixem de ser unidirecionais. A Comunicação tradicional é fundamentalmente algo que flui em uma direção, de um departamento para seus funcionário, do CEO para toda a empresa. Não existe "conversa". Quando implantamos um projeto de Social Business, a informação passa a fluir muito mais livremente na empresa e, mais importante ainda, é enriquecida com comentários e opiniões.
Afinal, para mudar é preciso, antes de mais nada, ter vontade e disposição para isso. O vídeo abaixo é ilustrativo. A mudança está em cada um de nós, que podemos, e devemos, atuar como agentes de mudança em nossas empresas. O princípio aqui é simples, quando falamos de Social Business, é esperado um maior comprometimento e participação de todos os funcionários em cada processo da empresa, em cada discussão, tanto interna quanto externa.
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